Capítulo 20

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Anastásia Steele

Deus, se eu tiver a dormir e a sonhar, por favor, me faça dormir para sempre!

- Agora você me tem a mim, para te proteger.

Estas palavras são as melhores que eu ouvi até hoje.

Ok, talvez sejam as segundas melhores, pois as primeiras foi quando eu soube que ia ser madrinha de uma menina.

- Eu prometo não te magoar, prometo te fazer muito feliz.

Ele diz passando o polegar pelo meu lábio inferior.

Eu ainda estou sem acreditar que ele também gosta de mim. Parece realmente um sonho.

- Se for um sonho eu não quero acordar.

Ele ri e me abraça novamente.

- Posso te comprovar que não é.

E ele me beija.

Seus lábios são macios, perfeitos para eu ficar a beijar para sempre!

Eu correspondo ao beijo.

- Eca!

Nos afastamentos rapidamente, quando ouvimos a voz de Vitória.

- Vocês são namolados?

- Não. - respondemos os dois juntos.

- Apenas os namolados podem se beijar.

Ela se aproxima de nós. Christian se senta no sofá, acredito que ele esteja cansado, pois está à muito tempo em pé.

Vick se senta ao colo do pai, com cuidado. Me sento ao lado.

- Papai e a Tia Ana estão a se conhecer, princesa. - Christian diz, com carinho, para a filha.

- Ela vai ser a minha mamãe de verdade?

Vick já me chama de mãe.

- Vai molar aqui com a gente?

Oh gente, eu não aguento estas crianças a falar. Elas são as coisas mais fofas de sempre!

- Princesa, eu tenho a minha casa. - digo, fazendo ela me olhar.

- Mas você assim tá longe. - faz uma carinha triste.

- Titia vem te visitar todos os dias.

- Pomete?

Ela levanta o dedo mindinho.

- Prometo, princesa.

Entrelaço meu mindinho no nela.

Vitória me abraça feliz.

Na verdade, nós sempre estamos juntas. Vick se habitou a isso, rapidamente. E eu me habituei ela.

Ela se dá muito bem com Eva. As duas, apesar da grande diferença de idade, brincam muito juntas.

- Janta aqui?

Olho para Christian. Ele tem um sorriso no rosto.

- Claro. Só vou avisar Amélia.

Me levanto para ir pegar no meu celular.

- Ela vai jantar com a minha irmã.

- Como sabe?

- Ela é minha irmã. Não tem segredos comigo.

Levanto uma sobrancelha para ele que dá de ombros.

- Idiota. - falo sozinha.

Mando uma mensagem rápida a Amélia. Não obtenho resposta.

Ficamos na sala a brincar com a pequena. Perto das sete, Gail nos chama para jantar. Vitória insistiu ser eu a lhe ajudar a comer. E eu claro que não neguei.

Depois de termos jantado, dou banho nela e visto o seu pijaminha de unicórnio.

- Conta uma itoia pa mim?

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- Conta uma itoia pa mim?

Pede, coçando os olhinhos já com soninho.

- Claro, princesa. Vai escolher qual?

- Não sei. - ela faz uma cara pensativa. - Já sei! Quelo da Apeuzinho Vemeo.

- Vou procurar o livro.

Beijo a sua testa e vou à procura do livro na sua estante com os livros. Assim que o encontro, vou para perto dela, mas Vitória já dorme.

Sorrio, ajeito as suas cobertas, deixo a luz de presença acesa.

- Dorme bem, princesa.

Sussurro à porta. Saio do quarto e me assusto com duas mãos na minha cintura.

- Ela já dormiu?

Christian pergunta, beijando o meu pescoço. Me arrepio, da cabeça aos pés.

- Sim.

Responde, reprimindo um gemido.

- Quer dizer que você se tem que ir embora?

Sua voz sai triste.

- Amanhã volto. E você também tem que descansar. Amanhã vou exigir muito de você.

Ele me vira para olhar no meu rosto.

- Pode ser aqui em casa?  

- Essa pergunta foi cheia de segunda de intenções, por isso, a resposta é não.

Beijo a sua bochecha.

- Amanhã às nove.

Jogo um beijo e desço as escadas. Encontro Gail na sala. Me despeço dela e saio da sua casa.

Subo na minha moto e dou partida para o meu apartamento.

Quando lá chego, sou recebida por Laranjinha, que sobe pelas minhas pernas, até chegar ao meu pescoço, onde lambe e se aninha.

- Olá, meu filho.

Ele mia, um miar cheio de mimo.

Vou com ele para o meu quarto, pego no meu pijama e entro no banheiro.

- Meu amor, agora você vai ter que sair. Você gosta de água, mas é apenas para beber.

Digo para o gato, que desce do meu colo, assim que falo em água.

Eu rio e depois me lembro da minha tentativa fracassada de lhe dar banho, à uns tempos atrás. Gargalho alto, parecendo uma doida.

Ainda bem que estou sozinha em casa, senão minha prima era capaz de me internar num hospício.

Tomo o meu banho, sem lavar o cabelo, visto o meu pijama e vou me deitar na minha cama. Ligo a TV, e coloco num canal de filmes, já que não estou muito afim de ver notícias.

Laranjinha soube para cima da minha cama  se deita ao meu lado, se enroscando todo, beijo a sua cabeça, me viro para ele e adormeço também.

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