À SUA MERCÊ

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Eliza e Yoon-gi deixaram o local da cerimônia de premiação mais cedo que os demais, mas não antes dele receber os cumprimentos de outros artistas, que fizeram questão de o parabenizar pelo prêmio e teceram elogios ao álbum, que realmente era um sucesso quase unânime no mundo inteiro e também entre os próprios artistas.

Foi difícil para eles entrar no carro para ir embora, pois a quantidade de paparazzis era imensa, de modo que os seguranças tiveram que abrir espaço para que pudessem passar e adentrar o veículo.

Demoraram mais do que o esperado para chegarem ao hotel que estavam hospedados, pois o motorista teve que fazer um caminho diferente do que era de costume para não dar pistas para onde estavam indo, caso estivessem sendo seguidos por paparazzis.

Chegaram em segurança no hotel, sem nenhum sinal de que tinham sido seguidos. Estavam leves, como se tivessem tirado um grande peso das costas e de fato tinham feito isso, ainda que soubessem que aquela história não acabaria ali.

- Eu ainda não acredito que isso aconteceu mesmo - Yoon-gi confessou, balançando a cabeça, como se assim pudesse acordar do suposto sonho.

- Eu não te disse que esse álbum era especial?! - Eliza comentou sorridente.

- Sim, mas eu não imaginava que eles dariam esse prêmio para um estrangeiro... E para mim, ainda por cima - Yoon-gi confessou, ainda sem acreditar.

- Mas você conseguiu. Você fez isso acontecer e mereceu esse prêmio - Eliza argumentou orgulhosa.

Yoon-gi se aproximou dela, dando passos longos e demorados até ela, com um olhar determinado no rosto. Então, quando estava a um passo dela, a puxou pela cintura, fazendo com que seus corpos se chocassem.

- Eu não conseguiria sem você - falou, a beijando em seguida. Suas mãos afagavam a cintura dela, com vontade, a trazendo para mais perto dele, quase colada a seu corpo. Queria sentir o calor de sua pele na dele, tão conectados um outro, como se fossem um só.

- Você conseguiria. Eu sei que sim - Eliza afirmou, sua respiração entrecortada soprando ar quente no pescoço dele. Você não vai fazer uma live para agradecer? - o lembrou, sua razão sempre a chamando para a realidade.

- Depois, agora eu tenho outra coisa em mente - Yoon-gi respondeu imediatamente, beijando o pescoço dela.

- Mas.. - Eliza começou a dizer. Não conseguia não pensar no que diriam sobre isso e no que aconteceria em seguida.

- Por que você sempre pensa em todo mundo, menos em você, em nós? - Yoon-gi perguntou sério. Agora é hora da gente comemorar, depois pensamos nisso, está bem? - sugeriu confiante, ao que Eliza concordou com uma aceno positivo da cabeça. Eu até abriria um champanhe, mas prefiro algo mais forte. Vou abrir o meu Whisky 12 anos. Você quer?

- Eu prefiro uma taça de vinho - Eliza afirmou, se dando por vencida.

- Ás suas ordens, senhora - Yoon-gi respondeu animado, então foi até a cozinha buscar as bebidas, não sem antes deixar um beijo na bochecha dela.

Eles brindaram e beberam juntos. O vinho deixando as bochechas de Eliza quentes e coradas. Rapidamente, começou a ficar mais extrovertida, com o riso fácil e um ar sedutor que fazia Yoon-gi encará-la com cada vez mais desejo.

Propositalmente, ainda vestia a roupa que estava quando chegou da premiação. Mantinha uma postura confiante, enquanto bebia o vinho, sentada na bancada da cozinha. Que era um pouco alta demais para ela, fazendo com que ficasse nas pontas dos pés.

De onde estava, Yoon-gi a observava. Invejava a taça que tocava os seus lábios continuamente e o vestido que cobria a sua pele macia. Ele insistia em encolher, deixando as coxas dela à mostra. Os sapatos de salto alto deixando os músculos da sua panturrilha mais evidentes, o fazendo engolir em seco.

