A.K.A Whisky Is The Name

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-Se com "dar seu jeito" você quer dizer roubar...

-Meu Deus, Dinah. Que porra é essa? -Eu me refiro aos vários hematomas espalhados por seu corpo.

-Não é nada. -Ela diz

-Quem fez isso com você? A louca da sua mãe voltou?

-Fique calma.

-É por isso que tem câmera de vigilância e uma porta de cofre bancário na sua entrada?

-E janelas blindadas. Eu fiz um reforço.

-Isso é uma fortaleza. Do que você tem tanto medo?

-Não de muita coisa, exceto palhaços.  -Ela diz, entrando na sala onde era meu antigo quarto.

-Transformou meu quarto numa academia?

-Precisava de um lugar pra treinar.

-Se treinar é apanhar até ficar roxa. -Eu falo. De repente, Dinah me imobiliza e me joga no chão. Ela foi tão rápida que sequer previ seu movimento. Por mais que ela fosse maior que eu, ela nunca foi a mais forte.

-Ninguém me toca a não ser que eu queira. Eu deixei que você desse as caras por mim por tempo demais. Quando você foi embora...

-Se tornou uma ninja?

-Krav Magá. Mais brutal. -Ela diz.

-Está me assustando.  -Eu falo, ela ri e me estende a mão.

-Vem, vou fazer sanduíches.

Depois de almoçar com Dinah, vou pra casa tentar algum contato com alguém que possa me fornecer o que preciso, mas é em vão. Acabo por adormecer sem ao menos perceber, sendo acordada no dia seguinte por um telefonema de Dinah.

-Dinah?

-A entrevista está agendada para amanhã. Quer estar aqui?

-Achou um perito em lavagem cerebral?

-Melhor. E devo admitir, Lauren é uma força da natureza, foi ela quem fez acontecer.

-Lauren Jauregui?

-Vamos fazer uma entrevista remota com Agatha da prisão.

-Nem fodendo.

-Você quem me pediu pra defender ela.

-Sim! E não arrastar ela a público com as entranhas pra fora.

-Hey! Eu tô do lado de vocês. Vou pegar leve.

-Dinah, ele estará ouvindo. Ele não perderia isso.

-Não mesmo.

-Ele está ouvindo, pensando em mim.

-Ele já está pensando em você de qualquer forma. Agatha é inocente e eu quero ajudá-la.... Mila? Tá aí? -Dinah diz depois que fico alguns minutos em silêncio.

-Te ligo depois. -Desligo o telefonema.

Vou até o apartamento de Lauren, depois de ir a sua empresa e ver que a mesma não estava lá. Ela me deixa subir e me atende na porta.

-Não esperava te ver aqui. -Lauren diz, me deixando entrar.

-Desculpe ter ido embora correndo naquela noite.

-Tudo bem. O assunto "Ex" já não é agradável, "Ex morta" então... -Lauren diz, fico em silêncio por um tempo. Me pergunto se ela já sabe quem causou a morte de sua ex.

-Conhece algum traficante? -Pergunto. Lauren que estava servindo dois copos de bebida, agora para pra me olhar.

-Drogas nunca me interessaram.

How To Be a Shitty Superhero in NYC (Camren)Where stories live. Discover now