A ALGUNS PASSOS DA LOUCURA

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Atenção: contém conteúdo sexual.

Eliza foi para casa depois da entrevista com a cabeça cheia de preocupações, mas no momento em que chegou, toda e qualquer preocupação que tinha, desapareceu em um segundo, quando pôs os pés em casa e encontrou a sala de estar à luz de velas, que perfumavam o ambiente e a davam um ar aconchegante.

Mas o que fez mesmo o seu coração parar e o seu cérebro congelar por um segundo, foi ver Yoon-gi, parado ao lado do piano, com as mãos cruzadas em frente ao corpo. Vestia preto da cabeça aos pés, parecia um príncipe, mas um príncipe nada convencional, com aquele ar de imponência, o sorriso de canto de boca e os olhos pequenos, que apesar da doçura, a devoravam.

- Bem-vinda à vida de casada - ele disse, quebrando o silêncio entre eles.

Eliza ficou tão chocada que não conseguiu dizer nada por alguns minutos. Já se sentia feliz o bastante de ter casado com ele e estar com ele, sem que precisasse fazer mais nada, mas, mesmo assim, Yoon-gi conseguia surpreendê-la.

Ele tinha preparado um jantar para eles, com direito a champanhe e pétalas de rosas espalhadas pela casa toda. Ver tudo aquilo diante de seus olhos, deixou Eliza extremamente emocionada.

- Eu te amo - foi tudo o que conseguiu dizer. Tanto por ver tudo o que Yoon-gi tinha preparado, quanto por ver ele tão lindo assim e saber que tinha se arrumado apenas para ela. Da forma como estava vestido, parecia que iria para alguma premiação importante, mas era para ela. Yoon-gi era todo dela e estava apenas alguns passos de distância.

Eliza não conseguia pensar ou dizer nada, os olhos quase não piscavam, admirando o homem à sua frente e pensando no quanto era sortuda por ter ele ao seu lado.

- Está com fome? - Yoon-gi perguntou de repente. Tinha percebido a forma como Eliza o olhava e a conhecia o bastante para saber o que estava pensando, ainda assim escolheu provocá-la.

- Bastante - Eliza respondeu. Mas a verdade é que pouco se importava com o jantar ou qualquer outra coisa que não fosse aquele homem diante dela.

Não é que não se importasse com o que Yoon-gi tinha feito, mas mesmo que ele fizesse qualquer coisa por ela, que lhe desse o mundo de presente, ter ele ao seu lado e amá-lo ainda seria a melhor coisa do mundo para ela. A presença dele era o melhor presente que o universo a tinha dado e sentia que não precisava de mais nada, que Yoon-gi não precisava fazer mais nada, porque nada conseguiria superar o fato deles se amarem e poderem viver esse amor. Ainda assim, Yoon-gi fazia mais, ele conseguia fazer com que se apaixonasse mais, o quisesse mais, com cada vez mais vontade e urgência.

Precisava tocá-lo, senti-lo e ver que era real, que estava de fato ali, tão perto das suas mãos, do seu beijo, do seu toque. Era delicioso saber que o desejava e que o poderia ter quando quisesse, inclusive naquele exato momento, se assim desejasse. Saber que o que desejava estava tão perto e acessível para ela, a fazia se sentir poderosa e ansiosa ao mesmo tempo.

Com essa urgência, andou até ele, o tempo todo o encarando com um olhar faminto, o devorando, o seduzindo e contando coisas que desejava esconder, mas que Yoon-gi sempre conseguia ler em seus olhos ou até na forma que andava e agia.

Inicialmente, tentou disfarçar o desejo que ardia dentro de si e fingiu que arrumava a gravata dele, só para poder tocá-lo. Mas ele, confiante e maléfico, riu descaradamente da tentativa mal sucedida dela. A irritando, mas não o bastante para diminuir o seu desejo.

Lentamente, Yoon-gi inclinou sua cabeça para baixo e encontrou os olhos de Eliza fixos nos dele - sedentos, apaixonantes, quase irresistíveis. Mas ele, decidido, não sustentou o olhar, ao invés disso fitou os lábios dela, a provocando. Então, se inclinou mais, ficando o mais perto de sua boca que podia. E quando Eliza fechou os olhos aguardando o beijo, ele se afastou repentinamente, a deixando sozinha na sala.

Nossa vida agora | SUGAWhere stories live. Discover now