capítulo 42°- "a carta"

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Liana

A Katarina nunca mais apareceu e quando toco nesse assunto com o Terror ele me dar sermão dizendo que não era da minha conta e que não devo me intrometer. Porém foi algo que me deixou pensativa,visto que ela veio toda de mochila e tudo,provavelmente para ficar. Daí pra ficar mais estranho ele me tranca dentro do quarto,some por horas,aparece em casa com a blusa manchada de sangue e nem sinal dela. Ele disse que havia dado um susto nela,será que espancou ela como fez comigo? ou pior? bom,o importante é que ela não está aqui agora,eu não ia saber respirar com essa mulher aqui,Deus me livre.
Hoje de manhã eu recebi uma carta e quase morro do coração por pensar que com certeza foi do Lucas e de imediato eu penso no que fazer com essa carta,nela tinha um número e lugar de encontro:praia pão de açúcar. Escondo de imediato debaixo do assento da poltrona e ando desesperada para um lado e outro. Eu não sei o que ele tentou fazer,escrevendo essas coisas,mas achei bonitinho a forma como se importou em colocar as palavras,nem sabia que ele curtia poesia,na verdade eu não sei quase nada sobre ele. Mas…Ele disse não parar de pensar em mim? eu quase morro nessa parte,quase tenho um infarto e achei super fofinho a parte da “Minha doce red Riding Hood” que significa: “Minha doce chapeuzinho vermelho” ele estava se referindo a cor do meu cabelo e por mais que pareça super bobo,eu achei super fofo,ninguém nunca disse algo bonito assim para mim,ninguém nunca me escreveu uma carta,e nem nunca disse que não parava de pensar em mim. Óbvio que ter um homem como ele falando uma coisas dessas para mim me desperta coisas. Me faz sentir desejada de uma forma diferente sabe? com o Terror eu não consigo notar sentimentos,porque eu acho que não há! e é difícil,porque você sabe que o amor dele só dura até a roupa cobrir tua pele. E dói perceber que você tem como alma alguém que só te quer como carne. Por isso me trata “bem” somente quando me quer na cama dele.
E de repente o Lucas chega,me conheceu e me viu duas vezes e me diz agora que não para mais de pensar em mim e sim eu sou bobinha em acreditar que o amor é bem mais fácil de acontecer assim,quando menos se espera. Eu não acredito que o amor à primeira vista seja possível,mas a paixão sim. Porém,para um dia conseguir amar,primeiro temos que nos apaixonar.
Mas eu sei que seria impossível,eu não posso simplesmente me arriscar a esse ponto,ainda mais agora que eu tenho um trato com o Terror. Se eu quebro nosso trato à essa altura do campeonato,sem dúvidas nenhuma ele me mataria. Preciso ignorar essa carta a todo custo,ao ponto de fingir que não existiu,ao ponto de não contar para Letícia,para ninguém!
Estava limpando a casa quando vou para o último cômodo,o quarto dele,estava limpando rapidamente com medo que ele chegasse. Ele já me dá liberdade para entrar aqui,mas sei lá,bipolar do jeito que ele é,de repente chega aqui e briga comigo,ou vai ser super grosso e ignorante. Estava tirando a poeira dos cômodos quando percebo uma mesinha pequena e bem discreta,como se tivesse escondida no cantinho do quarto. Me aproximei da mesma e reparo que nela continha um porta retrato com a foto de uma mulher,muito bonita por sinal,negra dos cabelos ondulados. Eu olhei para os traços do nariz,boca e olhos,era inteiramente característicos do Thiago,seria a mãe dele?
Ainda adimirando a mulher bonita nesse porta retrato eu percebo que na mesinha tinha uma gaveta. Parecia uma mesinha antiga,bem antiga. Quando eu abro essa gaveta me deparo com várias fotos da mesma mulher,porém nessas fotos ela estava com o cabelo mais curto e o olhar dela não era mais o mesmo,porém,ainda parecia ser uma pessoa boa,uma mulher forte e vivida,não que ela fosse,claro. Tinha fotos dela aqui no morro,fotos dela empoderada com uma arma na mão, vários caras atrás também do mesmo modo,como se seguindo a mesma.
Terror: tá fazendo o quê?—a voz dele grossa e confusa, me deu um susto tão grande que eu acabei deixando cair todas as fotos no chão.
