cap. 16

11K 608 48
                                    

Marreta narrando...

Subi as escadas em silêncio, ouvindo o barulho de água ainda caindo, entrei no quarto que é um closet dela, olhando algumas coisas arrumadas por ali, sentei na cadeira da penteadeira da mesma pra espera-la sair do banho, quero ter uma conversa com a mesma. Eu sei que eu falei que não viria atrás, mas eu não tô vindo atrás não po, só quero saber desse papo aí do mlk lá na faculdade dela, prometi meus avós que ia a proteger, não posso dar mole.

O chuveiro foi desligado, demorou alguns minutos e olhei pra mesma enrolada na toalha, com o cheiro de morango exalando pelo ambiente, a mesma me olhou assustada, arregalando os olhos devagar, é incrível o quanto ela não consegue disfarçar o poder que meu olhar tem sobre o corpo da mesma. É notório, é te falar ela me faz sentir umas coisas também que por mim era desconhecida até algumas semanas atrás. Maior doideira.  Quando pensei em falar uma coisa, ela já veio com 7 pedras na mão, mandada.

Lorena: o que você está fazendo aqui? - prendeu a toalha mais no corpo.

Marreta: vim falar contigo, algum problema?

Lorena: algum problema? todos os problemas, olha como eu tô cara. - ela disse negando, dando passos em direção às roupas dela.

Marreta: eu ia saber que tu ia sair do banho sem roupa? ainda mais com visita em casa.

Lorena: problema nenhum, você que é um inconveniente do caramba e subiu em um local que você não é bem-vindo

Marreta: poderia até me sentir ofendido com isso, mas não faz diferença alguma, tô aqui pela consideração que tenho pelos meus avós, se fosse por você mesmo eu nem voltado tinha. . - falei jogando logo essa porra no ventilador, não tenho paciência pra adolescente mimada, tá na merda, toda ferrada e ainda quer brotar de ignorância..  brabão!

Ela não falou mais nada, pegou roupa lá e voltou pra dentro do banheiro, continuei no mesmo local. Não demorou nada ela abriu a porta e veio na minha direção, com aquela cara de anjo, que tomou conta dos meus pensamentos nos últimos dias, mas principalmente ontem depois da nossa briga, que ela ficou com a blusa molhada, entendi porra nenhuma.

Lorena: o que você quer saber? -veio cheia de marra, com a mão na cintura, me fazendo rir e acabou deixando ela mais puta.

Marreta: não adianta vir com essa marra toda não Lorena, quem perde é tu mesmo.. de um jeito ou de outro vai ter que me aturar.. - falei passando a mão na barba, analisando a mesma revirando o olho.

Lorena: Eu não sou obrigada a aturar alguém maluco, bipolar, que trata os outros bem só quando quer não..  que usa as outras pessoas, não sou.

Marreta: algum momento eu te usei? não lembro disso não.. 

Lorena: não vou discutir com você mais uma vez, eu não tenho uma merda de um psicológico bom, tá tudo uma merda e não vou deixar você piorar o que me restou.

Marreta: nem eu quero discutir com você, mimadinha... não vai me levar em lugar algum uma briga com você agora. - ri, vendo o rosto da mesma ficar vermelho.

Lorena: Pedro estava lá na porta encostado no carro de polícia, ele e mais um, só estava parado como se tivesse "observando o movimento" me fazendo desconfiar que ele sabe que é ali sim. Só que eu não tive outra reação a não ser correr, passei o olho e não vi o menino que sempre tá lá, preferi não me arriscar.

Marreta: tava foda deixar o meno lá que já estavam achando que ele ia assaltar.. vou botar outro meno como trabalhador lá.

Lorena: era só isso? - ela levantou da onde estava sentada, passou perfume me fazendo sentir a porra do cheiro que anda fudendo meu psicológico, levantei indo em direção a porta.

Ultrapassando Limites.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora