Capítulo 25: Apenas um pesadelo?

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A visão de Chuan Bei estava nublada, clareando aos poucos. Ele reconhecia aquele lugar, estava em Qiefeng, especificamente no lar da família Luo, mas estava tão silencioso até olhar para trás e ser atacado.

- Você nunca mais vai se rebelar contra mim! - falou Luo Yan segundos antes erguer seu leque com um corte contra o ombro de Chuan Bei, rasgando a roupa e causando um corte superficial sobre a pele, isso seguido de uma mordida contra o ombro nu.

Não era uma mordida qualquer, era a marca de um ômega, a mais poderosa e mais egoísta pois o ômega monopolizava o alfa para si, ele reagiria apenas aos seus feromônios. A marca só perderia o efeito com a morte de um dos dois.

Chuan Bei acordou de repente e se sentou na cama com a mão sobre o ombro que foi uma vez marcado, estava suando frio, ofegante. As mãos tremiam de raiva e medo sem conseguir controlá-las, mas foi se tranquilizando quando percebeu que estava em sua casa na loja de fragrâncias.

Em seguida entraram de repente em seu quarto Rong Zhu acompanhado de Po Bing, eles haviam despertado após o grito involuntário que Chuan Bei deixou escapar pouco antes de acordar.

- Chuan Bei. - falou Rong Zhu enquanto os dois se aproximavam.

Ainda que curioso, Po Bing não atrapalhou, afinal percebia que Rong Zhu estava muito tranquilo e aparentemente familiarizado.

Po Bing não estava errado e Rong Zhu completou após perceber a mão que Chuan Bei descansava sobre o ombro.

- Teve aquele pesadelo de novo?

Chuan Bei assentiu e falou sobre seu desejo, ainda que visse Po Bing ali.

- Eu preciso ir pra Qiefeng para provar minha inocência.

- Você não tem autorização para sair de casa, Chuan Honghua. - contestou Po Bing antes que Rong Zhu pudesse abrir a boca.

- Também você... não devia ir pra lá, você sabe disso. - reforçou Rong Zhu.

- Prefere que eu morra algumas vezes? Quem sabe na próxima vida? Eu vou vocês querendo ou não. - falando com raiva e desespero, Chuan Bei apertou o ombro.

Aparentemente, para Po Bing, Chuan Bei tinha diferenças com o império e esse seria o motivo pelo qual ele não deveria ir para lá, mas o segundo tópico lhe deixava totalmente perdido.

Algumas vezes?

Po Bing não sabia o quanto Chuan Bei estava sofrendo, mas o rosto lamentável dele apertou seu coração.

- Você não deve ir.

Chuan Bei estava longe de ser convencido do contrário, chegou ao seu limite de covardia e queria enfrentar seu fardo.

Todos voltaram aos seus quartos, ainda era cedo, mas Chuan Bei ficou acordado andando de um lado para o outro no quarto. Ainda que estivesse decidido, passar por cima da autoridade de sua irmã mais velha era difícil, ele pensava que no final se ele conseguisse provar o que ocorreu ela iria lhe perdoar.

Antes que o brilho dourado pintasse os céus, Chuan Bei se arrumou e saiu às escondidas. Seu meio de transporte era o próprio Fushu que além das habilidades evolutivas ainda podia se expandir o suficiente para Chuan Bei apoiar os pés e viajar pelas nuvens.

Atento a qualquer movimento, Po Bing não deixou que Chuan Bei escapasse de suas vistas e ao mesmo tempo não teve coragem de impedir ao vê-lo tão infeliz. Montando em seu cavalo, Po Bing seguiu Chuan Bei pela terra tentando se manter o mais discreto possível. O caminho tomado pelo seu alvo era vantajoso para Po Bing, haviam estradas ocultas pelas árvores e estruturas rochosas que dificultavam a visão tanto de cima quanto embaixo, mas como Chuan Bei andava por aí de olhos fechados, Po Bing estava menos preocupado em ser descoberto.

Os Proprietários do Luar: A Lótus EfêmeraWhere stories live. Discover now