quinze

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Bom dia!

Como estão?

Não sei o que dizer, estou lutando um pouco contra uma possível gripe que estou sentindo querer me pegar, então só vou dizer que vocês são ótimos.

Vamos avançando nesse e próximos capítulos sobre o que está acontecendo.

Boa leitura!

.

Em três semanas, ainda tínhamos pizza congelada guardada. Comíamos um pouco em cada segundo e, eu sei, se perguntam porque não demos para desabrigados, mas acredite, demos.

Uma.

Para!

Mas foi.

É porque as outras eram as favoritas de Lauren...

O cardápio todo.

... e não pareceu certo fazer isso com seu primeiro pedido de delivery.

E porque ela surtou.

E porque ela surtou.

Bom, foi quase isso. É exagero meu pensar assim. Quando as meninas e eu nos reunimos aquela noite para decretar que vinte e seis caixas de pizza tamanho família eram demais, ela ficou muito chateada resmungando coisas que não entendi e começando a coçar o pulso.

Até que eu disse que ela fez certo.

As meninas me olharam "quê???", mas eu continuei dizendo que assim teríamos o jantar pronto por muito tempo e a gente podia doar o que não queria para alguém mais necessitado.

Foi quando Lauren levantou, pegou uma das caixas e indicou: essa.

Escolheu um novo pedaço da que estava ao lado e comeu.

Era seu quinto pedaço. Foi quando comecei a desconfiar que as vinte e cinco caixas seriam poucas, mas ela cansou de comer na sétima fatia e sobrou um bocado ainda para engolirmos.

Eu juro que nunca mais comeria pizza na minha vida depois que isso acabasse.

Não jure porque eu não vou cumprir.

Quem controla minha boca afinal?

Um monte de "eu!" exclamou dentro de mim, entre as vozes estavam a da fofoca e a da gula. Perdi a batalha contra eu mesma.

Bocejei. Era cedo e era sábado. Eu deveria ficar na cama por mais tempo, mas minha fome apertou e comecei a sonhar com uma bacia de cereais dançando. Foi o bastante para me fazer levantar, então, coçando os olhos, fui para a cozinha me juntar a Lauren no café da manhã.

Ela não estava lá, mas seu café da manhã estava sobre o balcão e não tinha sido terminado.

- Não... eu não... eu não vou - ouvi sua voz gaguejando e tremendo do lado de fora do apartamento - não quero...

- Você precisa ir. Já está se ausentando demais com isso de faculdade - era a voz do tal Peter.

Não gosto dele.

Não mesmo.

E se eu me meter?

E aí Lauren nunca vai saber se defender e se posicionar.

Suspirei, me remexendo inquieta em meu lugar, meus pés coçando para me levar até a porta e acabar com aquilo, mas minha mente tinha razão.

Sempre tenho.

- Não vou mais - dessa vez foi firme - não quero.. não... não...

- Vamos logo! - seu tom foi grosseiro - não pode faltar!

LIVRO 1 - estranhamenteWhere stories live. Discover now