- Garoto, acorde. Você precisa tomar água. – eu ouvi distante, provavelmente já era um sinal da morte
- Ele está respirando. Chame novamente. – uma voz feminina disse e tentei abrir os olhos
- Garoto, acorde, por favor. – consegui abrir os olhos, mas minha visão estava turva, conseguia enxergar alguns vultos
- Graças a Deus! – ouvi alguém dizer
Minha visão melhorou e pude enxergar uma garota e um garoto, todos dois loiros, ao redor de uma cama. Não me lembrava de estar em uma cama, nem desse pequeno quarto.
- Tome. - senti colocarem um copo em minha boca e suguei a agua, sentindo meu corpo grato por enfim receber água
Depois de tomar três copos de água, tentei falar com o casal:
- Ahm. – tossi um pouco – Onde estou?
- É uma vila. Estamos na África. Em Burundi. — a garota explica
- Mas, como eu vim parar aqui? Lembro de estar no avião. – tossi um pouco – E de tentar levantar e não conseguir, no meio de uma terra.
- Nós te encontramos em uma trilha. – dessa vez é o homem quem diz – Somos alemães, me chamo Liam e ela chama Marie, viemos fazer trabalho voluntário. Aqui na região as pessoas são muito pobres, vemos coisas muito tristes. Marie é médica, você aceitaria que ela desse uma olhada nos seus ferimentos.
- Seria bom. – digo
A garota me observou e pegou um estetoscópio de uma bolsa. Ela se aproximou de mim e levantou a camisa estranha que eu vestia.
Ela observou todos os ferimentos no meu corpo, inclusive um corte enorme em minha perna e alguns lugares em que eu disse sentir dor, honestamente eu mal acreditava que estava vivo.
- Vou precisar de água quente. Pede para a Quizand trazer, Liam. – ela falou e depois se virou para mim – Vai doer um pouco, mas tá infeccionado. Não tenho como fazer mais que isso. A cidade mais próxima fica a 800 km de distância e só passa carro aqui 1 vez a cada 15 dias. Vou fazer um curativo e procurar uns chás com uma curandeira, ela é a dona dessa casa, e vamos tentar te dar forças para aguentar a viagem.
- Tudo bem.
- Eu acho que você está com uma perna quebrada, mas não tenho certeza. Você disse que caiu de um avião, da onde estavam vindo?
- De Los Angeles. Iríamos para a Costa do Marfim. – explico – Não sei o que aconteceu com a minha amiga e os pilotos.
- Não temos energia elétrica aqui, mas vou tentar perguntar as pessoas que viajam se tem alguém te procurando. – ela disse – O que você faz da vida?
- Eu sou cantor. Estava em turnê.
- Vai ficar tudo bem. Você é muito forte por ter sobrevivido. Que dia você saiu dos Estados Unidos? Você se lembra?
- 8 de agosto. – digo me lembrando, 2 dias após o meu aniversário, 1 ano depois de conhecer Shivani
- Tem 15 dias. E você sobreviveu esse tempo todo sem água e comida? – ela pergunta chocada
- Sim. Eu tentei me movimentar, mas parecia muito difícil. Já tinha desistido. Sentia a morte me rondando a cada segundo que passava.
- Você foi de sorte. – Marie disse – É muito raro alguém sobreviver a uma circunstância dessa.
Em seguida, uma senhora baixinha, usando um vestido colorido, entrou carregando uma vasilha de água e colocou na beirada da cama.
Ela conversou algo em uma língua desconhecida por mim com Marie e Liam que veio atrás dela e se aproximou de mim.
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Forever (Shivley) [COMPLETA]
Fanfiction[COMPLETA] Shivani Paliwal, umas das jornalistas emergentes mais influentes do ramo da música em Los Angeles, tinha sua carreira profissional dos sonhos no auge de seus 26 anos, os dois melhores amigos do mundo, seu AP próprio, o namorado bem sucedi...