Capítulo 7

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Ayla

— COMO ASSIM COMPROU UM APARTAMENTO?? -minha irmã gritou.

— Fala baixo, anta, esqueceu que tem filha? -dei um tapa em sua nuca.

Ela levou a mão a boca, se inclinando para ver Sofia que dormia feito uma pedra.

O mundo acaba e essa daí não acorda, puxou a mãe que dormiu durante uma guerra e acordou quando todos morreram.

— Não vou ficar aqui a suas custas, fora que você tem que ter sua privacidade com o bonitão alí. -apontei com o queixo para John.

— Nada que um escudo de som não resolva! Você não atrapalha cunhadinha. -disse ele.

Eu revirei os olhos, acertando a cabeça dele com um bolinho.

— Os móveis já estão lá, está tudo pronto, o importante não era eu ficar perto de vocês? Eu estou. -falei.

Ela suspirou e assentiu.

— Onde fica? Para eu te visitar depois. -ela perguntou.

— Fica do lado de um estúdio de artes, subindo a rua perto do sidra.

Ela se engasgou.

— Que foi? -questionei.

— Nada! -ela sorriu amarelo.

— Sei. -a encarei desconfiada.

Eu encarei a pequena bola de pelos lilás que havia acordado.

— Venho ver vocês todas as tardes. -cantarolei beijando a testa da criança que sorriu banguela para mim.

— Está bem, e cuidado, não fique pensando demais naqueles você sabe quem. -ela disse.

— Ok, ok. -beijei sua cabeça e ela me abraçou.

— Tchau John. -acenei.

— Tchau, avise se precisar de alguma ajuda! Meus seguranças estão por perto. -ele disse.

— Ok. -falei antes de sair.

Descobri que ele é quem comanda a rede de seguranças do rita's, e consequentemente, tem um grupo só deles que seguem suas ordens.

Eu atravessei, surgindo nas ruas do apartamento enquanto eu caminhava, com as mãos no bolso, suspirando para o frio do inverno.

— Hey gata!

Eu me virei e encarei Christian que deu uma corridinha até mim.

— Indo para o apê? -ele questionou.

Eu assenti e ele passou o braço pelos os meus ombros enquanto caminhávamos juntos.

— Meu apartamento fica na outra rua, e os dos outros nas seguintes. -ele disse.

— Dannika me mostrou onde fica. -falei.

— O clube da lua fica depois da ponte do sidra, só para lobisomens. —ele deu um tapinha em meu ombro— dá uma passada lá, estamos lá a maioria do tempo, chega a ser mais eufórico do que o rita's.

Eu assenti.

— Hoje a noite? Que horas? -perguntei.

— As sete gata, vamos virar a noite. -ele disse.

— Estarei lá. -falei.

— Fechou. -ele disse.

Passamos pelo estúdio e encarei abismada os grão-senhores que estavam alí, mas pela mãe, até aqui?

Isso é um inferno de raios da maldição terrena.

O olhar deles pararam em nós.

— Ei gata, qual é o seu lance com os noturnos? -sussurrou Christian em meu ouvido.

Corte de Almas GêmeasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora