Provocação

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Minutos depois...

Rico e Juan estavam cara a cara, ambos estavam naquela mesa circular, Rico havia tomado uma garrafa de whisky da adega daquela boate, Rico estava com um leve sorriso cínico.

Os capangas de Juan estavam cercando os dois, para garantir a segurança do chefe deles, mas Rico estava no controle.

Por garantia, Luísa estava gravando tudo que falavam, com a permissão de Rico.

- Ok, o que caralhos tu quer de mim?- Juan indagou, olhando seriamente para o Rico.

Rico demorou para responder, dando um gole naquele whisky, ele não bebeu muito, apenas demorou para dar o gole.

- Sua relação com o Bartolomeu me parece interessante.- Rico respondeu, limpando o canto de sua boca por onde escorria um pequena gota da bebida que estava bebendo.

- Sério? Tá me dizendo que o cara que tá dando uma surra nos tiras do Bartolomeu tá fazendo pergunta de jornalista?-

- Não respondeu a minha pergunta, não vou repetir pois sei que é bem inteligente e se lembra muito bem da simples pergunta que lhe fiz.-

- Panaca, tá bom! Eu só administro toda a maconha, cocaína e outras drogas que enviamos pro Bartolomeu.-

- Ele usa tudo isso de uma vez? Nossa, o cara é realmente um... um.- Rico tentava encontrar a palavra que estava na ponta de sua língua - Um guerreiro, um batalhador perdido nessa grande Babilônia.- Rico ironizou.

- Claro que não! Você é retardado?! A droga que enviamos pra ele, ele envia para os "Colarinho Laranja" e eles vendem!-

- "Colarinhos Laranja"? Quem são esses?- Rico ficou com uma ampla vontade de descobrir quem eram esses.

- Não foi isso que você me perguntou.-

- Lamento, foi um impulso.- Rico sabia que não poderia questionar certos assuntos em um lugar onde Juan julgava que estava no controle, Rico precisava esperar.

- Mas me responde outra coisa, não acha que tudo isso que você faz, todo este império que você construiu ao custo de muito sangue inocente está ajudando para esta turbulência que a Nova-Venezuela vive?-

- Escuta aqui! Não fale como um daqueles policiais de merda, você não um deles! Eu acho.- Juan começava a se irritar ainda mais - Mas não fui eu que construí tudo isso, o cargo de chefe dessa quebrada é passado por confiança, como o antigo chefe confiava em mim, ficou comigo a responsabilidade de cuidar disso tudo! E respondendo sua pergunta, se não fosse por mim, isso tudo, esse país estaria pior que um puteiro! Todo mundo estaria virado no capeta! Eu consegui que gangues e facções rivais trabalhassem juntas! Eu consigo mantê-los no controle distribuindo o dinheiro que cada um merece de acordo com seu trabalho! Se ainda acha que contribuo para o caos do país, por acaso se lembra do que aconteceu em 1992 nos Estados Unidos?!-

- Sim, lembro muito bem do que aconteceu, tinham me mandado "dar um jeito" em um tal de Big Smoke, mas parece que alguém já tinha feito meu trabalho.- Rico disse, mudando sua expressão de cinismo para seriedade.

- Então! Imagina se todas as gangues e facções desse país de merda estivessem um lutando contra a outra?! Todos, inclusive o Presidente deveria me agradecer!- Juan respondeu violentamente, esmurrando a mesa, derrubando um copo de vidro no chão, quebrando assim que atingiu o chão.

- Olha, acho que seria bem mais fácil se o Presidente utilizasse a polícia e o exército para conter esses tranqueiras vagabundos, você não ajuda em nada, você existir ou não, não faz a mínima diferença, isso aqui é só uma bomba relógio que uma hora vai explodir.- Rico respondeu, com um médio sorriso cínico.

Just Cause: O Diabo EscarlateWhere stories live. Discover now