melanie foi expulsa de casa e precisa de um lugar para passar a noite. por ironia do destino ela acha uma casa que está tendo uma festa. futuramente, melanie e timothée se tornam mais próximos do que deviam. entretanto, o amor será suficiente para f...
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Timothée Chalamet.
Eu não queria mencionar que eu estava certo, mas eu estava certo.
Hoje Melanie acordou mal, ela está tossindo todo minuto. Não fomos trabalhar, fiquei em casa para cuidar dela. Ela está assistindo algum desenho na sala com coberta, tossindo sem parar enquanto faço nosso almoço.
— Amor? — ela me chama, olho pra sala e vejo Mel tentando ficar de pé, caminho rapidamente até a mesma quando vejo ela cambalear. Pego sua cintura e seu braço.
— Ei, tudo bem? Já disse que é pra ficar deitada — a sento no sofá, olho pro chão e está cheio de papel com catarro dela. Alguns estão com sangue.
— Você não me disse que estava tossindo sangue, Crawford — na hora que ela ia me responder ela tosse, dá tempo de pegar o papel higiênico na mesinha de centro. Quando ela termina de tossir tenta jogar o papel no chão porém pego mais rápido, está encharcado de sangue.
— Por que não me disse? — jogo o papel na mesinha e me sento ao seu lado.
— Não é nada demais, apenas sangue. É uma forte pneumonia.
Ela está pálida, tirando o fato do seu nariz está vermelho pelo contato recorrente dele e os lábios que estão roxos, sua feição está de puro cansaço.
— Vamos o hospital — me levanto e tento levantar ela, porém a mesma me impede.
— Não! Não quero.
Prevejo que irá demorar isso, vou até a cozinha e desligo o gás.
— Não é questão de querer, você está cuspindo sangue, caralho.
— Idai? Já disse que é pneumonia.
— Virou médica agora para se auto-examinar?
— Não, mas está óbvio.
— Para com isso, Melanie. Vamos.
— Não quero, porra! Me deixa — ela grita e se levanta tentando ir para seu quarto, porém quase cai, consigo pegá-la no colo antes disso.
Seguro Melanie que está bem mais leve que os outros dias e me sento no sofá, fazendo assim a garota estar em cima de mim.
— Olha pra você, minha princesa — cochicho após uns segundos em silêncio, faço carinho em seu rosto. — Tem noção do quão preocupado eu estou com você agora? Se você sentisse um pingo de desespero que estou sentindo no momento iria aceitar ir ao hospital. Eu só quero que fique bem.
— Mas... Eu estou bem — ela passa a mão em meu rosto e após isso me abraça.
— O que está acontecendo, hein?
— Eu tenho vergonha... Vergonha de você ir comigo, é um surto do meu corpo, já aconteceu antes — ela volta a apoiar seu corpo no sofá. — Tem haver com a falta de nutrição no meu corpo.
Suspiro fundo pensando em algo, não imagino o quão difícil deve ser pra ela passar por isso.
— Eu vou estar com você, eu quero te ajudar, preciso ter certeza que é isso... — ela parece analisar minhas palavras com calma.
— Você tem razão, vamos lá.
— Vamos apenas fazer um exame para saber qual remédio tomar para melhorar, okay?
— Okay!
O meu carro está em frente à casa. Abro a porta do passageiro e deito o banco para Melanie. Volto pra dentro da casa pegando a garota no colo, após isso colocando no banco, lhe entrego o papel higiênico e ela sorri em forma de agradecimento. Tranco a porta de casa e entro no carro. Ela tosse. Passo minha mão em sua coxa, ela sorri pra mim e coloca a sua mão em cima da minha. Vejo ela fechar os olhos para descansar.
Chegando no hospital ela pede para eu ficar na sala de espera, obviamente não quis, mas agora estou eu aqui na sala de espera enquanto ela e o doutor estão dentro daquele quarto a quase meia hora. Quando penso em levantar ela aparece com ele ao lado dela, seu rosto está levemente inchado, de choro. Seus olhinhos estão vermelho.
Vou até ela a abraçando.
— Ei, está tudo bem?
— Sim, sim — ela me solta e me dá um papel. — São os remédios que temos que comprar.
Olho rapidamente a receita médica, como ela disse falta de nutrientes no sangue e fraqueza recorrente.
— Por que estava chorando?
— Essa menina aqui não gosta mesmo de agulhas, hein — o doutor ri. — Ela teve que tomar um soro para ajudar na melhora.
Rio da hipocrisia de Melanie. Na hora de se drogar, ela ama.
— Ah sim — rio. — Não acredito que chorou por causa disso, Mel.
— É horrível — ela faz drama. — Mas já estou bem melhor.
— Então, senhor....
— Chalamet, Timothée Chalamet.
— Timothée, seria bom ela ficar de repouso por uma semana no mínimo, Melanie está bem fraca, muita coisa em seu organismo, sem contar que ela está a quase três dias sem se alimentar. O recomendado é um nutricionista ou comer alimentos beneficentes, por exemplo, frutas e verduras. Faz falta em Melanie também vitamina D, ela pode conseguir isso primeiramente tomando um banho de sol. Tudo que ela precisa está na receita, sempre que ela estiver ruim novamente podem entrar em contato comigo, sou o doutor Ramoray.
Absorvi cada palavra que ele falou, agora entendo por que Melanie está assim. Ela deve fumar uns 10 cigarros por dia e em uns 7 meses conhecendo ela não há vi comendo uma fruta.
— Pode deixar, muito obrigado mesmo doutor Ramoray — aperto sua mão. — Vamos, pequena?
— Vamos sim, obrigada, doutor — voltamos para o carro e eu dou uma lida com calma na receita.
— Palhaçada do caralho — ela diz ao me ver analisar a receita médica dela.
— Não é não, iremos para a farmácia agora comprar os remédios e depois pro super mercado, pode ser?
— Claro. Eu estou bem melhor já, aquele soro que tomei me fez bem.
