O tal do motel

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Saudades?

Vou dizer uma coisa pra vocês: Agradeçam Mundinho por esse capítulo (e, para isso, agradeçam Carrocinha também).

Aproveitem bastante, apesar de ser um capítulo mais curto.

Lembrem do meu biscoito!

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- Foge enquanto dá tempo.

Rosamaria revirou os olhos enquanto abraçava sua irmã, mas fez questão de manter a mulher mais velha perto de si por vários segundos. Se havia algo que ela sentia falta por conta da correria de sua carreira, era a proximidade com sua família. Por isso, ela não hesitou em abraçar sua irmã com força e aproveitar o momento por alguns segundos antes de se afastar com um sorriso.

- Oi.

- Oi, - sua irmã respondeu rapidamente. - É sério, foge.

Rosa arqueou uma sobrancelha e tentou olhar por cima do ombro da sua irmã. Paula havia sido a pessoa que saiu da casa para abrir o portão para ela, mesmo que Rosamaria tivesse a chave para fazer aquilo, quase como se sua irmã estivesse esperando ela aparecer. - O que foi?

Antes de a responder, Paula virou a cabeça para olhar para a central, que estava parada um pouco atrás de Rosa, observando tudo com um pequeno sorriso. - Oi, Carol.

- Olá, - Gattaz respondeu, aumentando o sorriso, e acenando animadamente.

- Ela é muito alegre pra ficar no meio dessa família, - Paula afirmou, sem dar muita bola para Gattaz já que ela estava mais preocupada em puxar Rosamaria para dentro do portão. Assim que Rosamaria entrou na residência, sua irmã já começou a falar de forma acelerada e com o tom meio baixo. - Tia Célia está aqui. Ela já ofendeu umas 3 minorias e nem começou a beber ainda. Tio Jorge arrastou o papai não sei pra onde. E tu é a primeira gay a chegar.

Ignorando absolutamente tudo que havia sido dito, Gattaz fez um som de felicidade enquanto seguia as duas em passos calmos. - Sua mãe tá aí, então? – ela perguntou, soando ainda mais animada, e logo começou a olhar em volta como se estivesse tentando encontrar a mãe de Rosa ali fora mesmo.

- Olha aí o que eu tô falando, - Paula comentou, apontando para Gattaz enquanto trocava um olhar com Rosamaria. Ela abriu a porta de entrada para elas no segundo seguinte e as três entraram na casa.

- Eu falei pra mamãe não chamar todo mundo, - Rosamaria tentou argumentar.

Ela fez uma pausa ao lado da porta para tirar o tênis, usando o braço de Gattaz para se segurar, então colocou o chinelo que era dela mesma e estava sempre por ali. A central, que já havia visitado a casa uma vez antes, também tirou seu calçado, colocando ao lado da porta com os demais, mas acabou ficando descalça. Notando isso, Rosa pegou o chinelo do seu pai para Carol poder usar, e a central conseguiu se conter e não comentar como o chinelo ficava pequeno no seu pé depois de colocar.

- E eu não chamei. – As recém-chegadas olharam para cima quando ouviram uma nova voz, e foi automático o sorriso que dividiu o rosto de Rosa. Sua mãe, bem mais baixa que ela, atravessou a sala o mais rápido que podia sem correr, mas nem precisava se esforçar tanto porque Rosa fez questão de a encontrar no meio do caminho. Elas se abraçaram com força, e as outras duas mulheres apenas observaram a cena com um carinho próprio. - Teu pai chamou o teu tio e a notícia se espalhou, - a mãe de Rosamaria murmurou contra o ombro da filha.

- Difícil ter gente famosa na família, - Gattaz brincou, meio que se balançando nos calcanhares já que ela não conseguia ficar parada.

- Carol, minha querida! – A mãe de Rosa se afastou da filha após exclamar e, depois de dar alguns passos para o lado, puxou Gattaz para um abraço também. - Como tu tá?

Life Goes OnOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz