Akin riu, balançando a cabeça. Ele ainda não acreditava no que estava ouvindo.

- Eu já disse, não me envolvo nos assuntos dos outros reinos.

- Vamos Liz, acho que estamos falando com o homem errado. – Krystal ficou de pé e tocou no ombro da irmã.

- Já que vai ser assim, espero que você não fique decepcionado demais quando descobrir que o mapa da princesa é falso. – Liz se levantou também, lançando um sorriso irônico a ele.

- O mapa da princesa é falso? – Akin perguntou, visivelmente exaltado.

- Isso não deve ser do seu interesse. – Krystal abanou a mão no ar, debochada – Você acabou de dizer que não se envolve com assuntos dos outros reinos. Vamos, Liz.

- Esperem! – ele exclamou, alto e quase desesperado, as impedindo de sair – Acho que começamos do jeito errado. Vamos conversar sobre isso com mais calma.

Liz trocou um rápido olhar com Krystal, que arqueou as sobrancelhas e sorriu.

- Então sua tripulação está com a princesa? – Liz insistiu, voltando a se sentar.

Akin suspirou, derrotado. Não queria admitir aquilo claramente, mas não podia deixar que elas fossem embora sem que soubesse o que tinham a dizer. Ele já tinha arriscado muito para falhar naquela altura.

- Por que vocês estão tão interessadas nisso? – perguntou com cautela.

- Porque nós sabemos onde o verdadeiro mapa está. – Krystal disse, como se dissesse que o céu estava azul num dia de verão. Como se aquilo fosse uma verdade absoluta.

Os olhos dele estudaram os dela, procurando por uma brecha em sua história. Buscando qualquer sinal de mentira. Mas os olhos da garota estavam tranquilos. Ela até deu de ombros, como se aquela informação não fosse relevante.

Akin deu uma gargalhada alta.

- Ele não acredita em nós, Liz. Estamos perdendo tempo aqui.
O anfitrião voltou a olhar para Krystal, que fez menção de se levantar novamente.

- E como eu posso ter certeza do que vocês estão dizendo? – ele questionou, cruzando os braços, cético.

As duas irmãs levaram as mãos simultaneamente aos pingentes brilhantes que carregavam, e o gesto foi o suficiente para transformar a expressão cética de Akin. Os olhos dele intercalavam entre o quartzo rosa e o cristal transparente.

- Nós ganhamos esses pingentes de nosso avô, a muito tempo atrás. – Liz começou a explicar – E como você deve saber muito bem, essas joias não são fáceis de encontrar.

Akin assentiu com a cabeça, prestando atenção.

- Nunca encontramos nada parecido com esses pingentes. E depois de muito investigar, descobrimos que eles faziam parte do tesouro do imperador. – continuou Liz – Infelizmente, nosso avô nunca nos contou a localização do tesouro. – ela sorriu fazendo uma pausa, e Akin tremeu de ansiedade – Mas ele faleceu recentemente e nos deixou um envelope com um mapa.

- Suponhamos que o que você esteja dizendo seja verdade – ele disse, ainda cético – Como posso ter certeza de que o seu mapa é o verdadeiro, não o da princesa? E qual o interesse de vocês em me contar sobre isso, se poderiam buscar pelo tesouro sozinhas?

- A princesa não tem nenhuma joia do tesouro. – rebateu Krystal – Tudo o que ela tem é um mapa, que pode levar a qualquer lugar. Nós temos o mapa verdadeiro, que recebemos como herança de nosso avô. E nós nunca fomos gananciosas. Não temos um navio à disposição para procurar por esse tesouro sozinhas. Sabemos que você trata seus piratas de forma justa. E que é um dos únicos homens que acredita que o tesouro é real.

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