Seven Things

Dix

– Vai, por favor! – Arthur implorava mais uma vez para os irmãos, os seguindo até a parte de dentro do iate – Eu juro que não peço mais nada pra vocês esse ano!

– Faltam quatro dias pro ano acabar, Arthur. – Charles contra argumentou.

– O que vale é a intenção! – Arthur rebateu – Scarlet, me ajuda aqui.

Scarlet tirou sua atenção do celular para olhar para o Leclerc mais novo, que tentava desesperadamente convencer um dos irmãos a ir em uma festa – que ninguém sabia como ele conseguiu ser convidado – com ele. Tanto Lorenzo quanto Charles não pareciam nem um pouco interessados na ideia.

Não que não adorassem uma festa, mas Arthur era sempre aquele a dar trabalho. Ou bebia demais e ficava mais animado do que todos ali, ou não bebia nada e ficava emburrado ameaçando ir para casa.

– Eu sei que nós amamos te tratar como uma criança, mas você não é mais uma. Pode muito bem ir sozinho. – Scarlet sugeriu e ajeitou os óculos de sol.

– Isso é patético. – Arthur resmungou e jogou seu braço no ombro de Scarlet – Além do mais, você vai.

– Eu vou? – Scarlet levantou uma sobrancelha e virou para ele.

– Você me deve uma já que né, me rejeitou. – Arthur pisca para ela – Você quebrou meu coração, Scarlet.

Scarlet o empurrou para o lado, o fazendo cambalear e balançou a cabeça.

– Drama realmente corre na família, ein? – ela diz e olha para Charles, que segura um sorriso – Tá. Eu vou. Mas onde você aprendeu a fazer chantagem emocional assim?

– Com você, claro. – Arthur sorriu e virou para os irmãos – Ainda falta um de vocês.

– Charles vai com você. – Lorenzo diz e bate no ombro de Charles, que estava prestes a reclamar – Eu sou mais velho.

Ele revirou os olhos mas acabou concordando. Evitou olhar para Scarlet pois sabia que ela teria um sorriso no rosto.

– Perfeito! – Arthur disse levantando. Ele caminha até o irmão e joga um braço em seu ombro e o outro no de Scarlet – Vai ser muito divertido, confiem em mim.

Scarlet e Charles olharam um para o outro. As coisas estavam um pouco diferentes nos últimos dias, como se eles estivessem se tolerando um pouco mais. Não se xingavam a toda oportunidade – mas ainda discutiam pelo menos duas ou três vezes no dia.

Era estranho, para os dois.

Mas eles estavam gostando disso.

– Mal posso esperar. – Scarlet disse, batendo no ombro de Arthur.

– Onde ela tá? – Charles perguntou impaciente, olhando para o relógio em seu pulso.

Ele e Arthur esperavam por Scarlet do lado de fora da casa. Eles já estavam prontos a dez minutos e ela os tinha dito que estaria embaixo em cinco.