Nove

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• Nota da Autora: Quem começou a ler por aqui, por favor, assim que terminar esse capítulo vá direto para o perfil da @autoramaynard e leia a nova história dela que foi publicada nesse exato momento: Minha Culpa! Leiam as notas finais também! E CORRAM no meu Instagram e no da May para entender ainda melhor tudo que está acontecendo! 🫶🏼

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Meta: 150 comentários (emojis e comentários aleatórios serão desconsiderados)

📌 8 semanas de gestação. São Paulo.

— Rapha, acho que seu filho quer comer hambúrguer. — abro a porta do quarto fazendo o jogador levar um pequeno susto.

Impossível não reparar o fato de que ele está só de short moletom e a toalha sobreposta no ombro, dando a entender que saiu do banho recentemente. O que entrega ainda mais é o fato de estar com o cabelo molhado que ele penteia no topete de sempre enquanto se olha no espelho.

— Tatiana, é três da tarde. Você almoçou ainda agora. — me olha pelo espelho com tédio enquanto sento na cama king size muito mais confortável que a minha. Tenho dormido aqui pela parte da manhã assim que Veiga sai para treinar.

— A médica disse que eu não podia ficar de barriga vazia. E agora minha barriga tá vazia e o bebê quer hambúrguer. — reclamo manhosa.

Meus olhos enchem de lágrimas. Não é como se eu conseguisse controlar. A cada dia que passa eu viro uma bomba ainda maior de hormônios.

— Você tá chorando? Porra, Tati! Calma. Você já tá arrumada? Vamo pedir no iFood ou você quer dar uma volta no shopping? — o jogador se desespera e vira para me olhar.

E lá estou eu, reparando no corpo dele novamente. Foco no abdômen e em todos os quadradinhos curvilíneos que existem ali. Concentra em outra coisa, Tati.

— Gostei da ideia de dar uma volta no shopping. — tento parar de encarar e limpo algumas lágrimas que caíram sob meu rosto.

— Então se arruma que a gente vai. Não quero que meu filho nasça com cara de hambúrguer. — faz careta e eu assinto batendo palmas para expressar toda minha felicidade.

Sentir desejo é uma coisa muito louca. Seu corpo simplesmente anseia por aquilo. Só aquilo. É como se meu estômago gritasse "hambúrguer", ao ponto de salivar só em pensar. Troco de roupa rapidamente e quando saio do quarto, Raphael está esperando na ponta da escada mexendo no celular. O mesmo short moletom preto, um vans preto e uma camisa branca.

— As chances de eu rolar escada abaixo são baixíssimas. — sorrio nasalado chamando a atenção dele que me olha de canto.

— Nunca se sabe, não é? Vamos. — estica o braço na minha direção e eu não pestanejo.

Ao chegarmos na cozinha Irene nos olha interrogativa.

— Aonde os papais vão essa hora arrumados assim? — sorri leve.

Papais. Não acostumei ainda.

— Meu filho quer comer hambúrguer. Apesar de que eu desconfio que a Tatiana esteja abusando da minha boa vontade. — me cutuca e eu reviro os olhos.

— Não tenho culpa alguma do seu filho querer comer hambúrguer três horas da tarde. — me afasto em direção à Irene, fazendo um leve carinho no braço dela como forma de despedida.

Deserve You • Raphael Veiga [PAUSADA]Where stories live. Discover now