capítulo 18°-"uma chance"

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Liana.

Letícia: eles são bandidos Liana,precisam desconfiar de tudo. Felipe disse que a gente é como um fragmento fácil para qualquer pessoa tentar se aproximar.—Letícia explicou um dos motivos de Felipe também ter surtado com ela.
Liana: nada justifica!—disse referindo-me ao que o Terror fez comigo.
Letícia: não sim,com certeza. Só estou tentando te dizer que pensando bem agora,eu acho que a aproximação do Lucas foi de verdade uma parada muito inusitada.—disse.
Liana: aí Letícia!—reclamei.—De novo essa história?
Letícia: tá bom,não falo mais disso.—disse de mãos levantadas,em sinal de rendição.—Só fica esperta,tá?se eles dizem que pode ter x9 aqui,não fica difícil de saberem que você está ficando na casa do Terror e que eu sou a namorada do sub dono do morro.— concluiu.
Liana: não vejo lógica cara. Daí ele se aproxima logo de mim?que posso até está ficando na casa do Terror, mas ninguém sabe se já rolou algo entre eu e ele. Se esses tal de x9 sabem de tudo mesmo, então eles devem saber que eu só estou lá porque tenho uma dívida com ele.—disse dando de ombros.
Letícia: sei não… só abre o olho.—disse com cara de poucos amigos. Eu precisava voltar,por mais que não queira. Em uma coisa ele tinha razão,eu ainda o devo. Hoje quando ele chegar eu vou conversar com ele,vou determinar um tempo. Terror não impôs um e eu sinto como se o que ele quisesse era me prender à ele,me oprimir. E eu não vou deixar!
Me despeço de Letícia que ainda estava com cara mal-humorada. E assim que chego em casa Terror já estava. Ele me olhou,de cara fechada e quando fez menção de falar alguma coisa ,o olhar dele desceu para o meu pescoço,que se encontrava em um tom arroxeado. Demorou um pouco os olhos nos meus e depois desviou,desconcertado. Culpa?se sim ele não demostraria mais do que isso.
Terror: não foi a escola hoje?—perguntou virando de costas.
Liana: não!—disse fria.—Dona Benedita,onde está?
Terror:liberei ela mais cedo.—disse.
Liana: não tem nada pra fazer? —perguntei e ele deu de ombros. O olhei com uma sobrancelha arqueada,relembrando que ele havia mandado que eu voltasse para ajudar dona Benê e agora vejo que não tinha nada o que fazer. — Me dá um tempo!—pedi.
Terror: tempo? —perguntou confuso.
Liana: sim,um prazo…Até quando eu preciso trabalhar aqui pra quitar tudo ?—perguntei de uma vez. Ele ficou um tempo calado,me analisando.
Terror: não sei ainda.—concluiu sem me olhar.
Liana: como não sabe?
Terror:não sei caralho!—falou rude.—Quando der a cota eu te libero.—ele falou e eu ri sarcástica.
Liana: quando der a cota? quanto você tá me pagando? —perguntei.
Terror:ainda vou estabelecer um valor aí…
Liana: você está me enrolando? dona Benê recebe por quinzena não é? quanto?—perguntei.
Terror: dona Benê recebe bem ,mas não é só pelo o trabalho dela não, recebe porque eu tenho ela como mãe.—confessou.
Liana: ok,eu quero saber quanto que você vai me pagar.—eu falava com a minha melhor cara de nojo, de quem não suportava mais ele.
Terror: tsc—fez som com a boca.—Você quem está me pagando aqui.—apontou o dedo na minha cara.
Liana: você tá querendo dizer que eu vou trabalhar tão somente pra te pagar? que eu não vou ter nem o direito de dividir quantia?—interpelei.
Terror: que dividir quantia doida?—perguntou de cenho franzido ,outra vez dando as costas,procurando fazer alguma coisa na cozinha. Ele quer me enrolar, me tirar de louca,para que ele consiga continuar me explorando.
