- Vocês estão apaixonados, sim! – Yeosang soltou uma risadinha.

- Como eu poderia estar apaixonado pela garota que me ameaçou com uma faca? – San fez careta, tentando provar algo que nem mesmo ele tinha certeza.

- Eu não acharia estranho se isso acontecesse. – Jongho sorriu e mordeu a pera novamente.

- Ela realmente te ameaçou com uma faca? – Mingi abriu a boca, chocado.

- Sim, ela veio para cima de mim e manteve a adaga bem aqui. – ele apontou para o próprio pescoço – Mas eu consegui convencê-la a não me matar.

- E como você fez isso? - Hongjoong quis saber.

- Usei o meu charme. – ele piscou, erguendo uma sobrancelha.

Os seis o encararam querendo saber mais, mas San apenas deu de ombros, mantendo aquele sorrisinho malandro.

- E ainda diz que não está apaixonado, nem consegue mentir. – Yunho bateu no ombro dele, rindo.

- Ela quem deve estar apaixonada por mim! – San se defendeu.

Seus companheiros caíram na risada, fazendo San ficar mais irritado. Por que ninguém acreditava nele?

- Acho melhor você sair dessa ilusão e voltar para o mundo real, San. – Seonghwa passou o braço pelo ombro do amigo – Está estampado nos seus olhos que é o contrário. – ele sussurrou. O imediato tinha visto o modo como San havia olhado para a garota na praia.

- Então acho que nós dois estamos no mesmo barco, não é mesmo hyung? – San sussurrou de volta. Ele também percebeu que o mais velho estava encantado pela garota de cabelos escuros.

Seonghwa engoliu em seco e limpou a garganta.

- Certo, você tem razão. – ele admitiu – Mas não podemos deixar ninguém saber, principalmente o capitão.

- Todo mundo já sabe! – San disse alto dessa vez.

- O que todo mundo já sabe? – o capitão quis saber, interessado na conversa sussurrada dos dois.

- Eles estão discutindo sobre quem está mais apaixonado. – Yeosang disse, entregando-os.

San fechou o punho e ameaçou socar o carpinteiro, que o encarava com um sorrisinho debochado.

- Eu tenho ouvidos sensíveis. Escuto tudo, tomem cuidado. – ele deu de ombros – Vou trocar essa roupa antes que eu adoeça. Não podemos confiar nas habilidades do médico dessa tripulação. – ele lançou um olhar para todos individualmente e saiu.

Depois da troca de olhares nervosos entre os seis tripulantes que restaram no convés, o capitão se pronunciou:

- Como não temos outra opção, vamos seguir com a ideia do imediato. Precisamos de madeira e – ele respirou fundo – encontrar Wooyoung. Mas não devemos perder o foco. Temos que consertar o navio o mais rápido possível e partir, antes que nosso tempo acabe.

- Vou mudar os suprimentos para um lugar mais seguro. – Yunho disse, indo em direção ao porão.

- Vocês dois, - o capitão apontou para San e Seonghwa – vão encontrar as garotas que os ajudaram, mas sem gracinhas! Nós vamos desembarcar juntos e esperaremos na praia até que vocês voltem com elas. Depois, se elas concordarem em nos ajudar, vamos procurar Wooyoung.

Eles balançaram a cabeça, concordando.

- Andem, se apressem. Nós vamos para terra firme. – Hongjoong bateu as mãos, os acelerando. Eles tinham muito o que fazer e pouco tempo para perder.

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