045. baby, im yours

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Falta 1 semana para o ano novo

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Falta 1 semana para o ano novo. Estou animada e assustada, cada dia que se passa estou perto de me mudar.

— O que tanto pensa, princesa? — Timothée pergunta colocando a mão na minha coxa acariciando. Eu sorrio pra ele.

— Hoje o por do sol estava lindo não acha? — pergunto olhando pra estrada escura.

— Vou sentir falta disso... — ele diz e olha pra mim de relance. Eu também. Acendo um cigarro me confortando no banco do carro.

A música que está passando no carro via bluetooth no celular do Timothée para de tocar, tem alguém ligando pra ele.

Cook.

Olho pra ele levemente assustada, mas ele me ignora completamente. Uma das coisas que eu não gosto nele, sempre quando o assunto envolve os negócios dele, Timothée se transforma em alguém que eu nunca conheci. O moreno para o carro bruscamente e desliga o mesmo.

— Você fica aqui — ele ordena e sai do carro com o celular na mão. Ele anda um pouco e eu olho pela janela. Após alguns segundos o vejo gritando tão irritado que poderia até matar alguém.

Saio do carro e fico parada ali, vendo ele surtar completamente, olho para a cena aterrorizada com o seu comportamento.

— Entra na porra do carro, Melanie — eu faço o que ele pede preocupada, e em alguns minutos, vejo ele afundar seu corpo no banco de couro suspirando pesado. — Desculpa.

Olho para minhas mãos.

— Só continua — peço baixo e é isso que ele faz. Assim que chegamos em casa eu saio do carro rapidamente, adentrando na sala. Agora que ele terminou de dirigir, podemos ter uma conversa. — O que ele queria?

Timothée suspira pesado e vem até mim.

— Senta, precisamos conversar — ele segura minha mão e ambos sentamos no sofá. — Você sabe que eu sai disso, não sabe?

— Sim, a meses.

— Eu vou ter que resolver umas coisas amanhã a tarde...

— Porra Timothée — cochicho me soltando dele.

— Mel, não. Presta atenção...

— Eu sabia, sabia que você não ia mudar — me levanto frustrada.

— Me deixa terminar! É difícil pra caralho sair dessa vida, você sabe. Estou sendo ameaçado se não fizer isso. Você sabe que eles são da pesada, eu não queria fazer, mas vou ter que fazer essa porra.

Merda, merda. Eu não posso com isso, é demais pra mim. Tráfico de armas e drogas? Mas que porra.

Olho pros lados e saio dali.

— Você me prometeu, Timothée! — grito ao ver ele me seguir. — Por que faz isso comigo? — me viro pra ele irritada.

— Porra, eu não tenho escolha — ele grita de volta.

— Eu não quero ver você, eu não quero mais estar aqui — rapidamente eu me tranco no meu quarto. Escuto as batidas frenéticas dele atrás da porta. Sinto minhas pernas falharem e meu coração bater cada vez mais rápido.

— Abre a porta, Melanie — ele grita eufórico. — Abre a porra da porta!

— Eu nunca faria isso com você, Timmy — grito me sentando no chão. — Eu nunca faria isso.

Escuto vidro sento quebrado e um grito, me deixando assustada. Coloco minhas mãos no ouvido e fecho os olhos escutando seus berros doloridos.

— Anda, Crawford, abre a porra da porta — sinto sinto corpo tremer várias vezes, pela sua batida horrenda na porta em que eu estou encostada.

Ele repete isso várias vezes, escuto gritos, vidros sendo quebrados...

— Você é hipócrita pra caralho, Melanie! Eu nunca pedi pra você parar de fazer algo que goste. Quer saber? Eu sou assim, me envolvi com você sendo assim, como você disse uma vez? Um traficante de merda.

Ele está certo, eu realmente não sei como acreditei que íamos dar certo.

— Abre a porta, abre a porta... — ele repete isso várias vezes. Me levanto cambaleando e pego meu remédio, tomando imediatamente. Como vim parar aqui? — Melanie, não me faça pegar a arma.

Porra... Ele não teria coragem.

— Será que nós nunca aprendemos, já passamos por isso — pergunto baixinho em lágrimas. Então ele fica em silêncio, vou até a porta e tento escutar algo.

— Princesa, por favor... — ele pede tão baixo quanto eu. Abro a porta lentamente e vejo o corredor cheio de cacos no chão e minha porta com defeito.

— Pegamos pesado um com o outro — digo olhando pra ele.

— Fomos rudes, continuamos jogando coisas e batendo as portas — dou uma risada fraca e então ele me abraça.

Dou um pulo de leve em seu colo grudando minhas pernas na sua cintura, ele anda até a cama aonde deitamos abraçados. Ele mexe em meu cabelo enquanto eu faço desenhos em seu peito.

— Quando você acha que volta? — pergunto após quase meia hora em silêncio.

— No mesmo dia, eu juro.

— Eu não sei se posso continuar com isso, Timothée. Você me faz mal.

— Eu sei.

— Mas você é meu mundo — olho pra ele. — É como se eu fosse alérgica a mini saias, eu adoro mini saias.

Ele ri triste beijando minha cabeça.

— Você vai pro Canadá e vai conhecer um mimadinho rico na escola, que vai te dar tudo o que você quer, que vai te amar e você vai amá-lo também, vocês vão se casar, e você será a pessoa mais feliz do mundo, por que você merece, Mel.

— E você?

— Vou assistir a sua felicidade.

— Você sabe que eu nunca vou amar ninguém como eu amo você, não sabe?

— De algo eu sei. Ninguém vai te amar como eu, Melanie. Pode existir milhares de caras na sua, mas nenhum morreria por você, e eu, eu te amo como um fogo de mil sóis e serei seu até morrer.

Sinto minhas lágrimas caírem. Não posso deixá-lo.

— Eu serei sua, até as estrelas caírem — beijo seus lábios, sinto o sal de minhas lágrimas, mas isso não importa mais, estou com ele.

Eu irei partir, mas meu coração sempre será dele.

one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁Where stories live. Discover now