melanie foi expulsa de casa e precisa de um lugar para passar a noite. por ironia do destino ela acha uma casa que está tendo uma festa. futuramente, melanie e timothée se tornam mais próximos do que deviam. entretanto, o amor será suficiente para f...
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Eu me sinto uma tola. Completamente, tola. Acordei tem uns 30 minutos, mas só o que consigo fazer é lembrar da noite anterior.
Cole não parou. Timothée bateu nele. Eu bati nele. Timothée me trouxe para casa. Timothée tirou minha maquiagem e meu tênis. Timothée fez um lanche para mim. Timothée me colocou na cama.
Arregalo os olhos assustada, para mim mesma e levanto da cama prendendo meu cabelo. Vou na cozinha e o vejo comendo cereal com resto de cerveja. Rio. Ele me olha assustado.
— Você acordou — ele disse sorrindo. Eu me sento em sua frente.
— Acordei — fingo ânimo.
— Como se sente?
— Idiota, ingênua... — escondo meu rosto na mesa. — Pode dizer 'eu avisei' deve estar doido para isso.
— Que tipo de amigo eu seria? — ele faz carinho em meu cabelo e eu levanto a cabeça sorrindo. — Mas eu avisei.
Rio.
— Seria um péssimo amigo — roubo a garrafa de cerveja de sua mão e dou um gole.
— Está muito cedo para isso — ele pega de volta. — E era para você estar de ressaca.
— Hipócrita, você está bebendo — pego a garrafa de novo, provocativa. Eu não vou beber, só quero irrita-lo. — E eu não tenho ressaca.
Quando fingo dar um gole, ele pega a garrafa brutalmente de minha mão, de novo.
— Mas eu preciso cuidar de você. Como assim? Todo mundo tem ressaca.
Reviro os olhos e me levanto ao ver o pote do Kovu vazio.
— Não preciso de seus cuidados. E aceita, que eu sou a escolhida de Deus — sorrio cínica para o garoto e coloco a ração do gato preto. Logo em seguida o vejo aparecendo.
— Saoirse me mandou uma mensagem. Ouviu dizer que Cole foi parar na UTI — queria não sorrir com isso, mas é quase impossível...
— Bom, ele teria ter pensado antes de fazer qualquer coisa — eu mordo meus lábios na intensão de esconder minha pequena felicidade. Me sinto a pior pessoa do mundo.
Timothée ri anda até mim, suas mãos vão até meus ombros tensos. E então, como um passe de mágica, eu relaxo. Apenas com seu toque.
— Não precisa morder os lábios para esconder seu sorriso. Cole ia te machucar! Você estava se protegendo. Antes ele, do que você.
Não consigo segurar, sorrio animada.
— Você está certo. Acho que somos a pior espécie de seres humanos que existe — rimos. Eu rio muito, e ele me observa rir.
— Se Jacob estivesse aqui, ele diria 'Então é isso que casais psicopatas fazem?'
Após sua fala eu rio mais.
— Mudando de assunto, estava pensando em sairmos hoje, queria te levar a um lugar.
— Aonde?
— Apenas se arrume — eu concordo animada. Vou para o banheiro e tomo um ótimo banho frio, lavo meu cabelo e hidrato meu rosto com calma.
Eu coloco uma calça jeans escura, um cropped de alcinha preto, meu vans e uma jaqueta de couro. Deixo meus cabelos secarem natural, como ondas. Agora estou no carro, ao lado dele.
— Aonde vamos, afinal?
— Tem um lago... Ele é lindo, é afastado de tudo. Mas eu acho que você você gostar — ele sorri.
— Me avisava antes, teria vindo de biquíni — bato em sua cabeça. — Idiota.
— Eu não me importo se você ficar pelada — ele sorri malicioso.
— Tarado — reviro os olhos escondendo meu sorriso, olho para a janela. — Ah, eu estava gostando mesmo do Cole.
Fecho os olhos chateada.
— Eu sei que não sou a Peyton ou a Saoirse para dar conselhos, mas ele não merece seu sofrimento, Mel. Você é uma mulher linda e forte, ele é um covarde assediador — olho pra ele envergonhada.
— Ah, isso é um amor! — acaricio seu rosto. — Agora eu preciso beber muito e beijar umas 20 bocas — ele ri.
— Então semana que vem eu vou te levar na melhor balada. Balada de verdade — ele me olha animado.
— Uau, com ingresso e tudo? — pergunto tão animada quanto.
— Com ingresso e tudo — dou um gritando feliz e dou vários tapinhas em sua coxa. Ele sorri. Ligo a rádio, tiro minha jaqueta e meu tênis por estar ficando calor.
— Estamos chegando? — coloco meus pés no painel preguiçosa. Rapidamente Timothée da um tapa neles.
— Tira os pés de cima do meu carro.
— Como você é chato, Timothée Chalamet — viro de lado, tiro o cinto e coloco meus pés na suas coxas. — Melhorou?
Ele ri e levanta minha canela mordendo a mesma. Eu reclamo.
— Agora sim, está melhor — chuto sua cabeça. — Melanie, está me atrapalhando — ele abaixa meu pé. Sorrio maléfica, coloco meus pés na em seu rosto e ele se irrita. — Puta merda, Melanie, eu vou bater o carro.
Eu rio vendo o carro dar algumas voltas, assim, descanso meus pés na sua coxa.
— Você é louca, louca pra caralho — assim que o sinal fica vermelho eu me encara.
— Você não é o mais normal que eu conheço — reviro os olhos. — Estamos chegando?
— Você já perguntou isso — ele coloca uma das mãos em minhas pernas.
— E você não respondeu em nenhuma vez — sorrio.
— Bem, chegamos — ele para o carro na estrada de terra. No meio do nada.
— Está me sequestrando? — tiro os pés de perto dele.
— Sim, agora vem — ele faz cara séria saindo do carro.
— Oh, não. Socorro, socorro — faço um grito dramático enquanto ele abre a porta do meu banco tirando.
— Você é boa. Muito boa — ele fala cínico. — Você vai amar esse lugar, vamos.
