|Capítulo 38|

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Leah Pfeifer

- Rustan - eu não encontro a minha voz, com isso, ela sai em um sussurro surpreso pelo o que ele havia acabado de fazer comigo em público. Era para eu corar ou reclamar do que fez, contudo, eu não estava preocupada com os olhares sobre nós, os comentários grosseiros. Não. Naquele instante, eu só enxergava Rustan e a infinitas possibilidades de trilharmos juntos. Eu desço a minha mão par ao seu peito, separando um pouco o nosso contato para respirar, porque aquele homem roubou todo o meu fôlego com o beijo apaixonante minutos atrás.

Não precisávamos de palavras para conversar, pois tudo o que eu desejava ouvir estava estampado em seu olhar, refletindo diretamente o que continha em seu coração a mim. Ali, eu enxergava quem era Rustan e amava aquela visão.

- Sim, Leah, querida? - ele me desperta de meus pensamentos paradisíacos e eu pisco, olhando-o e tentando relembrar o que eu queria dizê-lo, mas não recordava e talvez nem fosse o momento para fazê-lo.

- O senhor me faz perder as palavras... Como isso é possível? - eu digo olhando para dentro de seus olhos e me perco ainda mais, admirando a sua beleza. Ele parecia fazer o mesmo comigo, pois suas pupilas dilatavam enquanto ele me olhava com admiração. Eu engulo em seco e pergunto: - No que o senhor pensa? Poderia compartilhar comigo?

Ele passa a mão gentilmente pela minha face, me acariciando tão íntimo e em nosso segredo, que eu não consigo me conter e me aconchego em seus toques, desejando aprofundar tudo aquilo. Pisco lentamente e o olho recuperar brevemente o fôlego perdido, seu peito descer devagar e me dizem tudo o que eu buscava no seu olhar.

- A senhorita é tão linda, meu pai e irmãos encrenqueiros amariam te conhecer - a mão dele permanece sobre a minha face, esquentando o meu rosto, que já queimava pela vergonha acentuada em mim.

- E a sua mãe? - questiono pela falta de menção dela em seu comentário, mas pela tristeza que surgiu rapidamente em sua face, eu sinto que fiz a pergunta certa na hora errada, eu não deveria ter mencionado aquilo em tal hora! - Rustan, me perdoe, eu... - começo a dizer bruscamente, querendo recuperar o clima perdido, mas ele não parecia totalmente preocupado com sua mágoa em seu peito, somente ergue a mão em minha direção, como se pedisse para eu parar de falar para me esclarecer as coisas. E é o que eu faço.

- Eu não conheci a minha mãe, poucos meses depois de eu nascer, ela faleceu... Fui criado pelo meu pai e cercado de irmãos e uma irmã. Eles preencheram a falta dela, mas certamente que nada substitui uma mãe. Infelizmente eu não sei o que é ter essa figura materna, porém, o que eu experimentei com a minha família, parentes, foram as melhoras experiências de minha vida. Nunca trocaria elas.

Foi a minha vez de dedilhar os meus dedos sobre a face dele, contornando todos os seus traços da sua bochecha um pouco rígida pela tensão de seu maxilar ao contar de sua infância, mas nada que não se acalmaria com um pouco de leveza. Rustan retira a minha mão de sua bochecha e a puxa para os seus lábios, em um beijo suave e terno, na qual provoca arrepios em minha pele e disparadas de meu coração. Sem perceber, lá estava um dos meus sorrisos tímido que ele amava muito receber.

- Eu sinto muito, Rustan, deve ter sido difícil em certos momentos, que seria a responsabilidade de sua mãe o aconselhar, mas não tê-la por perto... - tento me imaginar sem a minha mãe, contudo, eu não consigo, pois ela estava em tudo e em todas as áreas de minha vida. No entanto, hoje não estava eu sem ela presente?

- Sim, porém, nem tanto... Como eu lhe disse, como eu não cresci com a presença dela, eu não sei qual é a sensação de tê-la. Eu penso e fantasio momentos, mas... Nada que será algum dia tangível e penetrará em minha alma com a sua realização - Rustan passa a sua mão pelos meus cabelos perto da orelha, segurando o meu rosto com segundas intenções, porém, as ações não chegam ao coração e ele não o faz. Sentia da parte dele uma vontade de me puxar para um abraço de conforto, todavia, como eu mesma havia dito: tinha muitos olhos atentos nos observando naquele instante. - Mas está tudo bem, Leah, eu já superei isso...

Amor a Toda ProvaTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon