Capítulo 17

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Anastásia Steele

Passar aquele pouco tempo com Vitória me alegrou ainda mais o dia. Despedi-me de ambos, mesmo querendo ficar com eles.

Sigo para casa, onde um silêncio assustador reina. Amélia ainda não voltou da faculdade.

Laranjinha vem a correr ao meu encontro. 0ego nele ao colo e ele começa a ronronar. Dou um beijo no seu nariz e ele lambe-me o meu também. Sua língua é áspera.

Desço ele e vou até à cozinha colocar comida e água fresca para ele.

De seguida, vou para o meu quarto, afim de estudar um pouco. Tiro minha roupa e coloco uma mais desportiva.

Laranjinha entra no quarto, sobe para cima da minha cama e se estica todo, como se a cama fosse toda dele.

- Gato folgado.

Ele levanta a cabeça, olha para mim, com os olhos meio abertos, meio fechados e volta a deitá-la.

Balanço a cabeça rindo e me sento na secretária. Pego num livro qualquer, de uma matéria qualquer e começo a estudar.

- Ana!

Me assusto com o grito de Amélia, vindo do meu lado.

- Caralho, você quer me matar de coração?

- Chamei por você, umas 300 vezes, sem exagero. Até o seu gato me deu mais importância que você.

- Estava estudando.

- Você e a mania de andar sempre colada aos livros.

Ela revira os olhos, mas divertida.

- Sempre gostei disto, Lia.

- Sei que sim. Bem, passei para avisar que vou pedir comida. Mia vem cá jantar e dorme cá.

- Ótimo, vou dormir de fones de ouvido.

- Idiota!

Ela coloca a língua de fora.

- O que você quer comer?

- Não sei. Talvez massa carbonara.

- Ok. Quando chegar eu venho te chamar.

Ela me joga um beijo e sai do meu quarto, conforme entrou, sem fazer barulho.

Volto aos meus estudos, mas agora não fico tão concentrada, pois sei que Amélia está em casa e pode precisar de mim.

Laranjinha vem para o meu colo. Decido deixar os estudos de lado. Afinal, são quase oito da noite. Passei a tarde toda a estudar e nem dei por ela.

Pouco tempo depois, ouço minha prima me chamando. Com o meu gato ao colo, vou para a cozinha, onde estão as meninas.

- Oi, Mia.

- Oi, Ana. Olha como essa bola de pelo está grande.

- Gordo, quer você dizer! - Amélia diz, colocando um prato na mesa.

- Não chame de gordo ao meu filho, oh sua Jubileia.

- Jubi que? - Mia pergunta rindo.

- Não sei, inventei agora. - respondo, rindo também.

Jantamos à base de muita animação. Eu estava bem, feliz. Não entendia o porquê, mas o sorriso não desaparecia do meu rosto.

- A conversa está muito boa, mas há quem trabalhe amanhã.

Digo me levantando.

Depois do jantar, viemos para a sala. Começamos a conversar. Amélia deu mamadeira a Eva, e a minha menina não demorou a adormecer. Mia começou a contar coisas da sua infância.

Contei algumas aventuras que fiz, quando era pequena, e os meus pais vivos. O assunto poderia me deixar triste, mas me lembrar deles trouxe-me um sorriso ainda maior.

O que me fez ficar triste, foi que depois do falecimento deles, o quanto eu sofri. Mas hoje sei que, se não tivesse sofrido, não teria a força que tenho agora. A coragem que tenho agora.

- Que desmancha. - As duas dizem juntas.

Mostro a língua para elas e vou para o corredor dos quartos. Antes passo pelo quarto da minha afilhada.

Evinha tem um rosto sereno. O ambiente do quarto está um pouco quente. Ligo o ar condicionado, dou um beijo na sua testa e saio do seu quarto.

Entro no meu quarto, tiro a minha roupa e visto uma camisola larga. Nunca gostei de usar pijama, nem de dormir de calcinha.

Gosto de estar à vontade, durante a noite.

Me deito na cama. O cansaço do dia chega, mas o sono não.

Fico encarando o teto, à espera que ele venha, mas não vem. Os meus pensamentos estão num homem com olhos acinzentados, e numa garotinha alegre, de olhos azuis.

Deus, o que se passa comigo? Porque eu não consigo tirar ele da minha cabeça?

Está apaixonada, Anastásia.

Não! Não estou!
Não posso me apaixonar por um homem que não conheço, que é meu utente.

Admita que dói menos.

Às vezes, a voz do nosso subconsciente consegue ser bastante irritante.

Me viro para o lado esquerdo, lado que tem a janela. Não gosto de dormir com as cortinas fechadas, gosto de olhar pela janela e ver a noite.

Fico encarando o céu escuro, com algumas estrelas. A lua brilha e parece que tem uma carinha sorridente nela.

Fecho os olhos, mas o maldito Christian Grey, não sai da minha cabeça.

O seu sorriso lindo. A maneira como trata de Vick. A sua maneira de falar. Tantas coisas nele me fazem ficar totalmente caidinha por ele.

Não! Eu não posso gostar de ninguém. Meu foco é a faculdade!

Pego nos meus fones de ouvido e no meu celular. Coloco a minha playlist no aleatório, fico encarando a noite. Meus olhos vão pesando e finalmente adormeço.

😬😬

Gente, eu peço imensa desculpa pelo meu sumiço, mas eu fiquei totalmente sem vontade de escrever.

Aqui é o meu refúgio, mas quando não se tem ideias para escrever não consigo colocar nem uma frase como deve de ser.

O capítulo de hoje, também não tem nada de extraordinária, mas é apenas para não ficarem mais tempo sem capítulo.

Por favor, não desistam de mim 🥺

Meu Porto SeguroWhere stories live. Discover now