one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁

019. it's saturday

Nesse exato momento Timothée está quase implorando para eu ir em um bar com ele. Passar a noite bebendo e jogando. O que eu queria, mas prefiro ficar com Cole. Já faz quatro semanas, e eu me encontrei com ele todos os dias. Ele é simplesmente o sonho de qualquer mulher.

— Eu não entendo o que viu nesse Cole. Ele é só um riquinho branco, que provavelmente vai morrer na empresa do pai — ele se joga do meu lado cansado de discutir.

— Nossa, como chegou a essa conclusão? — pergunto olhando pra ele rindo. — Eu gosto dele, pode por favor se esforçar? Eu volto logo — beijo sua bochecha. — Vamos assistir um filme, apenas.

— Eu queria que você viesse comigo e Saoirse — eu deito minha cabeça em seu ombro. Ele parece um bebê mimado. Timothée coloca sua mão na minha coxa.

— Eu sei, Timmy. Mas Cole é um cara legal, eu juro se você conhecesse ele, ia amar.

— Não, obrigado. Ele parece ser desinteressante e maduro demais — reviro os olhos.

— Por isso ele é tão atraente, a maturidade dele.

— Isso é por que ele tem trinta anos. Ainda não concordo com a ideia de você saindo com um cara uma década mais velho que você... Mas quem sabe eu, não é?

— Com licença, é 29. E eu estou bem, é sério. Estamos só nos conhecendo.

— Vai me dizer que você prefere passar a noite de sabado assistindo um romance idiota bebendo suco ao invés de curtir com seus amigos e um belo baseado?

Claro que não. Mas preciso fazer esforços. Escuto a campainha tocar.

— Sem contar que ele não faz nosso estilo — Timothée continua reclamando. Eu me levanto.

— É o meu estilo — eu abro a porta e o vejo ali, lindamente... De terno, nunca o vi usando outra coisa. — Oi Cole, vamos indo? — sorrio lhe entregando um beijo na boca.

— Oi anjo. Oi Chalamet.

— Oi amigo — ele sorri forçado e vem até mim. — Vai ficar acordada me esperando?

— Vou.

— Vai voltar cedo?

— Vou.

— E vai sentir minha falta? — ele parece mais uma criança que nunca, apenas para provocar Cole, eu sei. Rio e beijo sua bochecha.

— Até mais, Timothée — fecho a porta de casa. — Vamos.

Entro em seu carro super mega caro e coloco o sinto.

— Ele é é apegado em você, né? — ele pergunta ligando o carro.

— Somos muito unidos. Como você está?

— Dia estressante — ele começa. — Tive umas papelada para assinar...

Ele fala, fala, mas eu não me importo. Deve ser ruim trabalhar em uma empresa. Quanta chatice. Ele para de falar quando entramos no cinema.

— Toma, anjo — ele me entrega a pipoca e eu sorrio lhe entregando um selinho. Me sento ao seu lado.

O filme é lindo. Eu adoro um romance. Cole coloca a mão em minha coxa e vai subindo. Eu rapidamente tiro.

Passei esse tempo muito concentrada no filme, mas percebi que Cole estava mexendo no celular. É uma pena ele não apreciar um bom romance. Saímos da sala de cinema e eu rapidamente jogo toda a pipoca no lixo, antes que ele perceba. Nós sentamos na praça de alimentação.

— O que acha de comermos um lanche? — ele sorri colocando o braço em volta do meu corpo. Eu fecho os olhos e o beijo. Seu beijo é muito bom. É uma maneira de escapar sempre que ele toca no assunto comida.

— Então... De onde você veio mesmo? — ele pergunta parando o beijo, eu reviro os olhos apoiando minha cabeça em seu ombro.

— Manhattan.

— Seus pais estão lá?

— Meus pais morreram, já.

— Sinto muito, eu não devia... — rio levantando meu olhar.

— Você não sabia, Cole. Está tudo bem — eu beijo sua bochecha. — Eu não tinha vínculo com meu pai, e a minha mãe foi a muito tempo. Eu cresci quase sozinha.

— Uau. Eu sou quase 100% dedicado a minha família e a empresa — ele ri. — Vamos a sociais e coisas assim.

— Que chatice.

— Eu gosto de sentir o poder.

— Percebi. Eu pareço sua empregada andando com você. Toda desleixada e você sempre elegante — ele gargalha e beija minha cabeça.

— Você parece uma rainha, Melanie — o encaro alegre. Eu nunca havia ouvido isso. — O que acha de passar lá em casa?

Reviro os olhos. Ele realmente não sabe se divertir.

— Hoje é sábado! Vamos para algum tipo de festa — ele ri. — Não ficar em casa.

— Aonde quer ir? — ele sorri. Mando mensagem para Timothée.

Eu: em qual bar vocês estão?

Ele: Estamos na casa de um cara desconhecido, está tendo festa. Quer a localização?

Eu: sim

— Aqui — mostro meu celular para ele. — Não é uma social chique com ternos e champanhe. Se quiser pode me deixar lá, só.

— Eu vou aonde você vai — eu sorrio. No caminho, cantamos várias músicas divertidas e animadas, o lado do Cole que quase ninguém vê...

— Eu adoro seu cabelo, como ele fica no vento — ele diz e eu me sinto com vergonha.

— Eu adoro seus olhos azuis e seus lábios — rio tirando meu cinto beijando seu rosto enquanto ele dirige. Enfim, chegamos no lugar. Sinto que nao estou adequada para a ocasião, de tênis, short e uma camiseta simples. Encurto meu short e faço um top com minha camiseta verde colada rapidamente. — Ah, Cole... Por que você não tira o blazer, querido?

Falo colocando minha mão em seu ombro pronta para tirar e ele deixa.

— Nossa... — olho para seu braço e depois rio de minha reação, ele ri também. — Desculpa, você faz academia?

— Todos os dias — ele responde rindo como eu. — Está melhor, senhora festeira?

— Sim, coloca a blusa para fora da calça — falo saindo do carro. A casa é grande, sorrio e seguro a mão de Cole entrando.

Seja lá de quem for essa casa, a festa está incrível. Ando entre as pessoas e vou até a cozinha, lá vejo Peyton e Saoirse bebendo.

— Mel — Peyton vem com presa me abraçando. — Saudades.

— Peyton e Saoirse esse é o Cole — seguro no braço dele, e elas me encaram em choque.

— Puta merda. Prazer, Cole — Saoirse estende a mão para ele e eu rio.

— Ah, se eu não estivesse quase casada — Peyton sussura no meu ouvido. — Vamos, Timothée e Jacob estão nos esperando.

Eu concordo pegando uma bebida.