002. can i sleep here today

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Me sento em um banco qualquer da praça respiro fundo e fecho meus olhos

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Me sento em um banco qualquer da praça respiro fundo e fecho meus olhos. Ótimo, minha única oportunidade de fazer dar certo eu estraguei.

- Você não bate muito bem da cabeça, não é? - escuto a voz de Timothée e eu rio. Abro meus olhos e viro meu rosto para a esquerda, e lá está ele. Sentado ao meu lado.

- Desculpa - rio. - Não estou tendo um bom dia.

Ele estende a mão um copo de café, eu sorrio e pego quase que desperada dando um longo gole.

- Mas ainda são 10 horas da manhã.

- Eu sei, sinto muito - abaixo a cabeça envergonhada. - Acho que vou pedir desculpas para Saoirse depois - ele ri.

- Acho bom, não quero que abaixem meu salário - o encaro curiosa e confusa.

- Você trabalha lá? - ele concorda. Bato a mão na testa. - Porra, não devia ter feito isso.

- Tudo bem, foi divertido - ele ri. - Mas a Saoirse é quase a pessoa mais gentil que eu conheço.

- Tem alguém na frente dela?

- Você, óbvio - ele debocha e eu bato em seu braço.

- Idiota - rio. - Por que não está lá então?

- Eu trabalho de manhã, todos os dias da semana. E algumas tardes nos finais - concordo. - Ela é a minha melhor amiga.

- Se conheceram no trabalho?

- Sim - ele sorri se levantando. - Vamos, preciso arrumar a droga da minha casa.

- Mas eu não tenho para onde ir - me levantando parando em sua frente.

- Pode passar o dia me ajudando a arrumar a minha casa - reviro os olhos. - É eu sei "uau" que divertido, mas então, hoje eu faço quatro horas no trabalho. Sabe o que vem depois disso?

- O que?

- Comida, minha comida. As pessoas deixam X-tudo largado na mesa inteirinho - ele começa a andar e eu acompanho. - Pode ficar, se quiser comer comigo.

Suspiro pesado.

- Eu não posso, tenho que arrumar algum lugar para ficar. Fazer algumas ligações, sabe? - ele concorda. - Mas foi um prazer conhecer você, Timothée Chalamet - sorrio.

- Pois bem, você sabe onde eu moro... Se precisar de algum lugar hoje - concordo. - Dessa vez você dorme na sala - rimos.

- Não acho que será necessário. Obrigada! - ele sorri e eu me viro caminhando em direção contrária da dele.

Ando alguns minutos até achar um ponto de ônibus. Me sento no banco e ligo para Lília.

- Oi Lia, tudo bem?

- Escuta, Mel... Não estou podendo falar agora.

- É importante - resmungo.

- Posso te ligar mais tarde? - quando eu penso em responder ela se antecipa. - Obrigada, beijos.

one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁Where stories live. Discover now