14 -Vamos acampar?

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"Eu queria muito mais que uma notícia de despedida"
                                              Mary-D13
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  O almoço estava servido, na mesa além dos olhares curiosos de minha família, havia um prático e delicioso banquete, estava sem fome, porém ao ver que havia cordeiro assado, me dispôs a prova-lo de imediato, me servi brevemente de um pedaço da carne e um pouco de suco. O silêncio na mesa por todos me incomodavam, cheguei calada e me mantive assim, não queria falar sobre qualquer coisa ou qualquer um.

Ouvi minha tia limpar a garganta antes de falar algo:
Tia Dyana: -Como foi a escola hoje queridos? -disse para quebrar o gelo.
Mike: -Teve uma briga na saída da escola hoje por causa do Cris. -tinha que ser amigo de Mike.
Tia Dyana: -É mesmo? E oque o filho da Gammy fez? -perguntou curiosa.
Mike: -Parece que pegou a amiga da ex-namorada ou coisa do tipo, só ouvi os gritos das duas. Não quis me intrometer, não sou do tipo fofoqueiro.
Kaya: -Imagina se fosse. -disse alto demais.
Mike: -Por que está incomodada, você é quem viu tudo de longe né? -provocou.
Kaya: -É que não tinha como sair se não fosse pela saída né? Ou queria esperasse o tio Ross na rua? -completei me irritando.
Tio Ross: -Já chega, chega desse assunto. -silenciou a cozinha, dei de ombros ao ver a olhada mortal que Mike me deu.

  Avisei brevemente meus tios que iria acampar antes de sair da sala de jantar e ir ao meu quarto.

  Me deitei na cama por uma meia-hora e cochilei nesse período, logo faltava apenas uma hora para o horário marcado com Trhenderman e eu não tinha nem sequer arrumado minha mochila. Me apressei a colocar quaisquer roupas na mochila, peguei meus itens de "sobrevivência" na selva, arrumei tudo, pôs uma calça preta justa, coturno e uma regata preta, amarrei meu cabelo em um rabo e desci.

Mike: -Pronta pra guerra? -di novo me provocando. Apenas revirei os olhos mais ele prosseguiu;
Mike: -Afinal, para onde vai? E com quem vai?
Kaya: -Olha, eu até poderia dizer que não é da sua conta, mas você já deve saber disso. -respondi com um sorriso forçado.
Mike: -Está insuportável ultimamente. -protestou amargurado.
Kaya: -O mais incrível disso tudo é que você não precisa me suportar, então não me enche! -encerrei batendo a porta da sala.

13:55AM

  Ouvi um som de carro á minha esquerda e pôde ver Trhenderman através do parabrisa em um carro bonito e preto, parecido com uma caminhonete, meio jeep não sei ao certo.

  Entrei e me sentei jogando a mochila no banco traseiro, Trhenderman me olhou atento como se fosse perguntar algo, mas logo se voltou para o volante e concentrou-se em apenas dirigir, estava tudo muito silencioso quando lancei uma pergunta pra quebrar o gelo:
Kaya: -que carro é esse? -perguntei olhando para o painel.
Trhenderman: -Não sei na verdade, só peguei na garagem do Slenderman. -confessou sorrindo.
Kaya: -Quando ele notar sua arte, você vai apanhar na bunda. -provoquei o olhando maliciosa.
Trhenderman: -É você quem gosta de apanhar na bunda aqui. -respondeu sorrindo, mas senti sua malícia.

  Por fim outro silêncio constrangedor, parecia a primeira vez que viajamos juntos, mas só de lembrar o quanto ele era irritante me fez revirar os olhos.

[...] O resto da viagem foi calma e silenciosa. As vezes sentia Trhenderman me olhar cauteloso e eu fazia o mesmo quando tinha oportunidade.

  Finalmente chegamos em uma área para campistas e que tinha um trilha para quem gostava de caminhar ou correr.
Trhenderman: -Bom, agora vem a parte trabalhosa. -comentou saindo do carro e se dirigindo para o porta-malas. O vi tirar uma mochila enorme de lá, e duas caixas térmicas.

[...]Trhenderman: -Eu sabia que era você quem tinha matado aquela mexicana! -confessou ao me ouvir contar toda a história.
Kaya: -Sim, precisava me purificar, digamos assim. -disse enfiando uma ponta da barraca no chão.
Trhenderman: -Bela maneira.
Kaya: -Está me julgando? -perguntei desconfiada.
Trhenderman: -Não, nem posso né. -Disse terminando de armar a barraca por fim. Entramos e colocamos nossas coisas, logo Trhend saiu e ouvi uns barulhos de pedra. Saí para fora alguns minutos depois e o vi montar uma espécie de fogueira ou algo assim, logo colocou uma grelha em cima e tive a certeza que iria sair algo bom daquilo. Trhenderman pegou uma das caixas e tirou carne, pão de alho e batatas, o vi temperar as carnes  e reservar.

Kaya: -Teremos uma bela refeição hoje chef? -perguntei simpática.
Trhenderman: -Com toda certeza! -respondeu tirando uma cerveja da outra caixa e me entregou. Ótimo! Quero ficar bêbada hoje.

  Ao anoitecer Trhenderman acendeu a fogueira ou seja o que era aquilo. Colocou as carnes, os pães e as batatas. Vi também que pegou uma panela e fazia um tipo de molho branco, mas temperado com algumas especiarias diferentes para o habitual.

[...]Comemos e depois começamos a encher a cara e jogar conversa fora, alterados demais para termos uma ideia boa, tivemos uma ruim mesmo.
Kaya: -O que acha de irmos caçar? -propôs.
Trhenderman: -Caçar? Humanos? -perguntou sorrindo.
Kaya: -Pode ser, seríamos os assassinos da próxima vítima do serial killer da cruz invertida! -comentei empolgada e ele concordou com um sorriso. Não sei porque nos permitimos não usar poderes para controlar o álcool, porque essa ideia parecia insana na hora, mas vai lá saber as consequências, mas quer saber? Dane-se...

Notas da autora:
Mais um capítulo para vocês! Urruuuuuuuul, estou voltando...

Slenderman e a aprendizOnde as histórias ganham vida. Descobre agora