Ultrapassando Limites.

cap. 30

Segunda-feira de terror passeio dia inteiro me arrastando naquela faculdade, um enjoo horrível de tanta cerveja que bebi com aquele povo, acho que exagerei no álcool esse fim de semana..  não consegui almoçar, toda hora descia pra comprar água com gás, coca-cola. Tudo que eu queria era chegar em casa e dormir, mas parece que relógio tá de mal comigo hoje.. tô sentada aqui em uns bancos esperando o Marcos chegar, ninguém veio pra aula hoje apenas eu, foram pro tal pagode da clinica e na hora que eu tava vindo eles estavam indo pra casa.

Aulas hoje foram até que legais, estudamos muito sobre desfiles de modas, vemos até alguns.. vai começar a semana de provas e eu vou me isolar dentro da minha casa pra estudar. Eu sei as matérias, graças a Deus consigo prestar atenção e gravo tudo, mas essas semanas tenho me sentido muito relaxada com a faculdade, não to tirando uma hora pra estudar, pra ler, nem a bíblia tenho pegado. Mas vai mudar, nova semana, novas metas, nada de ficar perambulando, enchendo a cara e esquecendo do meu próprio foco que é meu futuro, se não daqui a pouco tô que nem eles faltando aula por causa de cachaça, aí não vai esta adiantando de nada meu esforço que fiz anos estudando, né? Meu celular apitou e era seu Marcos que estava me esperando, fui andando até a porta, dei um beijo no seu João e entrei no carro.

Marcos: Boa noite Lorena..  esta bem?

Lorena: boa noite seu Marcos.. nada, não sei se é ressaca ou se a gripe me pegou de verdade.. - falei me deitando no banco, fechando os olhos sentindo a vista doer.

Marcos: quer que passe na farmácia, algum hospital?

Lorena: não, só quero minha casa.. - ele concordou e segui caminho, parecia que até o trânsito tava de mal comigo, toda hora vinha a vontade de vomitar, peguei um saco do seu Marcos e vomitei só água pq não comi nada hoje, joguei o saco fora, ele encostou o carro só deu tempo de abrir a porta e jogar a cabeça pra fora, vomitei mais ainda.

Marcos: o que você comeu minha filha?

Lorena: nada seu Marcos - comecei a chorar, odeio passar mal, vomitar. Ele trouxe uma agua, lavei a boca e as mãos. Ele entrou dentro do carro de novo e seguimos caminho, até pensei em ficar na minha vó mas eu só quero minha cama, ele parou na minha porta, desci.

Marcos: se cuida meu bem, se quiser ir pro médico me manda mensagem.

Lorena: tá bom, fica tranquilo -fui me arrastando abrir o portão, tô sentindo um frio surreal, corpo pesado, dor de cabeça, enjoo, tudo que vocês possam imaginar eu tô sentindo. Abri a porta olhando pro sofá e doida pra deitar ali, mas se eu deitar não levanto mais.. subi direto pro quarto largando a bolsa na poltrona, tirei minha roupa com dificuldade, tirei o sutiã e que alívio do caramba, meu peito tá vermelho de tão cheio.. sentei pra usar a bombinha e doeu de uma forma que nunca senti antes.

Lorena: hoje não é meu dia, que merda... - cada min da bomba sugando meu peito era uma lágrima escorrendo, preciso de remédio pra dor. Assim que terminei entrei no box tomando banho quente, abaixei a cabeça e veio uma tontura, levantei devagar tenho certeza que minha pressão tá baixa. Sai do box devagar e fui escovar o dente, pra que? Vomitei tanto que fiquei fraca demais e acabei caindo sentada. É rir pra não chorar, levantei e coloquei uma blusa e uma calcinha box, peguei o aparelho de pressão e de febre, deitei na cama me cobrindo, botei o aparelho pra medir a febre fiquei quietinha de olhos fechados, não demorou muito apitou, esperei alguns minutos e tirei.

39,7 febre alta eu mereço mesmo, fiz biquinho botando o aparelho de pressão no pulso, não demorou muito marcou 11/7, minha pressão tá ótima ela é baixinha assim mesmo, acho que o pico foi só na hora do banho mesmo. Botei as coisas de lado e ia dormir, mas precisava de um remédio pra abaixar essa febre, peguei meu celular e liguei pra minha vó, chamou e ninguém atendeu, bufei. Mandei mensagem pro Hugo, fiquei esperando me responder e nada também.