— Teimosia é uma característica popular. Seja lá quem foi que inventou esses negócios, apenas pegou costumes e características que são bem comuns, e colocou como atributos.

— Eu sou Câncer. — Henrique comentou.

— Eu também! — Camila exclamou.

— Então, vocês dois são do mesmo signo, e vocês também! — Ela apontou para Paty e Lucas, sorrindo. — Isso é perfeito! São almas gêmeas!

— Mas o seu aniversário não é em agosto, Leyla? — Henrique olhou com confusão para Camila.

Arregalou os olhos. Tinha se esquecido disso. Estava já tão acostumada com aquela vida, que havia se esquecido de que era a vida de Leyla, e não a dela.

— É... é verdade! S-sou de agosto.

— De que dia você é? — Leonie perguntou.

— Dia catorze. — Paty respondeu por ela, o que a fez agradecer mentalmente. Não sabia a data.

— Estranho. — Ela a olhou, parecendo confusa e desconfiada. — Você não tem muitas características de uma leonina. Eu diria até que... é outra pessoa no lugar de Leyla Scarlett.

A teoria fez Camila arregalar os olhos. Leonie não iria descobrir com base em signos, não é?

— Bom, talvez você tenha ascendência em outro. — Ela continuou. — Você realmente tem características de Câncer.

— Mas que palhaçada! — Paty bufou. — Ascendentes são só uma justificativa para quando você não tem nada a ver com seu signo.

— Bom, última pergunta. — Ela anotou algo no bloquinho de notas que segurava. — Vocês colocam o papel higiênico com a ponta virada para a frente ou para a parede?

Os quatro se entreolharam com a pergunta.

— Como é? — Lucas pareceu confuso.

— Temos mais o que fazer. Vamos, Leyla. — Paty puxou Camila e as duas saíram dali. Aproveitaram que Lucas e Henrique ficaram para trás e foram até a turma dos irmãos de Leyla, que felizmente, já se encontrava vazia. Apenas Dian estava na sala, o que era ótimo. Ter que escutar as indiretas de Jean não ajudaria Camila em nada.

Elas caminharam até ele, que quando as viu, deu um sorriso amarelo. Seu olhar pousou em Camila.

— O-oi. — Dian parecia tenso, apesar do sorriso. — O que é isso no seu rosto? E alguém te enforcou?

— Não é nada demais, apenas viemos ver como você estava. — Camila se sentou na cadeira da frente da dele, com Paty ao seu lado. — Sabe, ontem não foi um dia fácil.

— Ah...! É, estou bem.

Algo lhe dizia que era mentira.

— Dian, somos suas amigas, você pode nos dizer.

Ele, de repente, pareceu ficar mais tenso ainda.

— Está tudo bem? Você anda meio esquisito ultimamente. Essa situação toda te preocupa?

— Não. Digo, sim. Quer dizer, não é só isso. — Ele encarou as duas com um olhar tenso antes de suspirar. — E-eu só não aguento mais isso!

— Do que está falando?

— Está escondendo algo da gente, não é? — Paty encarou Dian om um olhar desconfiado, o que o fez enrijecer na mesma hora. Camila apenas encarou os dois, confusa.

A Viajante - A Resistência Secreta (Livro 2)Where stories live. Discover now