Christian Grey
Meses depois ...
Meu tratamento está indo muito bem. Já não sinto tanta dores, ao me colocar de pé e até já larguei a cadeira de rodas. Apenas quando tenho que fazer viagens mais longa, é que utilizo ela.
Minhas companheiras agora são duas muletas. Ao início eu não queria. Queria apenas um andarilho, mas claro, Anastásia não me deixou e ela própria comprou as muletas.
Vitória anda feliz. Sempre que podemos, vamos dar uma volta pelo parque, perto da nossa casa. De vez em quando, jogo à bola com ela e brinco com ela.
Ela mudou completamente, depois que eu comecei a usar as muletas.
Tem vezes que eu me sinto cansado. Ana tem sido paciente comigo e nesses dias, ela vem até aqui a casa, fazer a fisioterapia.
Bem, quanto a nós dois, somos grandes amigos. Não sei muito sobre ela, porque ela é meia fechada e não gosta de falar.
Eu não julgo. Eu confio demasiado nas pessoas, por isso conto tudo a todos.
Ana tem passado belos tempo aqui em casa, e eu na casa dela. Temos noite de pizza, uma vez por semana, com direito a filme. Brincamos de bonecas com Vick...
Sei lá, parecemos um casal.
Ah, não me façam a pergunta de 'Se eu gostava'.
Claro que sim, mas Ana ainda estuda e apesar de passar algum do seu tempo connosco, eu vejo que ela realmente se esforça.
Numa das nossas conversas, sobre o nosso passado, ela deixou escapar de sofreu demasiado.
Não tive coragem de perguntar quem, achei que me estava a entro meter na sua vida.
- Papai, paxa a boia!
Saio dos meus pensamentos com uma pequena macaquinha, me chamando. Chuto a bola em sua direção, me equilibrando nas muletas.
- Filha, vamos para casa. Está na hora do seu pãozinho.
Ela corre até a mim com a sua bola na mão.
- Podemos comer cocolate?
Minha filha é viciada em chocolate. Qualquer coisa que seja feita de chocolate, para ela, é vida.
- Se você se comportar.
Vamos lado a lado. Vick sempre a falar como é legal brincar com as crianças no parque.
Vitória, por muito pequenina que fosse, Valentina sempre brincava com ela e agora ela sente a falta disso.
Anastásia, sempre que vai lá a casa, fica a brincar com ela, até ela adormecer. Para uma criança ter uma noite bem dormida, tem que estar cansada.
Afinal, a médica é ela, né?
Assim que chegamos a casa, ela deixa a sua bola num canto da sala e corre para a cozinha.
- A bola é para arrumar, Vitória Grey.
Grito para ela. Sei que ela me ouviu, mas não respondeu.
Caminho até ao sofá, onde me permito sentar e descansar. Coloco as minhas pernas para cima e gemo de satisfação. Fecho os olhos.
- Vejo que alguém está cansado.
Me assusto com a voz de Anastásia. Abro os olhos e olho na direção de onde veio a sua voz.
Ela está linda. Com uma calça jeans, uma blusa de frio. Seus cabelos estão soltos. Seu rosto está mais rosado e seus lábios têm um sorriso que me faz sorrir também.
- Não sabia que estava aqui.
Ela caminha até ao sofá do outro lado e se senta.
- Eu te mandei mensagem, mesmo já sabendo que o senhor só utiliza o celular para fazer e receber chamadas, nada de mensagens.
Ela revira os olhos.
- Você me mandou mensagem? Eu não utilizo o celular apenas para isso.
- Claro que não. Serve para Vick jogar também.
Ela ri, me contagiando.
Pego o aparelho das calças que estou vestindo e vejo que realmente tem uma mensagem dela.
- Me desculpa. Acho que você tem razão.
- Claro que tenho! Mas agora, falando de assuntos sérios, como o senhor está? Sente-se bem? As dores, já passaram?
Confirmo que sim, para tudo.
- Apenas se passar demasiado tempo sentado e depois me levantar, tenho dores.
- Tente exercitar as pernas, antes de se levantar. Nem que seja só balançar as pernas, assim já dá uma esticadela nos músculos.
- Ainda hoje me estou a perguntar, como é que você se interessou pelo curso que está.
- Sempre gostei de ajudar. Depois que comecei a sofrer nas mãos... - ela para a frase a meio e me olha. - Acontecimentos do meu passado, levaram a que eu começasse a ver o mundo com outros olhos. E ajudar as pessoas com necessidades, foi sempre um sonho para mim.
- Seus pais devem de estar orgulhosos.
- Eu espero bem que estejam. - sussurra de olhar baixo.
- Falei alguma coisa mal?
Pergunto me sentando e olhar para ela melhor. Ela nega com a cabeça, noto ela passar a mãos pelo nariz e olhos.
Sem pensar duas vezes, me levanto e vou me sentar perto dela. Abraço ela de lado, que deita a cabeça no meu ombro e chora mais.
- Se você quiser conversar, sabe que pode contar comigo.
- Eu so preciso de fazer uma coisa antes.
Ela fala, levantando a cabeça e olhando diretamente para os meus lábios.
Caralho???
Seu rosto começa a ficar mais próximo ao meu, até que sinto a suavidade dos seus lábios nos meus.
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Meu Porto Seguro
FanfictionAnastásia Steele, já sofreu muito, com apenas 20 anos. Perdeu os pais muito nova, e ao ir viver com os seus tios, a sua vida, em vez de melhorar complicou. Mas tudo muda, quando ela conhece Christian Grey. Ele também perdeu alguém muito especial p...