037. mystery of love

1.2K 113 39
                                    

Olho pra ele, como uma adolescente boba toda apaixonada

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Olho pra ele, como uma adolescente boba toda apaixonada.

— Olhe você, sorrindo enquanto analisa meu rosto — ele debocha me dando um selinho. Bato em seu peito revirando os olhos, logo em seguida encosto minha cabeça seu ombro, afundando meu nariz em seu pescoço. Estou em cima de Timothée, ele brinca com suas mãos, nas minhas costas nuas, fazendo desenhos aleatórios enquanto tento adivinhar.

— Ah, acabou de fazer um 8.

— É um infinito — escuto sua voz. — Somos nós, Melanie.

Levanto minha cabeça e o beijo novamente, passamos o dia assim: grude, sexo, beijo, risada.

— Eu te amo — digo.

— Está ficando meloso demais, até para mim — rio.

— Pois é, está — Eu tento me levantar, mas ele me impede. — Chalamet, eu preciso levantar.

— Já disse o quão gostosa você fica me chamando pelo sobrenome? — rio.

— Não vamos transar de novo, lindinho — toco em seu nariz me soltando, finalmente. Me viro pra ele e coloco minha regata junto da minha calcinha. — Eu preciso pagar a conta de luz até amanhã a noite. Eu pago?

Pergunto meio insegura, eu quero voltar pra lá, eu preciso voltar pra .

Não, você vai pra nossa casa imediatamente — sorrio.

— Legal — entro no banheiro do meu quarto e começo a escovar os dentes.

— Sabe, você acha que precisamos dessa coisa de pedido mais formal? Com anel e tudo? — ele pergunta e eu olho pra ele enojada. — Não? Então tá.

Rio e lavo minha boca.

— Não sei se é necessário — digo indo até meu guarda roupa. — Sem contar que esses anéis são caros, não temos como pagar, principalmente agora que você... Sabe, vai parar... — desvio o olhar, pego meu short e coloco de costas pra ele. — O que importa é o que expressamos, não é? O amor não se vê, mas sim, se sente — me jogo na cama lhe entregando um selinho.

— Falou bem, parabéns — ele bate palma e eu rio.

— É de um filme, Amor Para Recordar.

O que acha de hoje passarmos a noite toda assistindo e se beijando? — olho pra sua barriga chapada e mordo os lábios.

— Podemos fazer outras coisas, hein? — beijo seu pescoço.

— Pensei que não íamos mais transar — ele diz abafado, nitidamente com dificuldade.

— Abro excessões — coloco minhas mãos em seu cabelo. — Mas antes, filme... Vamos pra sala — ele concorda se vestindo. — Acha estranho, estarmos juntos de novo?

— Acho que não devíamos nem ter terminado.

— Talvez ambos sejam meio surtados, não é?

— Oh, se é — rio.

— Escuta, sinto muito se te ofendi em algum momento — me encosto na porta segurando sua mão. Ele sorri e beija minha testa.

— Você é boa, Melanie. E isso supera tudo, fica de cabeça fria — eu concordo. — Ei, o que acha de fazermos pipoca com chá quente?

— Eita, que a ressaca tá boa — rio. — Já que não quer beber...

— Fala sério, é domingo!

— Como se você se importasse — reviro os olhos e fomos até a cozinha. Pego a panela e o milho. — Pipoca doce ou salgada?

— Salgada — eu concordo ligando o fogo. — Ei, olha aqui — ele diz, eu coloco a pipoca na panela e me viro pra ele. — Pra que são esses remédios?

Questiona olhando para mim, segurando meus três potinhos de remédio.

— Esse é ansiedade, eu só tomo quando estou atacada, como pânico, sabe?

— É, tipo um colapso nervoso? — rio colocando a tampa na panela.

— O certo é crise de pânico, mesmo. Ou ansiedade.

— Como é? — ele diz chegando perto. Olho pra parede branca.

— Eu sinto vontade chorar, tremedeira, falta de ar, dor no peito. É como se, por um segundo só existisse eu e minhas vozes, não exatamente minhas, mas são palavras negativas, sabe? É horrível, eu estar presa dentro do meu subconsciente e nunca tem saída — assim que termino de falar olho pra ele. Ele não sabe o que responder, não o culpo, eu não saberia.

— Eu sinto muito, princesa — ele beija o topo da minha cabeça e me abraça.

— Está tudo bem, estou acostumada.

— E como posso te acalmar quando você estiver passando por isso?

— Apenas, converse comigo, me faz pensar em coisas boas, bons momentos. Em horas negativas assim, você você que falar coisas bonitas e positivas.

— Okay, entendido. Unicórnios, sorvete e parques — rio e me solto dele.

— A outra é a vitamina, pra compensar a falta de alimento que eu ingiro e a outra é o meu transtorno alimentar. Pode fugir se quiser — rimos e eu desligo o fogão.

— Eu não sou lá os melhores, você sabe. Viu? Como somos perfeitos, um para o outro? Nada de Cole, ou Theo — ele faz nojo ao falar do Theo e eu sorrio. — Apenas eu e meu amor.

Sorrio e beijo ele.

— Tá, agora coloque a pipoca em um balde vai — apresso ele com um pano.

— Estressadinha — reviro os olhos pegando o chá.

— Você é um idiota, sabia?

— Sabia — olho pra ele sorrindo. Ele mexe no celular e vem rapidamente até mim.

— O que está fazendo? — pergunto rindo. Ele apaga a luz da cozinha e abre a porta da geladeira.

— Você não vai pagar amanhã — ele junta nossos corpos ao som de Mystery of Love de  Sufjan Stevens, ele ama essa música. Ele canta baixinho enquanto a música toca, em sincronia dos sonos corpos. — Apenas dance comigo na cozinha com a luz da geladeira.

— Sempre, meu amor — movo meus lábios, mas sem som. Apoio minha cabeça em seu peito sentindo seu coração bater, agora poderia ser meu momento preferido da vida.

one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁Where stories live. Discover now