036. i know that

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Estou nervosa, sinto a palma das minhas mãos suarem cada vez mais, rodo a sala inteira e enfim escuto a campainha

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Estou nervosa, sinto a palma das minhas mãos suarem cada vez mais, rodo a sala inteira e enfim escuto a campainha. Abro a porta rapidamente e vejo Timothée acabado demais pra ser verdade, nunca o vi nesse estado. A primeira reação dele é correr para meus braços, seus braços rodam minha cintura fortemente, como se quisesse ter certeza que eu estou aqui. Ele fede a cerveja barata.

— Eu te amo, eu te amo, eu te amo — ele sussurra no meu ouvido várias vezes. Como se ele se sentisse culpado, como se fosse para ser "me desculpa"

Dor, dor, dor.

— Vou indo, ele vai dormir aí? — escuto a voz de Saoirse, que eu nem tinha visto.

— Sim, obrigada Sasa — ela sorri triste e fecha a porta. Ele está fraco, suas pernas dão uma tremida e ele cai no chão me levando junto. Rimos por longo tempo.

— Quando foi a última vez que você ficou sóbrio? — pergunto acariciando seu cabelo, sujo.

— Uma semana e meia, mais ou menos — ele responde e eu reviro os olhos. Coloco ele dentro do chuveiro lhe entregando umas roupas minhas super largas.

. . .

— Você está acordada? — escuto sua voz rouca matinal assim que acordo, franzo a testa ainda de olhos fechados.

— Me deixa, caralho — me viro na cama me combrindo mais, escuto sua risada calma, e eu não consigo evitar, sorrio também. Abro os olhos lentamente e o vejo olhando pra mim, com os cabelos bagunçados e o rosto meio inchado, mas ainda sim sorrindo. Lindo, lindo. Agora ele está cheiroso. — Chega mais perto.

Ele não entende muito bem, mas de qualquer forma eu grudo em seu pescoço o fazendo cair em cima de mim, afundo meu nariz em seu cabelo e inalo todo o cheiro natural+shampoo dele, ah, finalmente em casa.

Bom dia, Melanie — ele diz rindo beijando minha cabeça saindo da cama. — Preparei um café da manhã, com pouca coisa, você está precisando ir ao mercado — ele coça a nuca.

— Eu sei — reviro os olhos saindo da cama, coloco um shortinho que está no chão e prendo meu cabelo. Descemos a escada em silêncio, comemos em silêncio e lavamos a louça em silêncio.

Sentamos no sofá em silêncio.

— É uma casa realmente grande — ele diz e eu rio fraco.

— Que patético, podemos pular pra parte que nós interessa?

— Sempre muito bem paciente — ele sorri. — Mel, eu quero...

— Não! Você não quer porra nenhuma — eu o interrompo. — Você tem noção da merda que eu fiquei nessas últimas semanas? Você diz que me ama e depois que eu fui um erro, diz que me ama e termina comigo. Por que? Timothée, que merda está faltando em mim? — eu me levanto do sofá afobada. — Eu não sei aonde eu errei, por Deus.

Levanto a cabeça e coloco minhas mãos no rosto nervosa. Escuto seu suspiro.

— Vem, senta aqui — ele pede fraco e eu vou e sento em seu lado, ele pega minhas duas mãos me fazendo olhar apenas pra ele. — Você, Melanie Crawford, é a pessoa mais incrível que eu conheci em toda a minha vida.

— Eu...

— Eu nunca fui tão importante pra alguém o quanto fui pra você, era assustador, sabe? Saber que tem alguém me esperando em casa, com uma maleta de primeiros socorros, ao mesmo tempo é a melhor coisa que eu poderia sentir. Olha pra mim, Mel... Eu sou basicamente um traficante que trabalha em uma lanchonete de merda, mora em um dos piores bairros de Nova York e que nunca fez a faculdade. Você merece melhor, eu nunca vou poder te dar o futuro que você merece.

— E quem disse pra você qual futuro eu quero ter? Porra, Timothée você foi tão injusto — encosto meu corpo no sofá irritada. — Não é você que decide essa merda por mim, e se meu futuro for ficar nesse bairro de merda daquele emprego de merda a vida toda? E se for ser uma das maiores empresárias do mundo? De qualquer forma, você não tinha que ter se metido no meio disso.

— Não somos bons um pro outro, você sabe disso — ele diz olhando pro teto, como eu. — Quantas lágrimas eu já fiz você derramar? Caralho, isso, você não merece, Melanie.

— Mas eu quero você, seu besta — olho pra ele batendo em seu peito. — Quero estar com você quando acordar, e quando estiver indo dormir, quero cuidar de você quando estiver machucado após uma briga idiota no bar, quero estar com você quando conseguir um aumento na lanchonete ou quando sua mãe for te visitar nos domingos... Quero você, por que eu te amo. E eu te amo como uma idiota.

Fico ofegante após soltar tantas palavras de uma vez, mas ele junta nossos lábios rapidamente, não me dando tempo para pensar. Passo minhas mãos em seu pescoço e subo em seu colo. Após um longo beijo de saudades eu encosto minha cabeça em seu ombro, enquanto ele mexe em meu cabelo, em silêncio. Por mais que doa, é a verdade...

— Mas você está certo — digo fraco. — Eu odeio seu tráfico, não posso lutar contra isso, Timothée. Você me empurrou, estava muito longe de sua realidade, mesmo tão perto de mim — sinto minha voz falhar, mas me recuso olhar para ele. — A culpa é minha, porque eu sabia que você era problema quando você apareceu e ainda me permiti te amar.

Ficamos em silêncio por várias minutos, meu choro é fraco, mas eu sei que ele escuta.

— Eu paro... — ele diz após um tempo, então eu tiro meu rosto de seu ombro e olho pra ele, Timothée limpa minhas lágrimas com seu dedo. — Eu paro com o tráfico, se isso fizer você voltar pra mim.

— Você tem certeza do que está falando? — pergunto impressionada.

— Sim, eu paro por você. Tudo o que eu fizer daqui em diante se você aceitar, vai ser por você, Melanie Crawford. Por que eu serei eternamente seu.

Isso compensa? Me lembro das palavras de Lexi, eu acho que ela está certa. Mas por que não provar para mim mesma que não? Eu posso ter independente, sem o Timothée estragando minha vida.

E então, eu olho para seu rosto... Seus olhos suplicando meu perdão, suas olheiras de cansaço e seu rosto pálido. Certamente compensa.

— Okay, eu aceito. Vamos fazer do jeito certo — nunca o vi sorrir tão feliz. Ele me beija com velocidade, solto o meu cabelo rapidamente e passo minhas mãos pelas suas costas. Ele me deita no sofá sem parar o beijo e começa a distribuir vários beijos em meu rosto e pescoço.

— Eu te amo, pra caralho — eu sorrio ofegante com suas palavras enquanto tiro sua camiseta.

— Eu sei disso.













▬▬▬▬▬▬▬ NOTES ═🪐 ༻

eita mores, esqueci de atualizar 😃 jkkkkkkkkk

não vai ter hot específico, eu não me sinto confortável fazendo mesmo ambos sendo maiores de idade e não acho que tenha necessidade na história, até por que a química deles vai além de atração sexual

one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁Onde as histórias ganham vida. Descobre agora