Liana: meu Deus Thiago.—digo com a mão no peito.—Que susto!—ele vem na minha direção tão rápido que eu até tomei outro susto. Então ele passou a juntar as fotos caídas no chão depressa e depois guardou dentro da gaveta da mesinha do mesmo modo.
Terror: quem te deu permissão pra mexer nos meus bagulho Liana?—ele estava meio irritado.
Liana:desculpa,eu tava limpando e achei essa mesinha.—eu não tinha feito por mal.
Terror: se tu abriu a parada então tu não tava só limpando, tava espreitando meus bagulho porra.—ele realmente ficou p da vida e eu não sabia o que falar agora visto que já tinha me desculpado. E por ter parecido que era algo muito íntimo dele eu fiquei meio sem jeito,eu não deveria ter mexido mesmo.
Liana: desculpa,eu não deveria ter mexido. Mas é que eu vi a foto dessa mulher tão bonita e depois percebi essa gaveta e,… Me desculpa—pedi outra vez,de fato me sentindo culpada e envergonhada.
Terror:de boa,só não mexe mais onde teus olhos não alcançam.—disse ainda bicudo,mas somente,não foi mais ignorante que isso,o que ele costumava ser.
Liana:desculpa te perguntar,mas é sua mãe?—inquiri e ele me lança um olhar mortal que fez com que de imediato eu baixasse o olhar. Eu também procurava,né?
Continuei limpando enquanto ele segue para o banheiro dele,e eu continuei limpando para não ter que fazer a limpeza pesada no sábado,ainda não estou em condições. Algum tempo no banheiro e eu até estranho o fato de ele já está lá a alguns minutos e não ter tentando me arrastar junto em nenhum momento,mesmo sabendo que eu ainda estava aqui. Ele sai e começa a trocar de roupa na minha frente e mesmo assim não tenta nada,aposto que esteve com outras esses dias. Continuo limpando os cômodos e ví algumas roupas dele jogadas encima de um criado mudo, onde possivelmente ele joga as roupas antes de entrar no banheiro. Ele tem toque com o banheiro dele,tem que estar sempre bem limpo e organizado,nada de roupa suja lá dentro. Conforme eu mexia retirando as roupas o cheiro do perfume dele subia,ele provavelmente toma banho de perfume. Nem pareciam sujas de tão cheirosas,porém,precisava lavar,visto que ele usa a roupa umas duas horas apenas e se não tiverem lavadas ele não usa mais,e ainda tem mais:é bem difícil que ele use a mesma roupa duas a mais vezes,no máximo uma vez depois que comprou.Pois é,Thiago é bandido com alma de playboy filhinho de papai. Quando estava tirando a última peça de roupa eu me deparo com uma arma apontada para mim,estava debaixo das roupas e quando eu fui puxar a camisa,a arma virou de forma que o cano ficasse mostrado para o meu rosto. Eu tomei um susto tão grande que arrastei de uma vez a camisa fazendo com que a arma caia junto. Eu não entendi absolutamente nada quando escutei o desparo da arma,que atingiu a porta do banheiro logo atrás de mim. Que para o meu azar era de vidro e voou tudo para cima de mim. No susto eu me joguei no chão e adivinha?entrou vidro até a alma.
Terror:LIANA. —escuto que ele grita e vem até mim depressa.
Liana: ai que merda!!—reclamo olhando para as minhas mãos que estavam cheias de caquinhos de vidro e meus Deus ,como doía.
Terror: coé mané,tu é burra?—ele observa minha mão surpreso. A dor era insuportável e de imediato meus olhos encheram de lágrimas.—Ahh não caralho,chora não.—ele diz com o jeitão dele,mas parecia preocupado também.—Vem, levanta. Machucou mais alguma coisa?—ele estava todo preocupado e minha atenção estava mais voltada a esse comportamento dele que era super novo para mim,do que para a minha mão que estava repleta de estilhaço,sangrando,ardendo horrores e eu não fazia ideia de como tirar isso.
Liana: não,só nas mãos…Aii,tá ardendo.—choraminguei.
Terror: anda,vou te levar no hospital.—disse já indo procurar uma blusa para vestir,dado que ele estava só de bermuda.
