capítulo 20°- "ciúmes e possessão"

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Liana.

Liana: para o baile. Por quê? —disse tentando parecer neutra.

Terror: tu me pediu?—perguntou ainda de cenho franzido.

Liana: Você mesmo disse que nos finais de semana eu podia ir para onde eu quisesse e fazer o que eu quisesse. É sábado à noite,eu não tenho que te pedir permissão pra sair.

Terror: esqueceu que o baile é meu? Tudo isso é meu!—eu pude notar o duplo sentido na fala dele — Se eu não quiser que você vá,você não vai,entendeu?—ele realmente acredita nisso fielmente,que homem louco.

Liana: olha aqui ,Thiago. Se não for pra ir pro baile eu saio da favela,procuro alguma coisa na pista,sei lá. Só não vou deixar de sair depois de já ter me arrumando inteira —disse e ele me examinou.

Terror: tu quer ir pro baile então?—perguntou e eu assenti —Certo,troca de roupa que tu vai —falou e de seguida já foi entrando para dentro de casa. Eu o segui no mesmo instante.

Liana: por que trocar de roupa? Essa não tá boa?—perguntei me observando,realmente achando que talvez estivesse ruim. Ele pegou uma garrafa de água na geladeira e colocou um pouco no copo. Depois levou o copo até a boca,bebendo a água e me observando outra vez,me fazendo ficar um pouco tímida. As vezes o olhar dele em mim era como brasa,me queimava.

Terror: não!—seco como sempre — Tá quase nua, porra —completou.

Liana: aah Thiago,por favor,né? —reclamei já dando-lhe as costas.

Terror: ou… —chamou —Se eu ver tu de papo com algum filho da puta,vai da ruim pra você. Tá avisada. —disse sério,com um olhar cominador. Me ameaçando de forma clara que não estava para brincadeira,e eu me assustei um pouco, não consegui formular nada para falar e ele já foi saindo para a escada,me deixando plantada no meio da sala.

Escuto uma buzina lá fora e trato logo de sair,entro no carro de Felipe que pergunta pelo o Terror. Eu digo que acabou de subir para se arrumar e a gente segue tranquilo até o baile. Assim que chegamos percebo que o movimento estava igual a todos os outros dias de baile,muito cheio. A Letícia sobe para o camarote com o Felipe e eu falo que subo depois,mas na verdade mesmo não quero ir para lá,da última vez deu no que deu. Não quero ficar muito próxima dele,hoje quero me divertir.

Já peço logo uma caipirinha e fico observando o movimento,esperando que Letícia desça para ficar comigo. Até que percebo Carol e Suelen se aproximando.

Carol: OI ,LIANA —ela me comprimenta sorrindo. Eu tenho que admitir que dentre as duas ,a Carol era muito mais gente fina. Ambas gostam de ostentar e só andam de forma um tanto vulgar,mas a Suelen se superava sem dúvidas,chegava a ser cafona.

Liana: OI ,CAROL. TUDO BEM?—sorrio sem mostrar os dentes. Falávamos alto por conta do som. Sorrio para Suelen como forma de saudar a ela também.

Carol: SOUBE QUE VOCÊ TÁ TRABALHANDO PARA O TERROR,É VERDADE?—perguntou e eu fiquei um pouco desconfortável.

Liana: É,É VERDADE SIM! —afirmei.

Carol:ESTÁ MORANDO LÁ TAMBÉM?—às vezes ela também é um pouco intrometida ,que nem a amiga.

Liana: SIM!

Entregue A Um Traficante Onde as histórias ganham vida. Descobre agora