Capítulo 32

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                                                                                Anastasia


— Oh, meu Deus, isso é tão bom — Gemo em torno de uma boca cheia de queijo que estava pegando fogo alguns momentos atrás. Eu nunca experimentei halloumi antes, e eu estava seriamente perdendo. Não só foi divertido ver o garçom atear fogo ao bloco de queijo quando o trouxe, mas o resultado é delicioso, rico, salgado, um pouco crocante por fora e derretido por dentro. Provavelmente um milhão de calorias em cada mordida, mas vale a pena.

— É uma das minhas coisas favoritas aqui — Christian diz com a voz rouca, seus olhos azuis cinzentos fixos no meu rosto, e uma nova onda de cor me toma quando percebo que minha reação quase orgástica à comida o está excitando novamente.

O homem é um viciado em sexo, claramente e eu também, quando estou perto dele. Ainda assim, depois que ele conseguiu essa confissão embaraçosa de mim, nós, de alguma forma, conseguimos uma conversa normal pelo resto do caminho, comigo balbuciando sobre o meu trabalho na livraria e Christian ouvindo atentamente. Eu não sei se ele estava realmente interessado ou meramente sendo gentil, mas não posso negar que foi bom ter sua atenção total. E ainda mantenho-a apesar de pelo menos duas mulheres neste lugar fazerem o possível para que ele as note.

Eu não tenho ideia se elas sabem quem ele é ou se estão apenas atraídas por sua boa aparência, mas, de qualquer forma, eu não gosto disso. Para seu crédito, Christian parece alheio à sua existência, mesmo quando a supermodelo loira propositalmente deixa cair sua bolsa na frente de sua cadeira, para que ela possa se curvar e mostrar sua bunda pequena e tonificada em seu vestido minúsculo. Eu fico boquiaberta com ela, atordoada por sua audácia, mas Christian sequer a observa. Ele também não olha para a linda morena a duas mesas, que já desfilou na frente de nossa mesa duas vezes, sacudindo suas longas e lisas mechas por cima do ombro a cada vez e sorrindo para Christian como se ele fosse o Thor reencarnado.

— Você vem muito aqui? — pergunto, sufocando a vontade de fazer tropeçar a morena quando ela anda pela nossa mesa mais uma vez, balançando seus quadris estreitos como se ela estivesse em uma passarela. — Neste restaurante, quero dizer.

Ele acena a cabeça, cortando sua própria porção do halloumi. — Fica apenas a alguns quarteirões da minha casa, então, venho aqui pelo menos uma vez por mês.

Isso explica tudo. Aposto que as duas descobriram que um bilionário frequenta este restaurante, e estão aqui especificamente para conhecê-lo. Talvez até tenham subornado um garçom para saber mais sobre a reserva de Christian. Por que mais a loira estaria sentada à uma mesa sozinha? As mulheres, especialmente mulheres lindas, não vão a restaurantes agradáveis por conta própria. A morena, pelo menos, parece estar com uma amiga que, ao pensar nisso, está me encarando como se quisesse pedir ao garçom para me incendiar.

Eu olho para longe, a última mordida de queijo se tornando amarga na minha boca quando percebo que ela provavelmente acha que eu sou como sua amiga, uma interesseira.

Ata, eta, ita, ota, uta, sua mãe é uma puta!

Eu pego meu copo d'água com uma mão instável, a provocação infantil soando em meus ouvidos como se tivesse passado minutos em vez de anos desde que ouvi.

— Anastasia. — Uma palma grande e quente cobre minha mão livre. — Você está bem?

Eu aceno e forço um sorriso em meu rosto. — Sim, claro. Por que não estaria?

O Titã De Wall StreetWhere stories live. Discover now