- Acho que está na hora de você me deixar tirar esse vestido - insinuou provocativo.

- Não, obrigada. Pretendo ficar um pouco mais com ele - Eliza rebateu confiante, pegando Yoon-gi de surpresa com a resposta.

- Você adora me torturar - ele respondeu, decepcionado, dando de ombros. Vamos ver quanto tempo você vai conseguir ficar com ele - provocou.

Então, se aproximou dela, cheio de segundas intenções. A pegou no colo e a pressionou contra a parede mais próxima, fazendo com que sentisse o seu corpo contra o dela. Beijou sua boca e seu pescoço, na tentativa de fazê-la mudar de ideia. Sentiu, demoradamente, cada centímetro da pele que estava despida. Em seguida, levantou um pouco o vestido, para sentir também as coxas. Depois, agarrou a bunda dela com as mãos cheias e apertou, levemente. Então, a beijou novamente, sem tirar as mãos dali.

- O que é um rei sem a sua rainha? Um homem cheio de autoridade, eu suponho - pensou alto, a pegando no colo novamente e a levando até a cama. Eliza permaneceu calada, o que o preocupava e instigava ao mesmo tempo.

Ela deixou que a deitasse na cama e se colocasse por cima dela. Mas antes que tomasse qualquer outra atitude, se virou, ficando por cima dele. Com os olhos o tempo todo nele, inclinou o corpo para baixo e agarrou o cinto dele com as mãos, dando a impressão de que iria abri-lo, o deixando muito animado com a ideia. Mas, em vez disso, engatinhou sobre ele, se aproximando do seu rosto como uma pantera prestes a atacar sua presa e o beijou na boca, o pegando de surpresa.

Sem pensar duas vezes, Yoon-gi agarrou a cintura dela com as mãos, pressionando o corpo contra o dela. Então, se colocou por cima dela novamente, beijando o seu pescoço e depois sua boca. Movimentava o corpo para cima e para baixo, instintivamente, enquanto a beijava. Desejava veementemente sentir a pele dela na sua, mas também não queria desobedecê-la. Estava à mercê dela e não podia negar. Nunca faria algo sem o consentimento dela, embora soubesse que aquilo não passava de um jogo de poder e ela estava ganhando, como sempre.

- Deixa eu tirar só uma peça? - Yoon-gi perguntou com um olhar pidão.

- Você é bem espertinho, não é? Só uma peça? Como se uma única peça já não fosse me deixar seminua... - Eliza rebateu, sem querer dar o braço a torcer. Tá bom, pode tirar os meus sapatos - falou sem conseguir resistir a ele.

"E por acaso sapatos valem como uma peça?" - Yoon-gi reclamou para si mesmo, enquanto desamarrava as sandálias dela, todo emburrado. Mas não expressou a sua insatisfação, talvez depois conseguisse negociar tirar alguma outra peça.

- Pronto, senhora - disse cabisbaixo, depois de tirar as sandálias dela. Quanto tempo mais vai me torturar? - quis saber, chateado, mas totalmente entregue a ela.

- Tadinho... - Eliza zombou, rindo dele descaradamente.

- A minha vontade era rasgar esse maldito vestido! - Yoon-gi vociferou. Mas sabe que eu nunca te desobedeceria. Nunca achei que me tornaria tão obediente assim, mas você faz isso comigo e parece que gosta - confessou decepcionado consigo mesmo.

- Eu só estou querendo me divertir. Você não está se divertindo? - Eliza disse provocadora.

- Sim, muito. Estou adorando - Yoon-gi respondeu ironicamente. Eu adoro ficar à sua mercê - completou, completamente rendido.

Havia mais verdade do que ironia naquela afirmação. No fundo, Yoon-gi admitia que era bom ser comandado tanto quanto era ser o comandante. No entanto, estava claro que só Eliza tinha esse poder sobre ele e mais ninguém.

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