Liana: sim,escolher quanto eu quero te dar para a dívida e quanto posso ficar pra mim. Eu sou um ser humano você sabia?eu preciso de coisas pessoais.—disse.
Terror: É só me pedir.
Liana: o quê? — questionei indignada.— Eu não vou te pedir dinheiro para poder comprar coisas básicas Terror!se você não vai me dar o direito de fazer o que eu quiser com esse direito,então vai ter que me liberar em algum momento pra eu poder trabalhar em outro lugar.
Terror: aí não te sobra tempo pra ajudar dona Benê. Então sem chances. —disse na maior cara dura. Como se isso não fosse um absurdo.—Para de querer fazer cena Liana… Tu tá aqui trabalhando pra pagar o que o teu tio me deve, certo? pra quê tu quer pegar em dinheiro se aqui tu tem tudo? quarto próprio,comida ,tudo que tu precisa,tá exigindo mais o quê?—ele falava como se algo natural essas perguntas que ele faz. Mas eu percebi um pouco de deboche na fala e expressão dele. Ele estava adorando me afligir,me atormentar.
Liana: meu dinheiro próprio!! —disse já um pouco alterada.—Você não ouse a me humilhar a esse ponto, ao ponto de me fazer te pedir dinheiro pra comprar coisas básicas,de higiene,ou apenas coisas de mulher. Eu preciso de dinheiro pra faculdade também, formatura e…
Terror: vou te dar tudo!—disse tranquilo,como se a escolha fosse somente dele. E eu respirei fundo,tentando me acalmar,para que não acabe como ontem.
Liana: Terror…escuta só…—estava tentando manter a calma,ao mesmo tempo que não sabendo o que dizer, porque sei que nada que eu diga fará ele fazer o justo e agir de forma correta,de forma NORMAL. Então eu comecei a me frustrar, tipo criança sabe?que se estressa pelo o simples fato de querer algo mas não poder ter. E minha frustação é devido achar um absurdo o que ele vêm fazendo comigo e não poder fazer nada, conversar,brigar pedir com jeitinho,não vai adiantar,porque ele não vai mudar. O Terror sabe que isso é ilógico, extremamente absurdo. Mas ele insiste em se fazer de sonso, desentendido,é isso que ele faz. Dado ao meu desgosto,eu apenas emeti um gritinho de ódio. Ele me olhou com uma cara indecifrável, engraçada eu diria. Logo em seguida eu subi pisando firme,bati a porta com força e chorei,tamanha era minha raiva. A ficha está caindo aos poucos junto ao ódio que crescia em mim. Ele realmente quer me prender a ele,me quer entregue a ele,quer me ter como uma propriedade e não vai haver nada que eu possa fazer, a não ser fugir,conseguir um emprego melhor e pagar tudo que devo a ele. Mas como? para onde eu iria se eu não tenho ninguém e nem mesmo onde cair morta. Peguei um jarrinho de flor de enfeite e arremessei contra a parede,o fazendo quebrar ,quando o vejo abrir a porta do quarto de forma veloz, sem bater. Ele olhava de mim para o jarro quebrado.
Terror: tá louca porra?—inquiriu um tanto surpreso,mas sempre obstruído.
Liana: saí daqui… Me deixa sozinha.—pedi.
Terror: Liana…—exprimiu em tom cominador.
Liana: aí Terror sério.—comecei,afadigada.—Me deixa em paz cara,você não acha que já está fazendo o suficiente pra me machucar, me humilhar? não pode pelo menos dar o meu tempo de sentir ódio de você, de querer te matar com as minhas próprias mãos.—disse e depois que falei me dei conta que soou de forma rancorosa. Ele baixou o olhar e fechou a porta vindo até mim.
Terror: você quer me matar? —perguntou com intimidação,com um quase sorriso nos lábios. Ele gosta de desafiar,ele é um louco doente,me ver o ameaçando parece que causa uma certa excitação nele,talvez porque ele ache que eu nunca seria capaz.
