Algo Melhor do Quê a Cidade

61 7 0
                                    

O tempo parecia não passar, eu já tô ficando irritada com esse negócio dele aparecer de vez e nunca aqui. Ele disse que iria aparecer aqui hoje, e nada é nada.

Que merda!

Decidi ir dormir, não sou nenhuma puta pra ficar esperando macho chegar na casa. Eu só tô tentando fazer nossa convivência ser melhor, mas parece que ele não concorda com isso.

Mesmo com impaciência e um pouco de raiva, eu consegui dormir. Acordei mais cedo do quê o normal, ainda me sentindo chateada, a primeira coisa que veio na minha cabeça foi um bolo que ganhei ontem.

Fiz tudo que eu sempre faço assim que acordo, tomomei café e fiquei na sala esperando Riley aparecer. Não demorou muito para isso acontecer.

Aí, já tá me dando nos nervos!- Ela se joga no outro sofá com força- A gente faz as mesmas coisas todos os dias, isso é chato, será que não podemos ir um pouco na cidade?!

Te acalma Riley, tem coisas que eu não sei responder- Neguei de olhos fechados, hoje eu estava com paciência para os surtos dela.

É por isso que você está tão pálida, até os vidros aqui são fumê, a gente nem tem varanda nos nossos quartos para ao menos tomar um sol- Se levantou novamente, eu estava prestes a vê-la explodir- Iremos ficar com anemia sem vitamina C.

Tudo tem seu tempo, eu precisei conquistar a confiança dele para poder sair no jardim também- Assenti com a cabeça com um sorriso- Se ele vier hoje, talvez deixe-nos sair um pouco.

Grandes merdas, um jardim sem flores, sem cor, sem vida!- Empurrou alguns utensílios de vidro que haviam em uma mesa pequena os fazendo quebrar no chão- Você não gosta de flores, eu amo, eu preciso ver algo além de preto, branco, e verde escuro!

Você quer tomar sol ou morar dentro de um arco-íris?- A olhei com dúvida e deboche- Senta aí e te aquieta, não me faça perder a paciência com você novamente.

Eu quero sair...!- Choramingou se jogando no sofá novamente.

Espera o Sr. Baumann chegar pra decidir isso, tenha paciência- Revirei os olhos sorrindo.

E quando ele vai chegar?- Se inclinou para frente e tampou o rosto com as mãos.

Quem vai chegar?- O Baumann pergunta atrás de nós.

O senhor!- Riley levantou animada- Bom dia Sr. Baumann.

Bom dia senhorita Riley, o que você quer?- Perguntou calmo.

Eu quero sair, tomar um banho de sol, ir na rua- Riley respondeu de uma maneira infantil tentando o convencer- Eu preciso sair, se não eu vou ficar louca aqui dentro- Sorriu forçadamente para ele.

Tá bom, eu deixo- Me virei para trás e o encarei surpresa, mas não obtive resposta do seu olhar.

Ah, finalmente!- Riley deu um pulinho animado- Finalmente a gente vai poder sair.

A Rebecca não vai- Ele se negou a me olhar para dizer isso- Você só pode sair com algum empregado.

E por que a Rebecca não pode ir?- Insistiu.

Por que não, se querer sair, vai sair sem ela- Respondeu frio novamente e Riley me olhou.

O que você tá esperando Riley?- Dei um sorriso de motivação como se não me importar-se- Vai logo, chama uma serviçal e vai.

Ela me olhou com dúvida, mas depois decidiu ir. Riley nunca foi de ficar parada em um canto só, quando ela não tinha idade para sair ainda, pulava o muro do orfanato.

E eu sempre ficava para trás, a careta não gostava de desobedecer regras. Mas pelo menos, naquela época só iria dar em um puxão de orelhas, hoje pode me levar a morte.

CONCUBINAKde žijí příběhy. Začni objevovat