cap. 54

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Marreta narrando...

É dificil ter operação da civil pelo lado de cá, eu faço meus bagulho muito bem feito, fora de mídia pra não ter essas agonias, mas quando tem o pau quebra, adrenalina faz eu sentir o suor pingando pelo meu rosto em quanto atirava contra o caverão...

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É dificil ter operação da civil pelo lado de cá, eu faço meus bagulho muito bem feito, fora de mídia pra não ter essas agonias, mas quando tem o pau quebra, adrenalina faz eu sentir o suor pingando pelo meu rosto em quanto atirava contra o caverão de cima da laje, olho pra baixo e na rua tá CL e alguns seguranças, Rato tá aqui do meu lado e Laranjinha mais a cima, cismaram de ficar perto de mim mesmo, to nem entendendo essa porra.

Aumentei o radinho ajeitando o fone no ouvido, ouvindo o que os cara tão passando.

Rato: passou da primeira barricada, sobe que nos sustenta e depois sobe também.

Marreta: to de boa, da pra sustentar aqui. - ele negou com a cabeça, virei pra frente, apertando o radinho e falando.

Marreta: a meta é não matar ninguém, mas entre chorar a mãe de vocês e a deles, chora a deles primeiro.

XX: visão mano

XX: jaé chefe

XX: um pelo outro e todos pelo Mano..

Marreta: correto, fé aí rapaziada . - ouvi a rajada vendo os cana ando perto de mim. Porra. Fui descendo da laje abaixado, correndo pelo beco botei a cara dando de cara com um policial larguei o dedo vendo o mesmo se esconder, atravessei a rua correndo entrando em outro beco subindo a escadaria junto com Rato e outros menó. 

XX: tão indo em sentido a boca, bota pra voltar de ré mostra o poder da tua tropa aí Zé buceta..

XX: escuta o ak cantar aí cuzao..

Rato: até na hora seria esses cara brinca, né possível. - papo de segundos e o Zé botou o AK pra cantar mesmo, pelo complexo ser grande eu formei várias tropas e sempre tem o responsável das suas tropas, pra mim e mais vantajoso lidar com poucos do que com mil soldados. Me estresso com poucos.

Caímos de cantinho na rua da minha mãe, brotando pelo muro da linha do trem, bem no canto da rua mesmo e Rato para, me jogando pra trás e voltando no mesmo pé, perceberam a movimentação e começaram a atirar na nossa direção, senti os estilhaços da bala batendo na minha perna, olhei negando.

Rato: fudeu, fudeu

XX: tamo encurralado mano, porra

Coração começou a bater mais forte no peito, se brecha vai tomar e eu não vou morrer sozinho, tá maluco. Chamei no rádio

Ultrapassando Limites.Where stories live. Discover now