Liana: você duvida que eu tenha coragem?—eu era como uma ovelha perto de um lobo pernicioso,mas uma ovelha ousada. O medo de ele me bater como ontem outra vez era grande,mas eu não consigo manter a boca calada.
Terror: você tem?… Duvido.—ele ainda caminhava até mim em passos vagos ,de forma atraente,audaz.
Liana: não se aproxima de mim.—mandei.
Terror: por que?—inquiriu com a boca entre aberta olhando para a minha.—Você vai me matar se eu fizer?—perguntou ,descarado.
Liana: não é bom duvidar.—eu ameacei. E ele gargalhou debochando de mim. Depois foi fechando a cara lentamente ,me analisando.
Terror: sabe o que você merece? umas palmadas, pra aprender a deixar de ser tão atrevida.—disse.
Liana: achei que escolheria tentar me estrangular de novo. —falei e percebi todo expressão de deboche e cinismo indo embora.
Terror: se você preferir eu posso fazer de novo,igual a pior.—expressou e eu engoli em seco.
Liana: saí daqui…Por favor.—pedi sem olhá-lo. Ele pareceu pensar um pouco,e quando achei que ele fosse sair, ele avançou em minha direção e me tomou pela a cintura.
Terror: eu ainda vou te fazer implorar pra que eu te foda.—ele disse inadvertidamente sem pensar,ao pé do meu ouvido e eu arrepiei-me inteira.
Liana: E vai falhar miseravelmente. — eu tive a audácia de dizer isso ,ao mesmo tempo que meu coração batia por ele nesse estante,meu corpo me traía lamentavelmente,meu clitóris moia contra meu shorts jeans.
Terror: É bom você não me desafiar.—me ameaçou,ainda de cara fechada.
Liana: saí.da.qui.—exprimi pausadamente. Outra vez ele pareceu refletir uns cinco segundos e então saiu sem contestar dessa vez e eu pude soltar o ar que eu nem havia percebido que estava prendendo. —Droga, droga,droga!!—dizia enquanto caminhava pelo o quarto,me praguejando. Me detestando por sentir desejo por ele. Que merda,ontem ele tentou me estrangular, estou com o pescoço roxo,com dor por toda a mandíbula,minha voz ainda está falha, por culpa dele. Ele quase me matou! como que posso ser capaz de ainda sentir isso por ele?na verdade o que me surpreende de verdade é como eu consigo resistir a essas provocações. Não sei até quando ainda vou conseguir.
Me reparo no espelho e percebo que minha fisionomia muda quando estou com ele,quando estamos nesse clima,que esse cachorro mesmo causa. Os meus lábios ficam cheios e rosados. A pele do rosto também ganha tons corados. É como se um jato de adrenalina caísse no meu sangue. O coração bate mais forte,com certeza deve ter chego agora até cento e cinquenta batimentos por minuto. Até a voz dele muda de repente,e sinto como se fosse só no momento,como se só para mim. Subitamente tudo que ele fala começa a soar diferente,parece que ele fica bem mais sedutor e excitante,e é como se tudo estivesse convertido em uma corrente elétrica. E por mais que eu não queira sentir o que eu sinto,por mais que eu saiba que isso não é normal e que eu não posso me deixar sentir. Também não posso prescindir de reconhecer que isso leva a uma sensação para lá de agradável. O organismo esquenta. Para abaixar a temperatura, o corpo sua. Os toques dele na minha pele ativam o sistema de recompensa. E eu posso sentir que se ele insistisse um pouco mais eu cederia. Eu sou mesmo bem parecida com o Terror,isso é loucura,é doentio, assim como ele!
