20 - Saída noturna p/1

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"Aquela sensação era tão gostosa e viciante, que eu nunca mais queria que acabasse"
                                                 Mary-D13
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   Estava no meu quarto após o jantar quando decidi sair. Eu até iria descer pelas escadas, mas meu primo imbecil estava com aquela loirinha sem graça lá em baixo.

Kaya: -Au, Droga! -reclamei ao arranhar meu braço naqueles malditos galhos de carmélia.

  Eu não sei bem onde quero chegar, mas saí em busca de diversão e acho que só tem duas coisas que poderiam me dar o que preciso; festas, drogas ou vítimas. O que eu achar primeiro irei usa-lá.

  Finalmente consegui sair do condomínio e passar em frente a floresta, eu passo aqui basicamente todos os dias, mas nunca mais tinha olhado para o interior dela e sentido saudade de alguma forma, meu bunker, a mansão, os creepys, jason, Slen... "Não! Absolutamente não Kaya! Ele é um filho da puta! Literalmente, pare com esses pensamentos agora!" Gritava inconformada com a minha própria mente.

  No caminho um carro passou por mim bem devagar e um homem me olhou com interesse do interior do mesmo. Vi uma oportunidade e sorri, e acredite ou não, isso foi o suficiente para o besta parar.

???: -Quer uma carona senhorita? - disse e eu me senti enjoada interiormente.
Kaya: -Ah! Eu nem sei para onde quero ir! -respondi em tom divertido e ele sorriu.
???: -Entra no carro e aí você decide. -fácil, muito fácil.

   Dei a volta ao carro e me sentei no banco passageiro. Ele me olhou de cima a baixo e sorriu brincalhão, o que foi estranho, sem malícia? Não, claro que tinha um pouco, mas não era algo claramente explícito.

???: -Então, eu sou o Mark e você, como se chama? -perguntou ainda no mesmo tom dirigindo para o centro.
Kaya: -Me chamo Kaya, para onde está indo? -rebati curiosa.
Mark: -Tem uma festa acontecendo na casa de um amigo, e ele me convidou, eu sei que vou ficar deslocado, mas estou indo. -respondeu sorrindo.
Kaya: -Hum, entendi.
Mark: -Quer ir comigo? Acho que você não tem nenhuma programação não é? -olhou para mim em seguida sorrindo da mesma forma divertida o tempo todo.
Kaya: -Pode ser, eu realmente não tenho planos. -sorri ao dizer e ele de volta.

  Fomos o caminho conversando sobre coisas aleatórias, tipo em uma conversa inicial com alguém mesmo, de certa forma eu não queria mata-lo mais, na verdade desejei que houvesse mais humanos como este. Ele era divertido, legal, gentil e nada invasivo. Chegamos em uma típica casa americana, branca e com muretas de carmélia, como da minha própria casa. Havia jovens por toda parte, mas eles não pareciam ter a minha idade, presumi que fossem universitários. E quando vi garotas usando roupas combinando com nome e símbolo de uma fraternidade daqui, tive a certeza.

???: -Ao Mark! Você veio mesmo?! -fomos recebidos por esse sujeito que vestia apenas uma samba-canção e um robe, ambos na cor azul marinho.
Mark: -É! Tem que ter um responsável pra falar com a polícia quando ela chegar, e pelo som alto, não vai demorar muito Tyler. -realmente, estava alto pra caramba!
Tyler: -Tá senhor, entra e se divirta enquanto pode então. -Disse revirando os olhos e liberando espaço para entrarmos.
Tyler: -E como se chama? -me perguntou ao fechar a porta.
Kaya: -Kaya, prazer.
Tyler: -Igualmente, Tyler. -disse também de uma forma mais cavalheiro, mas eu reconheço um canalha só pelo olhar.

   Entramos e fomos para a cozinha, peguei uma bebida e Mark também, e enquanto bebia, eu pensava... "porque eu sempre me envolvo em cada lugar"

  A cada hora aumentava um nível considerável de pessoas naquela casa.
Eram universitários e adolescentes do ensino médio para todo lado, apesar de que eu não conhecia ninguém naquele lugar, eu vi uma oportunidade ali, podia fazer o que quisesse, ninguém me conhece mesmo.

  Mark era meio chato em alguns aspectos, bebia muito pouco e não fumava maconha. Pegamos nossas bebidas e fomos para a área da piscina, sentamos em uma espreguiçadeira e começamos a falar sobre o cotidiano.

[...]Mark: -...e eu amo química, acho que nasci pra isso, e o que eu quero viver... Mais e você? Quais seus sonhos? -interrogou me dando um leve susto por estar distraída.
Kaya: -Na verdade eu enviei dissertações para várias faculdades e nem se quer sei o que quero ainda... Eu acho que preciso me resolver logo, porque em duas semanas começam a enviar respostas. -inspirei por fim.

  Mark me olhou como se me analisasse em busca de algo, de respostas para seus enigmas.
Mark: -Precisa fazer algo que goste, que seja sua paixão. Porque dessa maneira você nunca vai se arrepender e se perguntar "e se eu tivesse feito aquela outra?". E comece a visitar as faculdades, pra saber onde se encaixa. -droga, eu nem quero me formar, pensei.
Kaya: -Bom, acho que tenho mesmo que fazer isto, e também buscar mais cerveja, você quer? -perguntei.
Mark: -Não! não! estou dirigindo. -respondeu divertido.

   Entrei na cozinha e tinha gente se pegando até em cima da mesa, fala sério. Eu achei que os universitários eram mais insanos e que eu veria alguém transando no meio da casa ou sei lá. Abrindo a geladeira vi uma garota no canto da cozinha bebendo com todo cuidado uma cerveja, presumi que ela com certeza estava bebendo ou vindo a uma festa pela primeira vez, e que era do ensino médio.

Kaya: -E aí, quer mais uma? -puxei assunto sem pretensão.
???: -Ah, não, eu só... Estou terminando essa aqui. -disse e eu não dei muita bola e sorri. Mais foi como se eu já a conhecesse de algum lugar...

  Voltei junto Mark e não é que as coisas eram insanas? No caminho dei de frente com um casal transando em um canto escuro, estavam todos muito loucos pra perceber isso. Conversamos quando vi alguém se aproximar:

???: -Ei Kaya? Precisamos conversar.
Kaya: -E como sabe meu nome?
???: -Haha, eu sei muita coisa sobre você.  -essa frase de alguma forma me deu um arrepio...

Notas da autora:
Hey, curtem e comentem seus trevas, amo vocês.

Slenderman e a aprendizOnde as histórias ganham vida. Descobre agora