˗ˏ FOURTY SIX.

192 33 1
                                    

─ Você se sente bem?─ Perguntou a tal psicóloga pela milésima vez no dia

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

─ Você se sente bem?─ Perguntou a tal psicóloga pela milésima vez no dia. De olhos fechados, me imaginei socando aquela mulher. Fazia dois dias que eu estava ali e não tinha nenhuma visita, com certeza, alguma merda proibida pelos meus pais.

Como eu podia explicar pra ela que eu estava sim bem e que não tinha ingerido a porra dos antidepressivos da minha mãe por querer? Quer dizer, eu tomei os remédios por querer, só que pensei ser a porra dos analgésicos ou os remédios que na teoria preciso tomar para controlar meus impulsos piromaniacos.

─ Estou sempre bem.

─ Bom, ─ Ela se remexeu na poltrona acolchoada.─ se estivesse bem, não teria engolido tantos remédios, Maisha.

Revirei os olhos com tanta força que tive uma fina dor de cabeça.

─ Eu não quero me matar, obrigada pela sugestão.─ Resmunguei, ficando cada vez mais puta.

─ Estou aqui para ajudá-la, seus pais estão preocupados e querendo que vá morar com eles.

─ Preocupados?─ Soltei uma risada.─ Se eles realmente estivessem preocupados comigo, não teriam simplesmente me ignorado por anos. Então, vai se foder você e eles.

A mulher me olhou por um longo tempo, abaixando a cabeça para anotar algo no caderno depositado em suas coxas e então, sair do quarto sem falar mais nada.

Revirei os olhos mais uma vez, afundando meu rosto no travesseiro.

Que merda de vida, ein.

E tudo piorava no final do dia quando simoelsmente os corredores daquela parte do hospital ficavam vazios e tudo que eu escutava era o silêncio sendo cortado pelo barulho do meu coração.

Às vezes, só queria continuar desmaiada mais alguns dias.

─ Lauryn me ligou, disse que você achava que nós não se importamos com você

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

─ Lauryn me ligou, disse que você achava que nós não se importamos com você.─ Disse minha mãe, assim que atendi o telefone depois de lançar um olhar quase que assassino para Lauryn, a piranha psicóloga.─ Oh, querida, eu espero que você saiba que isso é só algo da sua cabeça e nós a amamos com todo nosso coração.

Black Goshawk • Tokyo RevengersWhere stories live. Discover now