˗ˏ THIRTEEN.

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Wakasa era um filha da puta do caralho, mas pelo menos eu tinha vencido

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Wakasa era um filha da puta do caralho, mas pelo menos eu tinha vencido. Mas nem adiantava, porque tinha comido tanto que tava passando mal, não ia aguentar nem dar um tapinha nele, quem dirá comer ele na porrada. Passei uma meia hora gemendo com a cara enfiada na mesa, apenas escutando ele rir, sem forças bem mesmo pra erguer o dedo do meio para ele. O cuzão do caralho ainda comprou um sorvete gigante que me obrigou a tomar, que porra, não sei nem como ainda tô viva depois do tanto que esse desgraçado me fez comer, como meu estômago não explodiu é um milagre!

Meu celular vibrou no bolso da jaqueta e eu o tirei, apenas para notar que Mai tinha me mandado várias mensagens que não li. Torci o nariz confusa quando ela disse que tava com uma creche, que porra isso sequer quer dizer? E porque caralhos ela me mandou levar o Wakasa comigo pra encontrar com ela, mas que porra?

Revirando os olhos, me levantei, estalando os dedos na direção de Wakasa para chamar sua atenção, mas nem precisava ter feito isso já que os olhos dele estavam em mim. A franja loira dele tava caindo no rosto, me fazendo ter vontade de jogar tudo pra trás.

-Vem. - falei e ele arqueou a sobrancelha para mim, mas se levantou e me seguiu para fora. -Pega sua moto e me segue.

Wakasa nem fez perguntas, o que era bizarro demais para o meu gosto, porque se fosse o contrário eu teria mandado ele ir se fuder e ido para casa, mas tá beleza! Um dia de trégua, eu podia dar um dia de trégua pra ele, né? Tava cansada pra uma porra, ter visto a puta da minha mãe não ajudava em porra nenhuma, sinceramente.

Me livrei dos dois bichos de pelúcia nos meus braços, dando pra umas crianças que tavam correndo por ali, mas fiquei com a merda do elefante lilás, e foda se. Não vou admitir nunca que gostei daquele elefante, jamais, nem mesmo se me espancarem até a morte!

-Que lugar é esse?- Wakasa perguntou franzindo o cenho assim que pulou da moto. Eu apenas suspirei, agarrando a mão dele na minha e o puxando para dentro, tentando ignorar o como o aperto dele era forte.

-Cala boca e vem logo.- eu rosnei, atravessando a multidão de pessoas.

-Ei, caralho! Porque você nunca responde minhas mensagens, sua vaca? - Satoru gritou pra mim, parando na minha frente e jogando um saquinho no meu peito.

-Mas que porra é essa, seu corno?- falei pra ele, torcendo o nariz. Satoru arqueou a sobrancelha para mim.

-Ue, caralho. O laxante que você ne pediu. - ele retrucou e eu abri a boca algumas vezes, mas nada saiu. Wakasa soltou minha mão para cruzar os braços, a sobrancelha arqueada.

-Caralho, seu imbecil! Não pode falar essa porra e me dar essa porra na frente da pessoa que eu tava planejando foder, né! Agora não preciso mais dessa merda, seu putinho!- eu gritei, jogando aquilo de volta em Satoru. Ele torceu o nariz quando viu Wakasa atrás de mim, mas não disse nada. Revirou os olhos e me mostrou o dedo do meio antes de dar as costas e ir embora, um belo arrombado de merda. -Satoru, seu merda do caralho!

Me virei para Wakasa, que tava me encarando de um jeito que eu, sinceramente, não sabia desvendar. Sinceramente, nem quero. Revirei os olhos.

-Bom, você não pode me julgar depois de dizer "vamos ver quem fode mais quem". - eu falei erguendo as mãos em sinal de rendição. Wakasa continuou quieto e eu queria dar uma porrada nele pra ver se ele falava. Revirei os olhos, agarrando o braço dele e o puxando comigo, atravessando o mar de pessoas atrás de onde Mai disse que estava.

Wakasa pareceu um pouco surpreso de ver a pista nos fundo, e claro que não me surpreendia nada ver a desgraçada da Mai correndo, o que me surpreendeu foi ver ela correndo contra aquele líderzinho de merda, e ela estava rindo como a puta surtada que ela era. O que também me fez rir um pouco.

-Mas que porra é essa aqui?- gritei quando vi que Saori e Kira tavam rodeados de um bando de pirralho. -Meu Deus, nisso que dá não usar camisinha, uma porrada de filho!

-Vai se foder, Zuzu.- Kira gritou, mostrando o dedo do meio para mim. Eu dei risada, me aproximando dos pirralhos que estavam me analisando meio assustados. Isso sim é sensacional.

-E ai, caralho. Maisha tava com tanto tédio que resolveu sequestrar um bando de catarrento?- eu disse, rindo. Porra, mas pelo menos aqueles pirralhos até que tinham estilo.

Baji foi o primeiro a chiar com indignação, como o putinho revoltado que era. Mas ele ficou bem quieto com meu sorrisinho assassino. Um puta cagão.

-E aí, querem aprender a correr com a moto?- eu disse arqueando a sobrancelha. Wakasa agarrou minha mão com força até demais, me fazendo chiar.

-Tá doida, Azumi?- ele disse e eu franzi o cenho. Qual é!

-Tá beleza... E se eu ensinar vocês a como dar porrada nos outros?- eu disse com um sorrisinho.

-E o que te faz pensar que a gente não sabe dar porrada nos outros?- disse um loiro anão desgraçado. Arqueei a sobrancelha para ele.

-Se liga, garoto. Mo pirralho.- eu ri e ele fez cara feia pra mim. Apontei para o garoto da tatuagem do tigre e fechei um olho. -Você aí. Tem cara de surtado e fracote. Quer correr comigo?

-Cacete, garota.- Wakasa suspirou. -Vai matar o garoto mesmo?

-Claro que não, ele vai na moto junto comigo, se ele cair e morrer o problema vai ser dele por ter sido burro pra um caralho, não meu. - eu disse olhando Wakasa com o cenho franzido antes de me virar para o projetinho de gente. -E aí, criança. Vai ou não?

-Eu não sou criança. - ele resmungou e eu ri, ri ainda mais quando ele se aproximou de mim mesmo assim.

-Olha, pelo menos ele tem coragem!- eu cantarolei abrindo os braços. Joguei um braço por cima dos ombros do garoto, o balançando. -Qual seu nome, peste?

-Kazutora. - ele murmurou e eu ri.

-Beleza, Kazutora. Vamos ver que velocidade você aguenta antes de vomitar as tripas.- eu cantarolei. Wakasa balançou a cabeça.

-Você que vai vomitar as tripas depois de tudo o que comeu. - ele disse arqueando a sobrancelha para mim e eu sorri enquanto jogava um capacete para Kazutora.

-Claro que não. Já tô com fome de novo.- eu disse rindo e Wakasa riu. -Já tô até bem pra te dar umas porradas, Wakasa.

Ele abriu um sorriso sarcástico para mim.

-Vamos ver quanto a isso.- ele zombou. Não dei bola. Apenas segui para a pista, subindo em uma moto e estendendo a mão para o pirralho que não hesitou antes de aceitar.

No fim das contas, talvez esses pirralhos não sejam ao todo uma catástrofe completa, quem sabe.

No fim das contas, talvez esses pirralhos não sejam ao todo uma catástrofe completa, quem sabe

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Black Goshawk • Tokyo RevengersWhere stories live. Discover now