|Capítulo 51|

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Rustan Abromowitz

17 de julho de 1945

A busca contínuo pelo irmão de Leah deu frutos e eu fui levado a um vilarejo próximo de onde seu esquadrão foi visto e descansou durante a noite. Desde o dia em que descobri seu último paradeiro, eu não consegui ir até esse vilarejo, Oberkrämer, por desconfiar em haviam soldados infiltrados de olho em mim novamente. Eu precisei recuar meus planos para averiguar essa informação — e minhas suspeitas se confirmaram, porque dias depois chegou uma carta do Coronel Pyotr para mim que alguns boatos a meu respeito circulavam o quartel.

Ele me disse para tomar cuidado e era isso o que eu estava fazendo após retornar do encontro com Leah em seu aniversário. Não ando fora da linha até ter certeza de que conseguirei sair de novo sem ninguém questionar meus passos. Pyotr também me relatou que minha cabeça está em jogo, o comissário político está mexendo em alguns pauzinhos, a fim de conseguir enviar minha companhia para a guerra e certificar que eu não retorne mais para enfrenta-lo.

Eu sentia que o fim de tudo aquilo estava próximo e preciso tomar cuidado para não errar, senão poderá ser talvez demais para arrumar esse meu erro. Sendo assim, após uma patrulha de rotina, eu fui informado que foram vistos alguns homens sem reconhecimento no norte, com isso eu e meu pelotão seguimos esse rumo, atrás desses sujeitos.

Quem havia dado essa informação era um dos subalternos do Coronel, uma forma de me ajudar sem levantar muitas suspeitas. Agradeço em silêncio pelo favor que ele dispunha a mim e ordeno a todos me seguirem.

Não demorou muito para chegarmos até o local, uma vez que a trilha até lá com os jeeps estavam bem livres, indicando que trabalhadores que precisavam se locomover e irem para outras vilas de carroça passaram por ali, limpando o caminho. Na pouca mata que restou da preservação, ultrapassamos a mãe natureza e chegamos no local aonde eu poderia encontrar Klaus sem que ninguém suspeite. Ordeno a todos, quando nos reunimos mais uma vez, a fim de eu liderar o grupo:

- Procurem por movimentos suspeitos, olhem nas casas abandonadas, celeiros, lojas, tudo. Mas se haver morador nos móveis, não os machuque, vocês me entenderam, soldados? - enfatizo a minha fala olhando vigorosamente a cada um, para que eles compreendam que havia por trás uma promessa, que eu os puniria se soubesse que feriram algum inocente. Apesar de serem alemães, não estávamos mais em guerra nas regiões berlinenses, com isso, a paz poderia ser alcançada ali.

- Sim, capitão! - em uníssono eles me respondem, era estranho não ter quem me enfrentava ou revirava os olhos. Certamente cortar o mal pela raiz, aquela semente podre de Vlad e seus capangas foi a melhor coisa que eu fiz para unir melhor os meus camaradas. Mas eu também sentia um ar de desprezo de alguns que eu sabia que eram simpatizantes deles, não chegaram ao mesmo nível de crueldade, porém, não via-se em seus rostos contentamento com as minhas palavras de paz.

 Busco por Alexander no meio da multidão e o chamo para mais perto, eu precisaria da ajuda dele. Meu objetivo era bater de porta em porta até encontrar alguém que se lembra dele, mas como isso iria demorar horas - talvez dias - dependendo de minha vontade, eu iria repartir a foto ao meio e ver se consigo dividir o tempo em duas vezes. Espero somente que Leah não se incomode com o meu ato.

- Acho melhor o senhor não fazer isso - meu amigo me diz quando eu estava prestes a cortar a foto.

- Se eu não o fizer, demorará demais e só teremos essa chance de vasculhar por aqui os passos de Klaus - retruco, bufando por saber que ele estava certo, mas eu não tinha um plano melhor.

Amor a Toda ProvaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant