Reecontro Inesperado

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Três dias depois...

Andava de um lado para o outro na biblioteca, não encontrava nada de interessante, não conseguia ler, nem nada, parecia que os livros haviam perdido o sentido.

Ou talvez, tudo que eu estivesse sentindo, fosse uma pura aflição por não ter o visto ainda. Ele não vem aqui a mais de quatro dias, a última pessoa que vi foi Mozar e esse bando de empregados.

Não vejo motivos para ter tantos, aqui nem tem criança para bagunçar tudo em questão de segundos.

A minha vida ultimamente é só ficar aqui dentro, mas já estava ficando com dor de cabeça. Tudo que eu só ouvia era a voz da minha própria consciência quando eu lia.

Parece até que abrir essa biblioteca me deixou ainda mais impaciente, sem ninguém pra conversar, tô com medo de ficar com ansiedade e ser entregue a depressão.

Folgava mais a gravata borboleta da minha camisa, mas a minha vontade era de tirar essa saia, tirar toda essa roupa. Estava ficando estérica, das grandes janelas daquela sala, não dava para ver nada da cidade.

Apenas um grande relógio que atravessa a altura das árvores, deduzi que poderia ser o relógio de alguma igreja. Aliás, elas que tem esse estereótipo de ter uma grande torre com relógio.

A campainha tocou, sai da biblioteca com pressa para saber quem era. Pedia aos deuses que fosse o Sr. Baumann, mas não era ele. Era alguém irritante, porém, que era melhor que ele.

Riley!- Gritei de emoção assim que a vi parada na porta- Riley- Desci as escadas correndo sem medo de tropeçar ou algo do tipo.

_a abracei com força sentindo ela me devolver na mesma intensidade.

Como...como você chegou aqui!?- Segurei seu rosto com força a olhando- Na verdade, isso não importa, o que importa é que você está aqui!

Eu também estava morrendo de saudades!- Ela me apertou com ainda mais força- Não tinha ninguém para eu implicar ou defender lá, você acredita que me mandaram para um convento em Jackson?!

Eu não duvido de nada vindo daquelas diretoras- Me separei um pouco dela- Mas você tá bem, não é?

Eu tô melhor agora, tenha certeza- Apertamos nossas mãos.

Seja bem-vinda senhorita Riley- Uma empregada falou atrás de nós- Queira me acompanhar para mostrar seus aposentos.

Peraê, você sabia que ela vinha e não me disse nada?- Perguntei brava.

Ordens do Sr. Baumann, era para ser uma surpresa, e assim foi- Respondeu- Vamos?

Quem é o Sr. Baumann?- Disse com curiosidade, como sempre.

Depois falamos sobre isso, tempo, é o que a gente mais tem aqui- Soltei sua mão a deixando ir.

Fiquei esperando em seu quarto ela terminar de tomar banho, o quarto dela era ao lado do meu, e como já havia imaginado, era a mesma vista, as mesmas árvores do esconderijo da casa.

Todas essas roupas aqui são minhas?!- Perguntou incrédula.

Sim- Respondi me sentando na ponta da poltrona.

Mas... tem uma porta aqui que não abre, por que?- Botou a cabeça para o lado de fora do closet.

Não sei, também tem uma no meu quarto que não abre- Sorri a vendo sumir pelo closet novamente.

_passou-se mais alguns minutos para que ela saísse arrumada de lá.

Sim, mas agora me conta- Foi até a penteadeira pegar uma escova- Quem é o Sr. Baumann?

CONCUBINAWhere stories live. Discover now