011. i'm sorry

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— Oi, Saoirse — digo quase desesperada assim que ela atende o celular

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— Oi, Saoirse — digo quase desesperada assim que ela atende o celular. Finalmente.

— Oi, ruiva — seu tom de voz não é tão feliz quanto nos outros dias.

— Ele me disse que voltaria. Já tem três dias que ele não dá notícia de vida — seguro o celular pelo ombro e pego o Kovu, o colocando entre as minhas pernas. Como estou no sofá em sentada como índio.

Saoirse parece pensar em uma resposta para mim. É óbvio que ela sabe de tudo

— Você sabe aonde ele foi? — continuo.

— Ele vai voltar, Mel... Timothée é assim mesmo — ela suspira. — Ele não devia ter falado que voltava em um dia... Escuta, ele sempre volta, okay?

— Você não fica preocupada?

— Depois de um tempo, acostuma. Eu não concordo com o que ele faz e sempre dou broca quando possível — eu rio. — Mas não há muito o que fazer.

— Aonde ele está?

— Não sei de muito, mas sabe aquele cara que ele espancou na festa? Tem algo ligado — eu concordo. — Ei, vou ter que atender aquela velha chata, depois nos falamos. Beijos — ela desliga o telefone. Jogo o celular no sofá e logo a televisão. Hoje estou de folga, e não sei o que fazer. Não quero sair e pensar na possibilidade dele voltar e não ter ninguém em casa.

Maratono Outer Banks, e vejo escurecer. Respiro fundo e reviro os olhos. Vou para a cozinha e abro a geladeira pegando frango e creme de leite. Coloco música em meu celular enquanto preparo strogonoff. Sento na cadeira da mesa esperando ficar pronto enquanto mexo no Twitter.

Tiro meu moletom ficando só de top, e o jogo na sala. Desligo o fogão, e vou até o armário pegar a ração do Kovu. Escuto a porta.

Sinto quase faltar ar e vou correndo para a sala, e ele está ali. Timothée está parado na porta de casa, com um pouco de sangue nas mãos e olhar cansado, ele joga a mochila no chão e apoia a cabeça na porta. E o encaro irritada, vou até ele e paro em sua frente. O garoto abre os olhos e me encara.

— Melanie, eu... — ele não consegue completar a frase, pois o acerto em cheio com um tapa no rosto. Não tão forte, mas o suficiente para aliviar um pouco da minha raiva.

— Você está louco? Como pode falar para mim que volta no dia seguinte? — eu me afasto, quase cuspindo fogo. — Porra, eu estava tão preocupada com você. Seu idiota — chego mais perto e bato em seu peito. — Idiota, idiota — e bato de novo, e de novo. Mas ele segura meus pulsos com força. — Me larga — me solto ele de forma brutal. — Tive medo, de você não voltar — falo baixo, passamos as mãos pelo cabelo.

— Sinto muito... Eu tenho que me acostumar com o fato de ter alguém me esperando em casa — ele sorri envergonhado.

— É, você tem — sorrio de volta. Seus dedos vagam pela meus fios de cabelo ondulados.

— Não queria te assustar, me perdoa — eu concordo com a cabeça e ele me abraça. Ele cheira a sangue. Eu me afasto lentamente.

— Você está machucado? — pergunto, mesmo sabendo que aquele sangue não é dele.

— Não muito — ele se afasta e vai andando até o quarto com a mochila em sua mão. Eu o sigo.

— Conseguiu resolver o que precisava? — me escoro na porta, enquanto o vejo deitando na cama nitidamente cansado.

— Sim, demos um jeito em tudo. Acabou - eu sorrio.

— Usou a arma? — me sinto aflita por fazer essa pergunta. Ele levanta a cabeça um pouquinho para me encarar, mas logo em seguida olha para o teto novamente.

— Não, ela não saiu do lugar — sorrio aliviada.

— Okay, irei te deixar sozinho — estou prestes a fechar a porta mas ele me chama.

— Vem cá — vou até sua cama me sentando ao seu lado, olhando para seu rosto sujo. — Como foi seu dia hoje?

Sorrio com isso.

— Eu e o Kovu tivemos um dia de preguiça. Eu dei um banho dele, fiz a janta e assistimos uma série. Ah, falei com a Saoirse também.

— Como ela está? — ele me olha.

— Disse que ia te dar uma bronca depois — ele ri.

— Imaginei...

— Eu posso perguntar como foi seu dia?

— Eu acho que é melhor não, por enquanto — eu concordo me deitando ao seu lado. — Eu não sou ruim, Melanie.

— Eu sei que não.

— Eu estou do lado bom da minha história — sorrio com isso e acaricio seu rosto.

— E conseguiu acabar com o mal?

— Claro, quebrei o rosto dele — faço uma careta rindo. E dou um tapa de leve em seu peito e ele fecha os olho sentindo dor

— Fico feliz então. Agora me diz, aonde dói.

— Em nenhum lugar, estou ótimo — eu sorrio cínica e me sento na cama.

— Nem aqui? — bato de novo em seu peito com um pouco de força e ele quase grita de dor.

— Porra, Melanie. Tá louca? — eu rio.

— O que aconteceu aí?

— Só um corte, pequeno — faço carinho em seu cabelo. E de vagar eu levanto sua camiseta. O escuto suspirar fundo. — Mel... — ele arfa. Mas ignoro. Vejo um corte em seu peito, parece profundo. Está vermelho e ainda sai um pouco de sangue, faço careta quando vejo.

— Você pretende cuidar disso quando? — após alguns segundos sem obter resposta olho para Timothée que está me encarando totalmente desligado. Dou um peteleco em sua testa. — Se liga, garoto.

— Oi? — reviro os olhos.

— Vai tomar um banho, e seja rápido. Para eu cuidar nesse negócio aí — falo olhando para seu machucado, e ele concorda.

one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora