Corte de Almas Gêmeas

Capítulo 27

Ayla

Eu suspirei encarando o meu reflexo no espelho.

Eu estava virando uma bola, uma bola. Literalmente.

Já faziam dois meses e minha barriga já estava aparente.

Tive que começar a desapegar do meu amado jeans preto e das camisas sociais, porque elas estão começando a não caber em mim!

Já não bastava o meu vinho? Meu whisky e meu Martine?? Agora as minhas roupas pretas também???

— Eu vou morrer, nunca mais quero ter filhos. -choraminguei.

— Deixe de ser dramática. -disse Feyre.

— Pela mãe, quando raios eu me imaginei grávida? NUNCA! pela mãe, eu pareço uma bola, nem mesmo quando eu vivia na alcatéia me imaginei neste estado, me imaginei, mas em seguida chorei de rir. -falei.

Rhysand me abraçou por trás, beijando o meu pescoço.

— Está linda, amor, essa barriguinha te deixou mais bela do que já é. -ele disse com um sorriso carinhoso.

Eu o encarei com tédio.

— Fala pro Christian que está dizendo que pareço uma bola de pelos. —bufei— ou uma bola de sinuca.

Ele acariciou a minha barriga, sua mão deslizado ali, então ele beijou a minha boca com lentidão.

— É a bolinha mais sexy de pythrian.

Eu lhe acertei um tapa na nuca e feyra gargalhou.

Eu rosnei baixinho para ela.

— Parem de brincar as minhas custas. —fiz uma cara sofrida— estou sem minhas bebidas para a minha sanidade continuar de pé. -massageei as minhas têmporas.

— Ficará sem elas por um bom tempo. -cantarolou Rhysand em meu ouvido.

— Desgraçado. -bufei.

Eu me soltei dele e caminhei até a mesinha vendo um morro de cartas em meu nome.

Eu peguei uma e bufei revirando os olhos ao ler.

— Tá legal, não pensei que ficaria sem matar os exilados depois de engravidar. —atirei a carta a mesa— nem pensei ao menos que ficaria grávida agora.

Eu encarei o teto.

— A vinganca ficará para depois, pelo o visto. -murmurei.

Rhysand veio até mim, me encarando.

— Não voltará tão cedo a elas, senhora. -ele disse arqueando uma sobrancelha.

— Mãe, sai desse corpo que não te pertence. -dei um tapa na testa dele.

Ele piscou incrédulo.

— Vou quando eu quiser, mas por enquanto não. -falei.

Eu pisquei, uma vontade imensa de...

— Okay, estou indo assaltar a loja de doces da Madeline. -falei.

Feyre riu.

— Ela já sabe disso? -questionou ela.

— Não, mas ela está me empanturrando de doces e me mimando com eles até dizer chega. -bati os cílios inocente.

— Peça e eu vou buscar em um piscar de olhos. -rhysand disse.

— Não, também quero ver a Sofia. —suspirei— ver se ela quer me ver.

Antes de ele dizer algo eu atravessei, estava morrendo de vontade de comer..