É isso que você é

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Após 3 chutes, Rico derrubou a porta da entrada da sala de Bartolomeu, Rico mancava conforme entrava o cômodo, sua respiração deixava claro que ele estava furioso.

Ele estava mirando para todos os cantos, procurando o Bartolomeu, até que em alguns segundos o encontrou colocando alguns papéis em uma mala de couro preta.

Rico engatilhou o fuzil e Bartolomeu levantou a cabeça lentamente.

- Preparem meu avião, não vou demorar. - Ele começou, desligando um telefone em seguida. - Oh, senhor Rodriguez, há muito anseio com este encontro. - Bartolomeu disse, se levantando calmamente de sua cadeira e caminhando até sua adega, Rico nada disse a ele.

- Devo admitir, sua performance de atuação neste país me surpreendeu, a sua tentativa de me sufocar é simplesmente excelente, se tivesse funcionado. - Bartolomeu deu algumas pequenas risadas, pegando uma garrafa de whisky e despejando o líquido em um copo, novamente, Rico não respondeu nada a ele.

Bartolomeu se virou com dois copos de whisky e suspirou, caminhando tranquilamente até Rico.

Rico não estava gostando do que estava acontecendo, o que Bartolomeu pretendia fazer?

Bartolomeu parou na frente de Rico e estendeu o braço esquerdo com um dos copos em sua mão, oferecendo ao Rico.

- Abaixa a arma, vamos apenas conversar um pouco, não há necessidade de violência, pelo menos não violência física. - Bartolomeu começou, com um pequeno sorriso no rosto. - Vamos beber um pouco, liberei um pedaço da minha agenda a você. - Ele disse

Rico encarou o copo e depois encarou Bartolomeu com uma expressão de desconfiança, Bartolomeu percebeu.

- Francamente, Rico, acha mesmo que isso tá envenenado? Por que eu perderia meu tempo tentando envenenar alguém como você? Você... Digo, o senhor deve ter tecnologia de ponta para identificar se algo contém substâncias tóxicas ou não. - Bartolomeu fechou um pouco a cara.

Rico analisou o copo com a Lente de RA e realmente não tinha nada de veneno, apenas a bebida, Rico estendeu lentamente o braço até o copo e o agarrou, abaixando o fuzil.

- Bom garoto. - Bartolomeu caminhou lentamente até sua janela e começou a observar toda a destruição daquele conflito entre a Milícia e os rebeldes junto com civis.

- Bartolomeu, vamos direto ao ponto, já analisei essa sala, está sem armas, sozinho, sem comunicação, isolado, cercado, me diz, o que pretende fazer? - Rico disse, de forma desconfiada, colocando o copo em uma mesa.

Bartolomeu se virou e deu um gole na sua bebida.

- Estou aqui para te oferecer algo que nenhum oponente seu jamais lhe concedeu, ao invés de um confronto físico, que tal um confronto de ideias? - Bartolomeu indagou, se apoiando na mesa.

- Tipo... Um debate? - Rico indagou.

- Exatamente! -

Rico pensou muito em fuzilar logo de uma vez aquele ditador, mas estava interessado no que Bartolomeu tinha a lhe oferecer, então aceitou o debate.

- Bem, sobre o que quer debater? Sobre como enganou o povo? Sobre como você trucidou e matou milhares? - Rico indagou de forma cínica.

- Algo melhor que suas bravatas, vamos falar sobre você, senhor Rodriguez. - Bartolomeu de ênfase no "você".

- Pois bem, como você me convidou, eu escolho, primeiro vamos falar de você. - Rico respondeu, cortando um pouco da frase de Bartolomeu, que respondeu com um aceno e dando uma última golada no copo antes de colocá-lo na mesa.

Just Cause: O Diabo EscarlateWhere stories live. Discover now