Capítulo 3
Haiukan
Atlanta — Geórgia
No dia seguinte
— Você tem certeza disso? — Odin pergunta do outro lado da linha.
Talvez essa seja a conversa telefônica mais longa que já tivemos desde que começamos a conviver.
— Nós dois sabíamos que essa hora chegaria.
— Não vou bancar o irmão mais velho, mas não me agrada saber com quem você trabalhará a partir de agora.
— Você está bancando o irmão mais velho, mas eu entendo. Só que precisa se lembrar de que eles são minha família. Eu cresci nesse meio e apesar de não estar cem por cento dentro da Organização até agora, ambos sabemos que não sou um santo.
Ele ignora essa parte do que eu digo porque já teve em primeira mão a certeza daquilo. É um alívio falar abertamente nesses telefones que não podem ser rastreados, caso contrário, teria que ir até Nova Iorque para conversarmos e tenho muito trabalho a fazer. Acabo de saber que mais duas cargas da Organização foram interceptadas por mercenários. Yibo tem certeza de que o roubo partiu dos albaneses.
Há rumores de que eles também estão se apossando de mercadoria de outras irmandades, o que faz com que os idiotas, a partir de agora, estejam andando com um alvo no meio das costas.
— Vai me procurar se precisar de alguma coisa? — Odin pergunta, me trazendo novamente para a conversa.
— Como o que, por exemplo?
— Para qualquer coisa, Haiukan . A qualquer momento. Tudo o que precisa fazer, é me chamar.
Eu sei o quanto ele é fechado e significa muito ter sua amizade.
— Eu ficarei bem. Dê lembranças à Elina
— Darei. Não esqueça: estarei a apenas um telefonema de distância.
{..}
Le Crépuscule Nightclub
Naquele mesma noite
— Eu já falei com Odin. — Aviso a Yibo.
— Achei que esperaria até que eu encontrasse o garoto para somente depois se desligar dele.
Está sendo irônico, claro, já que o trato que fizemos era que eu me dedicaria integralmente à Organização, independente do resultado de sua busca por Xiao Zhan. A verdade é que Yibo nunca aprovou minha amizade com Odin, por ele não fazer parte da família.
— Você vai achá-lo e nós dois sabemos disso — respondo, ignorando a provocação. Ele nem disfarça o quanto se sente satisfeito por eu estar definitivamente dentro da irmandade agora.
— Mesmo que tudo o que eu encontre seja seu corpo.
Não me choco com o que ele diz, até porque a possibilidade é real.
— Só preciso entregar as respostas para a mãe do menino. Se estará vivo ou morto, não é problema meu.
Estamos sentados na ala privativa de uma das boates que pertencem à Organização e apesar de não termos o hábito de vir a essa parte do estabelecimento, sempre nos limitando ao escritório, hoje eu preciso esvaziar minha mente.
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𝕺 𝖒𝖆𝖋𝖎𝖔𝖘𝖔 𝖊 𝖘𝖚𝖆 𝖔𝖇𝖘𝖊𝖘𝖘ã𝖔
FanfictionEssa é a sequência de amor e máfia ,vamos conhecer a história desse casal muitíssimo fofo e matar a saudade do nosso Yizhan.