Capítulo 20

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Um silêncio assustador se estendeu durante alguns minutos. Nem eu sabia onde estava, e Lucas veio me buscar.
Interrompendo o silêncio, uma sequência de tiros, o barulho era distante e vinha do alto que, junto com a iluminação precária, me fez concluir que a sala onde eu estava era subterrânea. A única coisa que o barulho me permita pensar era se me encontrariam, se aquele lugar era algum tipo de esconderijo secreto, no geral, eu so conseguia pensar no que aconteceria dali pra frente.
Depois de muitas sessões de tiros com algumas curtas pausas. O silêncio permaneceu mais uma vez. Mas eu pude ouvir vozes de longe, eu não conseguia entender, mas conseguia saber que havia alguém lá em cima. Logo depois ouvi passos, próximos de mim para meu desespero. Eu já sem forças, tentei gritar, eu estava amordaçada, não adiantou. Pendurada, machucada e dolorida. Usei minhas últimas forças para me balançar e tentar me desprender do gancho que me segurava, os cortes e as dores musculares dificultavam meus movimentos, mesmo assim continuei tentando, consegui me impulsionar em uma mesa. Balancei para lá e para cá, doía de maneira inexplicável, até que consegui apoiar os pés sobre a mesa, então consegui me soltar do gancho, minhas mãos estavam algemadas. Tentei me manter em pé sobre a mesa, mas me faltou força, caí derrubando a mesa, fazendo um barulhão, o que foi ótimo para chamar a atenção. Deitada no chão, eu consegui ouvir alguém chegar.  Arrombaram a porta, era Lucas.
Se aproximou de mim, abaixou-se e olhou em meus olhos e disse:
-Killy? O que você ta fazendo aqui?
-Você não veio aqui me salvar? -indaguei.
-Agora, -fez uma pausa, enquanto desviava o olhar do meu- eu vim.
Me carregou cuidadosamente para fora, subindo os degraus devagar.  Haviam muitos homens armados lá, eles levavam malotes do local, provavelmente com drogas.
Diferente do que eu esperava, eu não era o motivo de tudo aquilo.
Eu estava cansada demais para querer saber o significado daquilo tudo, Lucas me pôs no banco de trás de um dos carros, que tinha um cara no volante, sentou-se no banco do passageiro e pediu para que ele nos deixasse no hospital.

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