Hospitalidade

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Minutos depois, no esconderijo.

Luísa havia entregado um pão com queijo para Rico e uma garrafa de água, os dois estavam indo para a sala de reuniões, ele devorava o pão enquanto caminhavam até a sala.

Em poucos instantes já haviam chegado, a sala não tinha uma porta, quando os dois entraram, Luísa sinalizou para que Rico fosse para perto da mesa que ficava no centro da sala, Santos e outros rebeldes estavam lá.

Rico foi andando, abrindo caminho entre os rebeldes e finalmente chegando próximo a mesa, uma mesa de madeira bem grande e iluminada por uma luz amarela de uma lâmpada que ficava no teto.

- E então, o que vocês estão falando?- Rico indagou colocando as mãos na mesa e encarando o Santos e os outros rebeldes, ele estava com uma cara séria.

- Estávamos discutindo sobre as constantes baixas que estamos tendo ultimamente e se é prudente confiar em você.- Um dos rebeldes que estava no lado esquerdo da mesa indagou.

- Vocês acham que vou trair vocês? Me digam: Por quê diabos eu iria sair de Solís, ir até o Equador num avião, atravessar a fronteira pelas árvores entre o Equador e a Nova Venezuela, quase me matar resgatando o Santos de uma emboscada só pra trair vocês?- Rico os questionou, fechando um pouco a cara.

- Não sabemos quem você é, pode ser um mercenário contratado pelo Diabo Escarlate.-

Rico começou a perder a paciência, as veias de seu pescoço estavam começando a ficar saltadas, ele respirou fundo.

- Escuta aqui, ao longo de mais de 30 anos eu fui o responsável pela morte de mais de 14 chefes de Estado autoritários, todos os políticos do mundo sabem quem eu sou, eles tem medo de mim, tem medo do que posso fazer com eles.

Estou pensando até mesmo em ir no Brasil dar um apavoro em uns certos juízes e em um gordo cachaceiro metido a besta e também se o presidente de lá começar a fazer merda, tenho muito espaço livre na minha agenda.

Não sei se sabem, mas me ter como um aliado é melhor do que me ter como um inimigo, eu tenho muitos contatos, eu tenho bons amigos, daqueles que sabem deixar as coisas mais interessantes.-

Os rebeldes começaram a olhar um para o outro e decidiram dar uma chance ao Rico, deixando Santos bem feliz.

- Pois bem, meu amigo, o que o senhor pode fazer para nos ajudar?- Santos indagou.

- Bom, tem várias coisas, como dicas de como melhorar os seus homens, dicas de ataque, infraestrutura, mantimentos e outros.- Rico se acalmava aos poucos. - Eu vou ficar observando e analisando vocês por uma semana, após isso, darei meu veredito, está bom para vocês?-

- Pra mim parece bom, e para vocês?- Santos perguntou para os rebeldes, quase que imediatamente eles concordaram.

- Tá certo então, mas quem é esse Diabo Escarlate?- Rico indagou.

- Oxe, é o Bartolomeu, chamamos ele assim porque ele quase sempre usa um terno militar branco com detalhes vermelhos, além do sangue que ele derramou por causa de mero capricho.- Um dos rebeldes disse.

- É, faz sentido.- Rico respondeu.

Os rebeldes e o Rico continuaram conversando por mais alguns minutos, até que liberaram os outros rebeldes e terminaram a reunião.

Rico estava cansado, Santos e Luísa perceberam isso e resolveram o levar até um quarto que tinha lá, ficava um pouco longe daquela sala.

Eles subiram algumas escadas e finalmente chegaram no quarto que Rico poderia descansar.

Eles abriram a porta do quarto e entraram, era até que bem escuro, Santos apertou um interruptor, ligando a luz.

Aquele quarto tinha uma cama, próximo a ela tinha uma escrivaninha, um armário e uma caixa.

Rico agradeceu e entrou no quarto, se sentando na cama, mas antes que Santos e sua irmã fossem embora, Rico resolveu fazer uma pergunta.

- Ei, pessoal, o que tem pra eu fazer quando eu ficar entediado? Tem um filminho ou algo assim? 

- Putz, vamos ficar devendo essa, não temos muitas formas de matar o tédio, mas temos alguns livros, serve?- Luísa indagou.

- Bom, é melhor do que nada, mostra aí, o que vocês tem?-

Luísa entrou no quarto e correu na direção da caixa, ela a pegou e levou até o Rico.

Ela puxou a tampa da caixa e começou mostrar os livros que tinham para o Rico.

- Bom, temos The Meg, do Steve Alten, God of War, do J. M. Barlog, Alien: Protocolo de Quarentena, do Antony Froehlich e...- Luísa foi interrompida por Rico.

- ANTONY FROEHLICH? DEUS QUE ME LIVRE! EU NÃO SUPORTO ESSE NERD DO DEMÔNIO! PUTA MERDA!- Ele exclamou.

- Quê isso?! Poxa, esse Alien: Protocolo de Quarentena foi bem bom!- Luísa disse, Santos estava quase rindo.

- DE FATO, ATÉ QUE FOI BOM, MAS UM LIVRO BOM ESCRITO POR ESSE AUTOR É IGUAL UMA NOTA DE 100 DÓLARES PRESA NUM MONTE DE MERDA, NÃO VALE A PENA METER A MÃO LÁ E TIRAR!- Rico puxou mais fôlego. - É incrível como o cara não consegue fazer uma cena de tensão, luta e etc. Ele não consegue nem fazer cenas de alívio cômico sem se passar, sem ser chato! Pelo amor de Deus!-

- Mas eu fiquei sabendo que ele estava escrevendo uma história sobre você.-

- Nem fudendo, se ele publicar essa merda, eu mato ele.-

Santos começou a rir e saiu do quarto.

Luísa colocou a caixa na cama do Rico e disse que ele poderia ler o que quiser, ela também estava quase rindo.

Rico deitou na cama e pegou um livro aleatório, um livro intitulado Tubarão, escrito por Peter Benchley, como não tinha nada a perder e resolveu ler aquele livro até dormir. 

Just Cause: O Diabo EscarlateWhere stories live. Discover now