capítulo 37°- "odeio essa mulher"

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Liana.

A moça me chamou e eu fui. Ela me direcionou até lá dentro e eu estranhei,dado que eu só precisava da pílula e tomaria em casa. Então ela me deu a pílula e um copo de água e ele observando tudo e eu morta de vergonha. Daí então a mulher veio com uma injeção.
Liana: espera aí.—pedi,desconfiada.—Pra quê isso?—perguntei. Ela olhou dele para mim.
Terror: pra reforçar a parada.—ele estava mais nervoso que eu,com medo de ser pai.
Liana: eu não tomava injeção,tomava pílula. Não posso começar a tomar uma injeção que eu não tomava antes. De quantos meses é essa injeção?
Farmacêutica: três meses.—ela disse e não explicou mais nada.
Terror: ué,tu vai passar a tomar agora então—incrível como esse homem acha que as coisas são simples e tem que ser sempre do jeito que ele quer. Ele quer desafiar a ciência.
Liana: Terror—disse agora só para ele,tentando ser discreta.—Não é assim que funciona,meu corpo pode não reagir bem,sem contar que a injeção pode cortar o efeito da pílula,sei lá,várias hipóteses de merda que pode dar.
Terror: e faz o que então?—questionou impaciente.
Liana: vou tomar a pílula e amanhã eu vou em algum ginecologista. —ele me olhou como se não entendendo ao certo.
Terror: mas tu não vai engravidar não,né?—mas que preocupação persistente.
Liana: não.—disse fazendo cara de tédio.
Terror: toma logo então essa parada.—mandou e eu pego a pílula e o copo de água da mão da moça. Tomo e pego a outra para tomar depois.
Liana:obrigada.—digo a ela e já vou saindo em direção ao carro. É cada coisa que o Terror me submete a passar,ele me trata como uma menina as vezes,uma criança,acha que eu não sei sobre as coisas e que ele precisa sempre ficar opinando sobre a minha vida ou sobre o meu corpo.
Terror: O quê que essa parada de ginecologista faz?—ele pergunta assim que entra no carro e bate a porta.
Liana: é um médico Terror. Ele cuida da nossa saúde íntima,eu já precisava estar em acompanhamento desde que eu perdi a virgindade.—ele me olha como se ainda tentando processar.
Terror: uma pessoa? —ele pergunta confuso. E eu reviro os olhos olhando para o lado.
Liana: sim!—fiz cara de tédio. Será que ela achava que era alguma espécie de máquina?
Terror: e o que essa pessoa faz?—eu teria que explicar,né?!
Liana: ele examina a gente,lá embaixo,pra saber se tá tudo bem. Se não estamos com alguma infecção,ou bactéria. É comum começar a frequentar os ginecologista depois da primeira menstruação de uma mulher,é importante.—expliquei.
Terror: e tu nunca foi por quê?—inquiriu dando partida.
Liana: ainda não conheço nenhum lugar bom, que não não seja tão caro. Uma clínica de confiança,um cara bom,um médico que eu me sinta confortável também,né?—disse de olho no caminho que parecia que íamos bater em alguma parede a cada curva de louco que ele dava. As vezes acho que ele deve se sentir nos Velozes e Furiosos porque não é possível.
Terror:como é? —ele inquiriu de cenho franzido,sobrancelhas juntas e baixadas,me olhando.
Liana: olha pra frente por favor—pedi aflita.
Terror: médico?é um cara que olha o bagulho?—eu olho para ele fazendo cara de tédio outra vez depois dessa pergunta.
Liana:na maioria das vezes sim.—disse.
Terror: ah então pode esquecer!—disse convicto,balançando a cabeça negativamente olhando para frente agora.
Liana: é importante Terror. Eu preciso saber se está tudo bem comigo e qual método anticoncecional pode ser mais seguro para o meu o corpo.—expliquei.
Terror: daí tu vai ficar lá peladona pro cara? esquece essa porra,sem chance—eu respiro fundo,tentando me manter calma,não rir para parecer séria.
Liana: você não tá entendendo,é melhor para que diminuam os riscos de engravidar.—coloquei medo,mas não era mentira.
Terror: não vai caralho,não vai!—ele já estava começando a ficar puto. E por mais que eu estivesse achando engraçado,eu não posso negar que eu odeio essa mania dele de querer que tudo seja do jeito dele,sendo que o corpo é meu,quem deveria escolher era eu!
Liana: Eu posso procurar uma mulher.—disse dando-me por vencida. Ele me olha desconfiado.
Terror: quero que tu procure a melhor clínica da pista,fala com a doutora do hospital daqui,pra ela te indicar o melhor do Rio de Janeiro.—pelo menos ele era atencioso com relação a isso.—Mas ôh,eu tô te proibindo de deixar algum médico arrombado cuidar da parada.—ele diz e eu reviro os olhos.—Tá escutando né caralho?eu tô proibindo.—nossa como eu odeio quando ele acha que pode fazer isso. Resolvo engolir todo o meu lado militante e feminista para poder não dá merda.—Entendeu?—perguntou rude.
Liana: entendii—repondi fazendo movimentos involuntários com os olhos.
Terror: já te falei que eu não gosto dessa porra que tu faz—estava se referindo ao meu ato de revirar os olhos—Tá com algum problema nesse caralho?me diz que eu resolvo rapidinho.—incrível como ele se estressa muito rápido.
Liana: "não gosto"— o remedei mudando a voz em pensamentos ,ou será que em voz alta?
Ele freia o carro bruscamente me fazendo ir para frente e voltar para trás em um solavanco e me puxa pelo o pulso em seguida.
Liana: você tá ficando lo…—ele me corta de imediato.
Terror: eu devia te fuder aqui com força,deixar essa tua boceta toda ardida,pra toda vez que tu sentar…Lembrar do que tu falou pra ela tá assim.—eu quase morro nesse estante. Ele disse tudo tão rápido e antes que eu pudesse processar qualquer coisa ele me puxa com mais força,me fazendo cair de barriga em suas pernas,de modo que ficasse com o bumbum para cima. Ele levanta o meu vestido.
Liana: o que você tá fazendo?—pergunto assustada com o movimento.—Me solta idiota.
Terror: como é?—a voz dele era de irritação. Porém era tudo fingimento.—Acabei de mudar de idéia sobre não te bater mais.— o tom dele era de puro sarcasmo.
Liana: desculpa...—disse depressa e impaciente.
Terror: apartir de hoje vai ser assim agora.—apertava a minha bunda.—Deu uma de criança rebelde e linguaruda? Vai levar umas palmadas na bunda para aprender!
Liana: para com isso.—pedi visto que essa posição não é nem um pouco confortável,sem contar que era bem constrangedora.
Terror: eu estou te dando uma lição.—disse logo após rasgar a minha calsinha com as duas mãos.
Liana: aaii.—reclamei ao sentir ele arrastar a calsinha com força no meu clitóris. Ele deu o primeiro tapa e eu me assustei,a mão dele era muito pesada. Ele seguiu com outro e outro,mais forte.—Para seu maluco!—gritei tentando sair dessa posição e tentando ver se ninguém via alguma coisa. Mas a gente estava em um beco com casas ainda em construção,não havia ninguém.—Tá ardendo.
Terror: está? ótimo,é pra arder mermo.—o tom de voz dele era de pura chacota,ele estava se divertindo.
Liana: já está bom!—disse.
Terror: ainda vai fazer isso?—perguntou em tom excitado deferindo outro tapa na minha bunda,agora já queimava.
Liana: não,não faço mais…Terror eu não faço mais—falei ainda tentando sair da posição.
Terror:muito bom!—ele diz vitorioso. Logo após sinto aos mãos grossas dele alisando minha bunda suavemente,porém o toque dele ardia. Senti ele mordendo meu bumbum agora, um cachorro mesmo. Depois me jogou de qualquer jeito no banco e de imediato eu senti um incômodo muito chato ao sentir minha bunda ir de encontro ao banco,ardia e incomodava. Me atrevi a tentar olhar e eu vi uma enorme marca de vermelho,era a mão dele,inteira na minha bunda.
Liana: você é sem noção cara—eu disse por saber que ele fez por brincadeira.—Tá a marca dos seus cinco dedos aqui.
Terror:oolhaa a boca.—me repreendeu.—Que se continuar,eu vou deixar vermelho é outra coisa e eu te garanto,que dessa vez tu não vai conseguir nem sentar.—me ameaçou enquanto dava partida com o carro outra vez,e eu engoli em seco com o que ele falou.
Liana: eu JÁ…—disse entre dentes,mas fechei os olhos e respirei fundo,ele me irrita.—…Não consigo nem sentar.—ele gargalhou alto,que eu até me assustei,dado que foi do nada e eu nunca na minha vida tinha escutado uma gargalhada alta dele,assim tão abertamente. Quando ele percebeu a minha cara hipnotizada nele,ele muda de expressão no mesmo estante e o rosto dele vai ficando sério e eu desvio o meu olhar para frente depressa.
A gente continuou seguindo e eu estava imóvel,o movimento do carro fazia arder meu bumbum,sério,a mão dele era muito pesada. Eu fazia careta e em um determinado momento eu o olhei de canto de olho e percebi o sorrisinho de cafajeste no canto da boca. Ele para o carro enfrente a boca e abre a porta para descer.
Terror: espera aqui que eu já volto. Vou te levar em casa.—mandou e eu só queria ir para casa logo,deitar,descansar,e comer,a gente nem almoçou. Ele pelo menos toma um café da manhã bem reforçado,eu não consigo comer muito de manhã.
Liana: eu queria ir para casa logo—disse em tom normal,para ele não pirar comigo.
Terror: tô mandando tu ficar aí e me esperar pô—não tem jeito,ele é mesmo um ogro insensível,sempre será. Eu falei de boas com ele e ele me responde como sempre,com a ignorância de um jumento.
Liana:eu tô com fome.—reclamei.
Terror: daqui a pouco você come,não da pra morrer não porra.—eu cruzo os braços puta e ele não perde a oportunidade de me deixar ainda mais bolada.—Tá ventando pra caramba não tá percebendo?—a cara dele era de cínico. Eu olho para ele com um semblante de quem diz “e daí?“. —Seu vestido pode voar aí e tu tá sem calcinha,né? mó b.o daria. Então é melhor ficar aí até eu voltar, quietinha.—ele era tão descarado,a voz dele nem tremia. Ele sai e entra naquele lugar que eu não gostava nem um pouco,ainda mais depois da cena da Taynara encima dele,dois cachorros. Passavam-se minutos e nada dele voltar,o calor aqui dentro matando e mesmo que o ar-condicionado ligado eu suava frio. Não duvido nada essa demora dele ser de propósito,pra me deixar mais estressada do que ele já me deixou hoje. Resolvo sair porque eu não sou nenhuma safada pra ficar torrando aqui dentro,como diz a Letícia. Abro a porta e levanto com dificuldade fazendo careta, encosto-me no carro de forma que parecesse que eu estou esperando alguém,mas na verdade mesmo eu não sabia o que fazer,visto que estou sem calcinha,com um vestido soltinho e que realmente pode subir a qualquer momento,confortável eu não estou nem um pouco. Esse lugar também me deixa muito desconfortável,vez ou outra aparece pessoas aqui para possivelmente comprar drogas e elas me olham estranho,parecem sempre com medo de alguma coisa. Eu sinto tanto tanto por essas pessoas e ainda mais por o Thiago ganhar tão bem encima do vício de pessoas como essas,que embora tenham escolhido experimentar pela a primeira vez,ainda assim não acredito que imaginavam um dia estarem nessa situação. Peço a Deus misericórdia,porque realmente é muito triste. Perdida nos pensamentos e escondida atrás do carro para não ver os homens que ficam aqui na porta me olhando de canto como eles estão fazendo agora,escuto alguém falar meu nome do meu lado em tom de surpresa.
***:Liana?—eu olho depressa quando constato que acho que conheço essa voz…
Liana: Douglas?—meu tom de surpresa foi bem maior que o dele.
Bom, aqui eu vos apresento Douglas Medrado,a minha primeira paixãozinha de infância e o cara que fazia bullying comigo por eu ter sido gordinha na época. E eu ainda gostava desse canalha naquele tempo,se não fosse a Letícia que me tivesse obrigado a esquecer ele na marra,eu teria me ferrado muito mais,dado que eu era uma criança muito bestinha e inocente.
Douglas: iih garota,que mundinho pequeno né não?—ele diz me analisando de cima abaixo.
Liana:o que logo você tá fazendo aqui?—eu pergunto sorrindo de braços cruzados. O Douglas foi o tipo de filho criado em casa própria,não,casa não,mansão! sempre teve do bom e do melhor,porém,era cuidado pela a empregada,ela quem o criou praticamente. O pai e a mãe viviam trabalhando,ou viajando sem ele.
Douglas: qual foi?como assim logo eu ruiva?—ele pergunta em tom extrovertido.—Vem cá,me dá um abraço,quando tempo pô.—ele já veio me abraçando e na minha cabeça meus neurônios em desespero: “O TERROR”
“SE ELE VER ELE VOLTA A TE BATER E MATA O MENINO”
“EU ESTOU SEM CALSINHA”
Eu retribui o abraço dele mais saí depressa do mesmo,se o Terror ver e confunde tudo eu estava mortinha da Silva. Ele já tinha me avisado sobre as coisas que eu não poderia fazer,e uma delas era claramente:não falar com caras que na cabeça dele estão me dando moral e nem muito menos deixar que eles me toquem.
Liana: mas sério,estou curiosa agora. O que você veio fazer em uma favela?—inquiri ainda surpresa.
Douglas: eu trabalho aqui —eu franzo o cenho e ele me avalia dos pés a cabeça outra vez. —Caralho em Lianinha,você tá uma coisaaa,uma coisa assim muitoo...—bom,algumas coisas não mudam mesmo,né? ele ainda é o mesmo babaca de quando estudávamos juntos,incrível. E olha que éramos só crianças,porém, nada mudou.
Liana: trabalha aqui? aonde?—eu estava surpresa e curiosa.
Douglas: na boca,pro tráfico.—ele disse na maior normalidade do mundo e meu queixo quase cai,como assim?
Liana: você tá brincando,né?—ele balança a cabeça em negativo.—Por que você tá fazendo isso?—eu estava para lá de adimirada. Um menino que era o mais rico, na verdade o único rico da minha escola,estudava lá por escolha própria,ele gostava muito da escola ao que eu me lembre. Os pais sempre quiserem colocar na maior e melhor escola do Rio de Janeiro. Depois de quatro anos estudando juntos,os pais dele o transferiram para uma escola particular e nunca mais eu soube de nada sobre ele,até agora. Que mundinho pequeno mesmo,como a vida da umas voltas completamente sem sentido e tão inimagináveis. Ele me conta resumidamente e eu já tinha criado todo o cenário da minha cabeça,dado que eu já conhecia sobre ele e a família. O cara sempre teve tudo do bom e do melhor,mas de repente como uma criança que não tinha atenção dos pais,queria a todo custo chamar a atenção deles de alguma forma. Na adolescência,que óbvio é onde tudo acontece,ele resolve usar drogas,claro. Agora aos dezoito,trabalha em boca porque os pais decerto,já devem ter desistido,ou ele que ainda segue tentando chamar a atenção deles.
Douglas: estou a seis meses aqui já pô.—fico me perguntando o quanto o Alemão é grande,eu nunca saberia que ele estava morando aqui,ainda mais com todo esse tempo já.
Liana: e você tá ficando na casa de quem?—inquiri.
Douglas: na tia Lúcia pô,ela morou a vida toda aqui —essa era a empregada que cuidou dele.—Pô,te falar,você mudou,né? tá gostosinha.
Liana: e você,um idiota como sempre,né?—ele nunca foi feio em toda a vida dele,porém agora ele estava em uma fase muito boa da vida,muito bonito e em forma,aqui dentro muitas irão render. Entanto para mim,ele continua sendo aquele moleque idiota,preconceituoso e mimado.
Terror:tô pagando vagabundo aqui agora pra ficar de lero-lero? atividade DG —ele chegou já mandando essa e assim que eu escuto a voz dele eu me assusto. O Douglas também,acho que ao perceber que eu estava acompanhada dele.—O papin aqui de vocês era sobre o que eu posso saber?—ele não deixava passar nada.
Liana: a gente estudou juntos a algum tempo atrás, nunca mais tinha nos visto até agora.—eu contei e ele me olhou,tentando ver verdade nos meus olhos,certeza. Ele sabe que não tem como mentir para ele,visto que ele percebe,ele sempre sabe.
Terror: olha que bonitinho.—ele não tinha gostado nada nada disso.—Entra Liana—mandou a mim,me fuzilando com os olhos e eu fiquei olhando dele para o Douglas,tentando ler no rosto do Terror se ele estava puto ou sei lá,puto até demais. Se corria o risco de de repente ele matar o Douglas aqui. Dele não se pode esperar nada ao mesmo tempo que tudo. Porém eu sabia que para mim era melhor que eu obedecesse. Entro no carro e fico observando pela a janela eles conversando,e pela a cara do Douglas parecia mais que o Terror estava lhe dando um sermão,enquanto ele apenas balançava a cabeça positivamente o tempo inteiro. Depois ele já vinha em minha direção e eu disfarcei para não parecer que eu estava olhando. Ele não tava com uma cara muito boa.
Liana: já vou logo avisando que eu não tive culpa,foi uma consciência e eu não fiz absolutamente nada,além de perguntar o que ele estava fazendo aqui —tratei de me defender.
Terror: e tava interessada na vida dele por quê?—cara,esse homem é extremamente tóxico em um nível surreal.
Liana: porque eu conheço ele desde criança,estudamos juntos e ele era alguém de família rica diferente da maioria da classe e de repente ver ele aqui foi algo que me deixou surpresa.—expliquei depressa ,mas de forma não tão exasperada,para que ele não pensasse que eu estava nervosa,embora eu esteja.
Terror: te orienta porra. Aqui ele não é mais o teu amiguinho de escola não,ele é vapor da boca,um dos meus homens,trabalha pra mim. Tu não tem que ficar de papinho com ninguém daqui não caralho.—eu queria tanto contestar e esfregar na cara dele que eu posso falar com quem eu bem entender. Mas eu não quero morrer,então fiquei calada e ele arranca com o carro me fazendo tomar um baita susto. —Amiguinho de escola.—ele debocha balançando a cabeça negativamente e eu fiquei processando porque soou estranho e eu fiquei com vontade de rir,mas segurei ao máximo. Porém a vontade de rir foi embora no momento em que ele desviou de um poste nas últimas,ele estava fazendo de propósito.
Liana: devagar!—pedi estressada e assustada.—Tá me machucando. —o movimento das curvas sinistras que ele fazia me fazia chacoalhar para um lado e outro e isso me doía desde as minhas costelas ainda doloridas,ao meu bumbum que ardia. Assim que chegamos eu saio do carro e bato a porta do carro com força. Cara ele me estressa num nível,pior é que eu não posso fazer nada.
Terror: quebra o bagulho que eu quebro tua cara.—ele falava em um tom como se fosse o meu pai. Respirei fundo uma,duas vezes e tentei acionar a minha digital no portão para abrir,agora eu tenho acesso também. Antes eu não tinha,se saísse e tivesse que voltar não daria para eu entrar se não tivesse ninguém em casa,dado que ele não confiava em mim. Bom,ainda sinto que ele não confia,porém eu moro aqui também,né?
Eu não consigo alcançar a digital,mas em minha defesa não era só pelo o tamanho,mas sim porque esse movimento de tentar ficar na ponta do pé me fazia sentir dor nas costelas. Então eu peguei um tantinho de trauma,visto que a dor era algo inesquecível. Sinto ele vindo por trás de mim e colocando o dedo na digital.
Terror: pequena pra caralho.—falou como se reclamando e com tom irritado. Como se agora eu tivesse culpa de ser miúda ou de ele ser um Avatar,cara eu mereço mesmo. Assim que o portão abre eu entro e sigo pelo jardim enquanto sinto a presença dele me acompanhando. Quando eu passo pela a porta de vidro que dá acesso a casa e passo pela a sala eu paro de imediato. Havia paralisado quando eu vi a Katarina sentada pleníssima no sofá com uma mochila do lado e com semblante altamente relaxado,como se tudo bem o fato de ela ter entrado aqui sem ter acesso a nada. Eu odeio essa mulher num nível que só não consegue ser maior que o medo que eu sinto dela. Eu olhei para o Terror e não sei porque,mas o olhar dele era o típico,que eu conhecia muito bem,ele estava prestes a sair do controle e isso não era nada, nada bom. Mas ainda bem que dessa vez não era comigo.

Entregue A Um Traficante Onde as histórias ganham vida. Descobre agora