O resto do dia passou normal, eu fui organizando uma coisa aqui e ali ,depois estudava um pouco e a noite como sempre eu me tranco no quarto. Hoje eu não pude ir a escola,estava meio abalada com o que tinha acontecido. A Letícia também não foi para poder ficar comigo e,amanhã decerto vou precisar passar maquiagem no pescoço. Ainda está arroxeado e está na cara que isso aqui foi uma agressão,não vou poder mentir dizendo que caí,ou que bati em alguma coisa. Meus professores são bem observadores, e se preocupam muito com a vida dos estudantes dentro de casa. Já sabem também do histórico do tio Pedro, ele dificilmente aparecia nas reuniões. Até que antes era tudo bem,a tia Suzane quem apresentava-se e ficava responsável por mim e por Letícia. Ela explicava que ele não podia vim pois trabalhava muito,porque era a verdade,pelo menos no início foi. Nesse tempo ele ia somente para resolver coisas mais importantes,como renovar matrícula e outras coisas mais. Mas aí quando tio Pedro entrou nas drogas ele deixou de ir de vez, não comparecia mais em nada, e aí tia Suzane teve que explicar para o diretor,contar tudo, para que assim eles pudessem deixar ela fazer por mim o que titio deveria fazer,mas que não estava fazendo.
Se eu chego assim na escola,o concelho tutelar bate na porta do meu tio ,imagina o escândalo que seria quando descobrissem que na verdade eu estava morando com um traficante e que pior,meu tio quem havia me vendido para ele. Depois de me preparar para dormir e indo colocar o celular pra carregar ,aparece uma ligação do Lucas. Lembro do que aconteceu por causa dele e desligo depressa,mas em alguns segundos ele me liga outra vez. Respiro fundo e descido não ficar o enrolando,ele não merece isso ,ele estava sendo tão legal comigo,gentil,um cavalheiro. Vou contar toda a verdade a ele ,para que assim ele suma da minha vida ,se eu não contar ele jamais me deixará em paz. Mas não sei se terei coragem, como que eu contaria que eu estou morando na casa de um traficante, pois tenho uma dívida com ele para que ele não mate meu tio que inclusive me vendeu para ele. E agora esse louco,bandido,marginal me tem como um objeto,se acha o meu dono e quase me matou tentando me estrangular porque me viu com ele. Inspiro outra vez e atendo o celular,vou para o banheiro e tranco a porta.
ligação on
Liana: oi Lucas.
Lucas: oi princesa. — a voz dele e o tom que ele usa para falar comigo deixa meu coração molinho. Ele me trata tão bem,é errado desejar um homem desse na minha vida?que me trate com carinho,como se eu fosse a mulher mais incrível que ele já conheceu,como se eu fosse única.— Por que não me mandou mais mensagem depois daquele dia ?você disse que me mandaria assim que chegasse em casa.
Liana: eu tive um problemão em casa Lucas. É uma longa história mas… eu preciso te falar uma coisa… desculpa por está te contando isso por telefone,mas é que …eu não vou mais poder te ver. —ele passou alguns segundos calado e eu sabia que ele perguntaria o motivo,mas não tinha condições de eu explicar,ainda mais por ligação.
Lucas: como assim não vai mais poder me ver? eu fiz alguma coisa de errado?
Liana: não não… o problema não é com você!
Lucas: e com quem é então?
Liana: é comigo… com a minha vida. É bom você se afastar de mim tá bom?não me encontra mais na escola e se você me ver na praia ou em algum outro lugar, sei lá, por favor, não fala mais comigo.
Lucas: Liana eu não tô entendendo. Por que você está me pedindo isso? eu não quero me afastar de você,por favor poxa, deixa eu te conhecer melhor.
Liana: eu também queria te conhecer melhor,mas eu não posso,é melhor não, por você e por mim.
Lucas: tem alguém te ameaçando, é isso? você tem alguém? me deixa te entender.
Liana: não dá... Eu não posso te contar por telefone é uma longa história.
Lucas: vamo marcar um lugar seguro então.
Liana: não tem lugar seguro Lucas.
Lucas: tem sim,só confia em mim!
Liana: eu não posso…eu…
Lucas: confia em mim tá bom? eu vou te levar pra um lugar seguro,ninguém pode saber, ninguém vai saber!eu te prometo. Só me dar uma chance de te conhecer melhor,de você me conhecer melhor. Eu prometo te dar o dia mais incrível da sua vida,você não vai se arrepender.—eu fico calada sem saber o que responder,enquanto sorrio pro telefone. É bonito ver o quanto ele se preocupa comigo e que estar disposto a qualquer coisa só para me ver,afinal eu deixei claro pelo o meu tom de voz que o negócio pode ser sério e ele pareceu nem ligar em arriscar.
Liana: eu não posso agora.
Lucas: quando você pode ?
Liana: vai demorar um pouco.
Lucas: não tem problema,eu espero. Quanto tempo mais ou menos?
Liana: talvez um mês .— penso que por agora o Terror vai mandar que me vigiem. Em um mês talvez ele saia do meu pé.
Lucas: tudo isso sem te ver?
Liana : E sem me mandar mensagem também.
Lucas: vou precisar mandar ,né? vou contar um mês certinho e aí te mando mensagem. Por favor, não vai furar comigo ,eu preciso muito te ver outra vez Liana.—declarou me deixando toda boba. A gente conversou até meia noite e eu me despeço dele ,combinando que daqui a um mês a gente se ligaria outra vez para marcar tudo certinho.
ligação of.
Eu quase não dormi a noite,tamanha era a minha ansiedade e meus pensamentos para lá de confusos. Sentimentos estranhos e distintos. O Terror eu sei que odeio,ou na verdade só quero odiar. Mas quem eu detesto de verdade mesmo seja eu ,por não conseguir odiá-lo como deveria. Me odeio por sentir algo que não consigo compreender,vai além de atração sexual,vai além do que eu possa explicar. Já o Lucas me encanta, me faz sentir não só digna de ser desejada pelo o corpo, como o Thiago faz ,mas também merecedora de ser amada. Embora ainda não saiba se devo confiar nele,eu estou arriscando,talvez por raiva de Thiago,talvez por carência ou falta de afeto. Porque foi isso que Terror deixou em mim,um vazio aqui dentro,um sentimento de insuficiência,uma sensação de ser alguém para nada além do que sexo. Mas eu consultei a psicóloga outra vez e ela me explicou que esse sentimento não é culpa minha,pois essa atitude dele acaba por nos fazer pensar que talvez sejamos culpadas por algo,que sejamos desprezível. Quando na verdade mesmo quem se sente indigno se ser amado é o próprio Terror e ele acaba descontando isso nas pessoas que ele se envolve,nos fazendo achar que o problema somos nós. Ela me explicou que para ele é muito fácil 'usar' todas as mulheres que ele se envolve. Terror realmente acredita que todas as mulheres que ele fica,estão ali somente para prestar assistência,para o prazer dele. Pois dado a tudo que ele passou, a pessoa que ele teve que se tornar para lidar com essa vida que ele escolheu,o fizerem acreditar que ele não merece ser amado e que ele não é capaz de amar ninguém. A doutora Débora,minha psicóloga, explicou que a análise que pessoas como ele fazem da sua própria pessoa é tão péssima e está tão carregada de desprezo que as torna incapazes de ver alguma coisa boa neles mesmos. Eles “não são dignos de amor”. Não se sentem merecedores de receber afeto. Realmente enxergam a si mesmos como monstros que deveriam viver em solidão e em um profundo ostracismo. E aí que eu percebo o quanto é difícil de entender de verdade o Terror,porque ele tem um ego tão inflado,enorme, as mulheres se matam para estar com ele e ele sabe disso. E quando contei isso a doutora, ela me revelou que talvez o receio dele seja comigo. E não é como se ele sentisse que ele não me merece, mas sim porque ele pensa que eu mereço alguém melhor. Mas porque então ele não me deixa ir?

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