Capítulo 32

91 8 6
                                    

Meu coração estava disparado, batia muito forte, e minha respiração ofegante obrigando minha boca a ficar aberta para que eu pudesse respirar por ela. Minha mente estava confusa e cansada. Tive um segundo de náusea e quase cambaleei para o lado, mas consegui me segurar e me reerguer física e emocionalmente no instante seguinte.

Estávamos presenciando Snow caída no chão, aguardando o que a Rainha Má faria com ela logo em seguida quando Zelena nos pegou pela mão para que saíssemos dali.

Por incrível que pareça, Cora ficou indignada por ser retirada de lá (sim, quando digo "por incrível que pareça", estou sendo bem irônica). Ela estava de olhos arregalados, parecendo estar se esforçando ao máximo para administrar todos os sentimentos e sensações que poderia estar sentindo com tudo aquilo, como choque e pura surpresa (pelo menos era o que demonstrava sua expressão facial), felicidade e vibração pelo sucesso da filha, entre outras coisas que não temos necessidade de comentar, porque todos devem imaginar muito facilmente.

Mas tia Zelena não estava nenhum pouco interessada nem na minha reação e muito menos da reação de Cora. Nos retirou de lá "numa porrada só". Simplesmente nos afastou e nos levou para próximo dos estábulos de volta, porém do outro lado de onde estavam Snow e a Rainha Má, para que nem elas no vissem e nem nós a elas.

- Alguma pergunta? Ou as duas prestaram atenção e entenderam tudo o que acabou de acontecer entre as duas? – Zelena nos perguntou.

- Sem perguntas. – respondi imediatamente.

- Muita atenção e tudo registrado, professora. – Sinceramente, tirar sarro era quase que um dom da minha avó. Se suas piadinhas não fossem quase sempre na hora errada, daria para ela viver disso como profissão. É uma pena que o timing dela era péssimo e completamente desprovido de bom senso.

Com aquela resposta debochada, Zelena revirou os olhos dois segundos antes de segurar ambas as nossas mãos e avisar:

- Segurem-se firme novamente. Lá vem o furacão da segunda viagem para presenciarmos a segunda maldade do dia. Respirem fundo. Prontas ou não aí vamos nós. Espero que prontas.

E novamente parecia realmente um furacão onde precisei segurar com muita força a mão de Zelena e com a outra mão, apertar minhas vestes para que as minhas fotos com a minha mãe não voassem. Não sobrou assim nenhuma mão para segurar meus cabelos, o que resultou em uma visão incrível minha como se eu tivesse acabado de acordar e tivesse tido pesadelos a noite inteira. Duvidava mesmo que um pente resolveria a minha vida em menos de cinco ou seis horas trabalhando no meu cabelo.

Mas deixando esse nervoso de lado, eu deveria ter adivinhado que o lugar da segunda visita seria a floresta da Floresta Encantada. Minha nossa, por acaso minha mãe tinha algum tipo de pacto onde ela tinha que fazer maldades nessa floresta? Noventa por cento dos eventos, maldades, loucuras, encontros, etc., aconteciam todos nessa floresta. Deveríamos era ter montado acampamento ali e não no castelo da Rainha Má. Tudo bem que estávamos dentro do quarto da Snow, que praticamente não era vistoriado, mas acho que estávamos perdendo toda a diversão e possibilidades não ficando na floresta.

Quando conseguimos nos ajeitar, Zelena percebeu que estávamos poucos minutos adiantadas do evento que aconteceria ali e fomos verificar. Ainda bem, porque eu ainda estava com o braço doendo por causa do último puxão que tomei por termos chegado em cima da hora no evento anterior.

Zelena então se preocupou em preencher os próximos minutos com explicações e lembretes:

- Daqui alguns minutos, a Bela vai passar por aqui. Logo depois chega Regina.

- Pelo amor de Deus, ninguém morre nesse encontro, não é? – realmente me precipitei na pergunta, acho que foi a ansiedade junto com uma angústia por esse encontro tão sem possibilidades de saírem coisas positivas.

Blanck 2 - A transformação do malWhere stories live. Discover now