Liana: não!—disse com brevidade.—Não é caso para hospital Terror.—digo fazendo barulho de dor com a boca.
Terror: como não? como tu vai conseguir tirar isso aí?—droga,era tão bonitinho ver ele assim,todo agoniado.
Liana: da pra tirar com uma pinça.—digo.
Terror: tu não vai conseguir não garota. Tsc—fez som com a boca.—Vem,deixa eu tentar então,cadê essa parada de pinça aí?—esse jeitão dele,misturando com essa atenção que ele estava me dando não combinavam,porém era muito lindinho. Me faz ficar toda boba.Ele me seguiu até o meu quarto e a gente pegou a pinça,um álcool e ataduras. E depois ele me fez voltar até o quarto dele. Eu fui orientando ele,primeiro lavava a pinça com álcool e ele fez,depois ele jogou álcool encima da minha mão e eu reclamei de dor.
Liana:aaaii.—reclamei alto. Caramba,ele não consegue ser nem um pouco delicado. Não que estivesse fazendo errado mas porra,eu não estava esperando,visto que estava cheia de dor ainda por cima também.
Terror: foi mal.—pediu. E logo após tentou procurar uma posição pra tirar os pedaços de vidros da minha mão,mas ele não tinha jeito nenhum. Parecia um trabalho vulnerável demais ao toque dele.—Na moral,sei fazer essa porra não, vou enfiar o bagulho ainda mais para dentro.
Liana: você consegue,vai.—pedi fazendo expressão de dor.
Terror: ai caralho,você parece uma criança de dez anos na moral.—reclama indignado—E se eu não tivesse voltado mais cedo pra casa e essa porra tivesse disparado em você maluca?quero nem pensar.—ele diz e nesse estante eu demoro o olhar nele,meio adimirada com o que ele falou,ele me olha e percebe que a forma como ele disse soou importado demais,como se ele tivesse temido que isso tivesse acontecido de fato.Ele disfarça de emediato e eu também ,mas eu preciso confessar que fiquei toda felizinha por dentro.
Liana: é…Você esqueceu que eu tenho traumas desse troço? eu me assustei quando eu vi.—digo mudando de assunto.
Terror: vou tomar cuidado em onde deixar agora. A culpa foi minha,deixei ela engatilhada.—ele fala baixinho e eu engulo em seco,não sei porque mas o meu coração acabou de acelerar. Acho que porque pela a primeira vez estou escutando ele assumindo uma culpa por causa de mim,era algo além do que eu podia imaginar.
Liana: aii.—reclamei quando ele começou a tirar os cacos de vidro.
Terror: porra deixa de ser chorona.—ele reclama. O momento preocupado dele tem altos e baixos.
Liana: mas são vários ,eu não vou aguentar não.—disse e confesso que estava sendo um pouco dramática agora. Só para conseguir ver mais preocupação comigo nele.
Terror:eu tô sendo o mais cuidadoso que eu posso,melhor que isso eu não faço não.—disse bicudo,estava falando de boa,mas sempre parecia que ele estava puto.
Reclamei do momento em que ele começou a tirar o primeiro até o último pedacinho de vidro. Ele coloca a atadura na minha mão conforme eu fui instruindo.
Liana: olha a bagunça que eu fiz aqui.—disse olhando para o chão cheio de vidro por todo o lado,a parto do banheiro já era.
Terror: deixa isso aí, depois mando arrumar.—ele diz enquanto guarda a arma dentro do closet dele,porque sim o guarda-roupa mais parecia um closet.—Ôh,nada de mexer aqui dentro,certo?—mandou como sempre faz e eu apenas assenti,com certeza depois de ver ele colocando a arma lá dentro,nunca vou ao menos pensar em chegar perto. Ainda mais depois de hoje,para piorar o meu trauma ainda acontece isso.
Liana: eu ainda não fiz nada pra gente comer,não sabia que você ia chegar tão cedo.—expliquei-me,eu estava meio sem jeito,sei lá,quando ele está assim de guarda baixada me deixa nervosa,eu não sei como agir,me comportar perto dele.
Terror: de boa,vou mandar o cara trazer um bagulho pra gente comer.—foi o que ele disse e já foi saindo do quarto e eu fiquei parada aqui,pensando em tudo que tinha acontecido,sorrindo sozinha. Eu sei que é meio triste pensar no tanto que fico feliz por certas atitudes dele,me faz pensar que eu aceito tão pouco,quando eu não deveria nem estar aqui. Porém sei que a minha situação não é como a da maioria que aceita pouco de homens como ele,é diferente. Aconteceu de uma forma diferente comigo e agora tenho que lidar com as consequências das minhas escolhas. E entanto, certas atitudes diferentes dele,diz mais sobre o que ele vem tentando melhorar,do que sobre mim,que aceito isso porque não tenho outra escolha. Porém me deixa feliz ver parecer que ele estar tentando melhorar comigo,sei lá e se de repente eu tiver de fato causando uma sensação nele,uma vontade de tentar ser melhor?
Desço em seguida também e ele me fala que agora precisaria pedir que dona Benê viesse mais vezes então,já que agora sim que eu não daria conta sozinha e isso me deixa um pouco desconfortável porque significa que eu trabalharia menos e bom…Eu preciso trabalhar não é ?ficar comendo,e vivendo bem debaixo do teto dele sem pagar nada não é algo que me deixa cômodo,pelo o contrário.
Liana: é…não precisa pedir para vim mais vezes não. Dois dias cuidando direitinho e eu já vou estar melhor. Eu dou conta.—disse o olhando.
Terror: nem pensar em ficar fazendo nada com a mão toda cortada.—pausa—Vem cá.—ele me olha de sobrancelhas juntas e cenho franzido. —Por que você tava fazendo limpeza na casa hoje? tu não ia ficar um mês de repouso?—nossa,ele lembrou?
Liana:sim…Mas é que eu já estava me sentindo tão bem que pedi para dona Benê não vim hoje e…—ele me corta.
Terror:porra,mas eu mandei?—já estava puto outra vez,incrível a facilidade dele de se estressar rápido.—Caralho,tu é um caso sério Liana.—diz balançando a cabeça negativamente,me reprovando.
Liana: eu não gosto da sensação de não ser útil.—adimiti.
Terror: mas tu é útil,é útil pra caralho.—falou com força e o olhar dele encontrou o meu enquanto ele falava e eu juntei as sobrancelhas,meio confusa com o que ele disse. E ao perceber minha expressão, ele desvia o olhar dele para a geladeira,e foi até ela em seguida para pegar uma água. Eu realmente não entendi se isso foi algo que eu gostei de ouvir. Ou se sei lá,ele estava se referindo a algo íntimo como sexo,embora não parecesse,soou como algo afetivo…carinhoso. Mas óbvio que não,sentimento da parte dele por mim somente se for ódio,ou tesão. A campainha toca e eu vou atender para não continuar plantada aqui com cara de bunda. Me deparado com um dos homens dele com duas quentinhas. Eu pego da mão dele e agradeço e eu acho que não precisava pagar agora,dado que o Terror não veio até aqui e o cara só entregou e já foi saindo. Veio acompanhado de suco de abacaxi também,porque será que ele ama tanto suco de abacaxi?
Terror: tenho um bagulho pra te falar.—ele diz assim que pega a quentinha da minha mão.
Liana: o que?—pergunto abrindo a minha,eu estava com muita fome e estava ansiosa pra saber o que tinha aqui dentro.
Terror: tenho uma parada pra comparecer daqui à duas semanas e quero que tu vá comigo—fala e eu estranho no mesmo momento. Parada seria?—Reunião de facção.—agora o meu coração falta saltar pela boca e com certeza ele percebeu minha mudança de expressão.Será por isso que ele estava me tratando bem?ele quer me meter do meio dos negócios dele agora?de emediato passa na minha cabeça como um flashback o concelho da mãe da Letícia: “eles não são fiéis e ainda podem te envolver no tráfico também”
Liana: Terror olha…—eu comecei tentando ser cautelosa.—Eu não quero que você me envolva nisso…
Terror: eu não estou te envolvendo em nada. Você será minha acompanhante,somente. É uma reunião de “peixes” grandes,super seguro. E todos os caras normalmente vão acompanhados de uma mulher.—diz e acho que o super “seguro” que ele estava se referindo era com relação aos bandidos. E bom,eu ficaria feliz se tivesse polícia na verdade,bem mais segura com certeza,o fato de só ter bandidos conhecidos por toda a…Sei lá,cidade? não me deixava nem um pouco despreocupada.
Liana: mas…Eu posso pelo menos entender melhor como funciona?—perguntei esperando um não como resposta,visto que ele quer simplesmente me arrastar para onde quer que ele queira e,eu não posso perguntar nada porque segundo ele não é da minha conta.
Terror: reunião da família…—ele começa depois de comer uma colher da quentinha dele. E de emediato eu começo a prestar atenção atenta,sem nem acreditar que ele estava mesmo me contando.—É assim que chamamos,é uma reunião que reúne membros da facção,membros espalhados por todo o país e lá fora também.—lá fora também?—Máfia italiana,e chefes dos morros mais grandes dentro do tráfico e da facção,espalhados pelo o Brasil.—pausa.— Nos reunimos para discutir nossas operações mafiosas,o tráfico e para confirmar a liderança das famílias. Isso é o básico do que você precisa saber,saber demais pode te trazer riscos.—Eu acenti no mesmo estante,ele tem toda razão.
Liana:e…Mas…—eu estava meio perdida,ainda não tinha processado toda essa informação e nem mesmo me convencido que eu teria a coragem de me meter dentro de um lugar cheio dos bandidos mais procurados do Brasil e talvez do mundo.—O que eu tenho que fazer? eu nunca estive…Eu acho que tenho medo.
Terror: você vai tá comigo,nada pode te acontecer.—ele disse com uma confiança enorme,a que ele sempre tem para tudo,o Thiago é um homem altamente confiante e toda essa áurea,esse poste que ele tem,me faz de fato sentir segura. Então eu apenos acento com a cabeça e a gente continua se olhando nos olhos,mas dessa vez eu quem desvio o olhar.
Liana: Mas…Qual o nível…Tipo,qual o nível de…Ocasião,estamos falando?—eu estava tão perdida.
Terror: ocasião do tipo terno e gravata.—eu o olho adimirada.
Liana: tipo festa de gala?—pergunto tomando meu suco.
Terror: exatamente!—ele confirma e eu fico ainda mais nervosa,tanta coisa com o que eu devo me preocupar.
Liana:Eu não tenho roupa pra isso.—digo meio exasperada.
Terror: nisso eu já dei um jeito,não precisa se preocupar,ainda falta duas semana.—ele já havia pensado em tudo,decerto já sabia que eu aceitaria então.
Liana: só mais duas perguntinhas…—ele me olha com cara de tédio.—Como vocês irão se são procurados lá fora do morro,como vão se locomover até o local?vão tentar a sorte?—perguntei preocupada,esse tipo de adrenalina não é o tipo de coisa que combina comigo não.—E…Por que eu?—perguntei curiosa,visto que ele poderia querer levar qualquer uma,sei lá,ele já deve ter feito isso outras vezes,talvez tenha levado alguma outra mulher e porque não a mesma,porque agora eu?
Terror: Não é arriscado,vamos por cima!—disse sem muito entusiasmo,talvez já era bem acostumado. Mas eu não.
Liana: o quê?—eu perguntei surpresa e sem conseguir disfarçar o meu entusiasmo—Vamos de helicóptero?—ele percebeu minha alegria e balançou a cabeça em positivo com um quase meio sorriso.
Terror: e eu quero levar você porque acho que você é a única mulher que tem porte para isso.—eu engulo em seco,e eu fico o encarando,tentando processar o que ele tinha dito.—Tenho anos de reunião da família. Mas depois que me batizei com a facção,nunca fui acompanhado de mulher nenhuma.—ele adimite e eu queria disfarçar minha cara de boboca,mas acho que ele percebeu pela a carinha que ele fez para mim.
Liana: porque ninguém teve porte?—pergunto sorrindo,com uma pitada de sarcasmo na voz,desacreditando do que ele falou. Porque era difícil nenhuma mulher das que ele se relacionava ter "porte" para isso,as poucas que eu já vi com ele eram extremamente lindas. Sei que não parece coisa que seja do feitio dele,mas acho que disse somente para me agradar.
Terror: Porque ninguém era você.—ele disse apenas e não me deu mais abertura para perguntar nada. E eu não perguntaria depois dessa,eu fiquei sem palavras alguma,estagnada. Eu só tentava não sorrir que nem uma boba.

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