Cinco

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Meta: 150 comentários (emojis e comentários aleatórios serão desconsiderados)

📌 Ainda no dia da descoberta da gravidez. São Paulo.

T A T I A N A

Depois do positivo no teste de farmácia, aguardamos o positivo do exame de sangue e acabamos fazendo a primeira consulta. Por termos descoberto muito cedo, não deu pra ouvir o coração do bebê.

O médico explicou que a primeira consulta é apenas na sétima semana, e agora que estou quinta semana, então, não conseguimos ver quase nada, só um pontinho pequeno e não conseguimos ouvir o coração ainda também.

Assim que saímos do médico, Raphael ligou para André e pediu para que ele fosse até a casa do jogador pela parte da noite. Almoçamos em um restaurante e fomos até o meu apartamento buscar o restante das minhas coisas que eu nem sequer tinha arrumado.

— A gente já tá há umas duas horas arrumando isso aqui, Tatiana. — Raphael reclama enquanto guarda roupas dobradas na mala.

— Eu falei que você poderia ir embora pra sua casa que depois eu ia, mas você quis ficar. — suspiro fundo.

Ainda é um tanto estranho ter ele aqui e saber que eu tô esperando um filho dele. Mas sinto que o clima já está até melhor que estava antes.

— Claro que eu quis ficar, quem vai carregar essa mala pesada pra você? — me olha.

Ele está sentado no chão do meu quarto enquanto eu tiro todas as roupas do guarda roupa.

— É de rodinha, Raphael. É só puxar por aí. — reviro os olhos.

— Nada disso. Não ouviu o que o médico falou? Os três primeiros meses são cruciais, e agora que descobrimos tão cedo, tem que ter cuidado redobrado. É meu filho aí na sua barriga, Tati. — aponta para meu ventre me fazendo sorrir nasalado.

Como eu disse, é tão estranho a sensação porque além dos enjoos nada mais indica que estou grávida. Não tem barriga, não tem coração do bebê ainda. Nada.

— Tá bom. Então você vai me manter no alto de uma torre até eu completar quatro meses? — ponho as mãos na cintura.

— Não, mas tem que ter cuidado, Tatiana. Então vou ajudar no que puder. — agora é a vez dele de revirar os olhos.

Continuo organizando as coisas enquanto o jogador permanece em silêncio por uns bons minutos.

— O que você vai fazer com esse apartamento aqui? — parece curioso.

— Vou colocar os móveis pra vender e depois o apartamento também. Da sua casa pretendo ir direto para Londres. Lá eu escolho se vou ficar ou vou pra Berlim. — explico e ele assente.

Penso nisso há semanas e essa foi a melhor decisão.

— Entendi. — ele dá ombros.

Começo a cantarolar baixo algumas músicas aleatórias e o jogador me acompanha. Isso faz o tempo passar ainda mais rápido.

— Você é até bem afinado. — decido comentar.

— Eu gosto de música, sei tocar violão. Vou ensinar pro meu filho, inclusive. — sorri bobo.

Caralho, é muito louco ver como ele realmente sonha com isso. Tanto quanto eu sonho em morar na Europa. Ele está maravilhado. E ainda é só um feijãozinho. Imagina quando a barriga começar a crescer. Sinto meu estômago embrulhar. É estranho pensar que minha barriga vai crescer.

— Que bom. Já faz uma dupla sertaneja com ele. — brinco e nós dois sorrimos.

Finalizamos a arrumação das coisas ainda cantarolando juntos. Aos poucos o clima vai ficando menos estranho. O celular de Raphael toca. Ele puxa do bolso e olha o visor olhando para mim logo em seguida.

Deserve You • Raphael Veiga [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora