capítulo 8°- "só eu tô ali!"

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Terror.

Felipe: se liga na ruivinha de ontem ,sobrinha do Pedro cracudo? - perguntou no meu ouvido,devido ao funk alto que troava o baile todo. Apenas assenti com a cabeça, esperando que ele continuasse. - Ela quer ficar contigo! - disse e eu olhei pra ela no mesmo instante ,lá embaixo,sentada no bar. Já tinha visto ela me observando hoje ,mas normal,as pessoas me olham mesmo, nunca se sabe ao certo se estão me olhando com raiva, interesse,ou medo. Porém o olhar dela em mim era o mais difícil de decifrar. E eu tenho que admitir que essa é nova para mim.

De imediato,dado ao que Felipe falou, enquanto eu olhava ela,me bateu um puta interesse,fiquei intrigado. Como assim essa mina quer ficar comigo? assim do nada?

As mina daqui ,pique piranha , as que não eram também, era normal render,algumas são Maria fuzil ,não pode ver bandido que já se molham toda. A patricinha da pista também era comum se abrirem pra mim,é padrão aqui no morro quando tu tem dinheiro, é respeitado. Mas ela? acredito sim que se eu quisesse essa mina ,eu ia conseguir,dado que não tenha nada nessa porra que se eu quiser eu não consiga. O que é meu é meu e o que não é ,mas se eu quiser, eu tomo!

Mas daí ela pedindo? nunca passaria pela minha cabeça que ela teria uma ousadia dessas,visto que ela parece tão ingênua, tão pura ,mas ao mesmo tempo tão... Audaciosa. E de repente agora, de tal maneira intrigante e, se pá, muito atraente também.

Quando ela olhou pra mim e desviou o olhar depressa,me entregou a visão de que ela estava nervosa. A curiosidade me tomou ,sem que eu pudesse controlar e me maquinou na cabeça a ideia de que eu pudesse fazer o que eu quisesse com ela. Ela era algo diferente do que todas que já passaram na minha mão,pelo menos em questão de aparência.

Vamos ver se ela é como parece ser,ou é só mais uma como as outras escondidas por trás de uma carinha de santa e sonsa.

Terror: tu leva ela? pra minha casa principal! - disse,agora bebendo um gole do meu whisky,com descaso na voz .

Felipe: dá não mano,tô amarradão na amiga dela,vou dar um rolê com ela - ele disse e eu sorri de canto, pensando que ele não perde tempo mesmo. É minha cria.

Terror: qual foi arrombado? tá apaixonadinho? - zuei com a cara dele.

Felipe: ainda não viado - disse rindo.

Terror: vou mandar um vapor levar ela - falei.

Felipe: pega a visão.- ele começou , como quem fosse falar algo sério agora - Ela é uma mina responsa se ligou? Não é como as piranha que nós é acostumado a passar o pau -disse.

Terror : e daí? o que eu tenho haver com isso? - perguntei fazendo pouco caso. Porque realmente eu não me importava.

Felipe: pega leve com a mina irmão - pediu. - E joga sério com a garota também,seja de verdade com ela - disse. E antes que eu pudesse responder,senti uma mão fina passar por trás do meu pescoço, descendo até meu peito, arranhando.

Taynara: você falou que a gente se tombaria aqui não foi?- perguntou,cochichando dentro do meu ouvido. Felipe agora já tinha metido o pé - Então,aqui estamos nós. Será que eu vou poder ter sua atenção agora? de preferência ,dentro de mim?- sussurrou a última parte com os lábios no meu ouvido.

Terror: talvez outro dia - a olhei de cara fechada - Hoje não é tua vez - disse e saí por trás do camarote,descendo uma escada que levava aos fundos, subi na minha moto e parti pra minha casa,deixando Taynara lá,no vácuo,odeio mina grudenta, que não sai do pé.

Entregue A Um Traficante Onde as histórias ganham vida. Descobre agora