Quem se importa

Capítulo 87: Renuncia

Quando algo tão grande aconteceu na Mansão Zhao, Jinzi naturalmente não se atreveu a esconder. Preocupada que Sua Majestade não entendesse a crueldade de Madame, ela escreveu todos os detalhes na carta secreta, como ela teve a ideia, como ela tomou a decisão, como ela resgatou a criança, como ela o abraçou e chorou amargamente, e como ela colocou ele ao lado de Ruan shi e deixou a mãe e o filho verem a última cena um a um, o que deixou as pessoas imersas.

Depois de receber a carta secreta, o imperador Sheng Yuan a leu várias vezes. Embora sua expressão fosse sempre calma, havia relâmpagos ocasionais em seus olhos azul-escuros. Ele apertou a carta com força e suas mãos gradualmente começaram a tremer, como se estivesse sofrendo uma grande dor. Ele hesitou por um tempo, então finalmente abriu a câmara secreta escondida dentro do salão do palácio, com a intenção de entrar.

"Sua Majestade, por que você está fazendo isso?" Baifu não tinha como saber o que estava escrito na carta secreta, mas ele sabia que se Sua Majestade entrasse por esta porta, ele enlouqueceria sem motivo e se machucaria gravemente.

O líder da guarda negra não pôde deixar de mostrar sua figura e se ajoelhou para bloqueá-lo: “Sua Majestade, deixe as coisas do passado passarem, não pense mais nisso. As coisas nesta sala deveriam ter sido queimadas há muito tempo.

O imperador Sheng Yuan o contornou sem dizer uma palavra e entrou. A sala secreta não era espaçosa, com muitas pérolas luminosas incrustadas nas quatro paredes, e havia um quadro na parede voltada para a porta. Foi dito que a imperatriz viúva encontrou especialmente um pintor Dongyang (japonês) para descrever a cena real, chamado Ukiyo-e* . Era muito colorido e os pigmentos utilizados eram especialmente tratados, podendo ser preservados por milhares de anos sem apodrecer.

Assim que a sala ficou visível, havia grandes manchas vermelhas e o chão estava coberto de sangue. Se no passado, o imperador Sheng Yuan tivesse sido estimulado à loucura e, em seguida, esmagado e cortado de forma imprudente, ele não estaria disposto a se deitar até que estivesse gravemente ferido ou fisicamente fraco.

O líder da guarda negra e Baifu já estavam prontos para lidar com uma besta devoradora de homens, mas a situação de hoje era bem diferente. Sua Majestade ficou em silêncio na frente da pintura, e não havia outra anormalidade, exceto por suas mãos cerradas. Ele olhou para a pintura repetidas vezes com muita calma e de repente riu em voz baixa. Havia amargura e tristeza em sua risada, mas mais do que isso, alívio.

Quando ele virou a cabeça, seu rosto estava cheio de lágrimas, e ele pegou a carta secreta que não se sabe o que estava escrito nela e a leu com uma expressão muito gentil.

Em sua ansiedade, o líder da guarda negra e Baifu o ouviram vagamente engasgando e sussurrando: “Acontece que Zhen não é um pecado, mas uma esperança, um presente e ainda mais uma continuação da vida da mãe. Zhen não é um monstro, um Rakshasa infernal ( !!! ), Zhen é o filho da mãe protegido com sua vida!” Ele riu e riu e depois começou a chorar, e depois de chorar um pouco, sorriu novamente, parecia que ele ainda estava são, mas era mais assustador do que quando ele estava maníaco.

O líder da guarda negra e Baifu nunca o tinham visto perder a paciência assim, eles pensaram que ele estava possuído, e estavam pensando em convidar um mago para exorcizar Sua Majestade, quando o viram de repente afastar todas as suas expressões e caminhar saiu da sala secreta enquanto enxugava as lágrimas com um lenço e disse com um profundo amor em seu tom: "A senhora salvou Zhen mais uma vez, ela é digna de ser a senhora de Zhen."

O que exatamente estava escrito na carta secreta? Realmente curou a loucura de Sua Majestade? O líder da guarda negra e Baifu coçaram seus corações e pulmões curiosamente.

Três dias depois, suas perguntas foram finalmente respondidas. Descobriu-se que Madame Guan abriu a barriga de sua cunhada que morreu no parto, tirou a criança e depois a costurou novamente. Isso é formidável demais, não é?